
Exposição Rios Goianos “VIVOS” pode ser visitada na Biblioteca Central
Mostra fotográfica vai ficar disponível até 29 de julho
Yandria Rayellen*

O fotojornalista especializado em meio ambiente e presidente da ONG Rios Goianos - Curso D'Água, João Faria, trouxe sua exposição Rios Goianos "Vivos" – A nascente do Meia Ponte, para o hall térreo da Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás (UFG). A mostra foi aberta no dia 27 de junho e permanecerá na Universidade até o dia 29 de julho. O repórter fotográfico relata que através da sua área, o fotojornalismo, tem como objetivo principal trabalhar com educação ambiental.
“Eu registro os rios goianos como eles são, sem nenhum tipo de manipulação na imagem, apenas com correção de foco, luz e brilho, sem montagem, para que a pessoa tenha uma real noção de como estão nossos mananciais”, relata o profissional. Segundo ele, a ideia da exposição nasceu de uma visita à nascente do Meia Ponte em Itauçu há 10 anos, juntamente com o delegado titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), Luziano Severino.
Segundo o autor, as 25 fotografias mostram a história de recuperação ambiental. A história é narrada através do antes e depois dos locais visitados, pela primeira vez em 2010 e pela segunda em 2019, evidenciando como é possível produzir e preservar ao mesmo tempo. “Educação e respeito ainda é tabu para alguns na sociedade goiana”, disse o fotojornalista na imagem em que abre a exposição.
João Faria afirma a importância da exposição chegar aos estudantes e visitantes da Biblioteca Central, além de escolas públicas, parques públicos da capital, praças e espaços privados. “Quanto antes começarmos, melhor”, afirma ao destacar que a educação é sua principal meta com o trabalho, pois é com ela que qualquer mudança começa, acredita.

Segundo o fotojornalista, a degradação do ambiente, principalmente nos arredores do Rio Meia Ponte, é gerada muitas vezes pelos próprios produtores de fazendas e propriedades próximas, que, visando terra e dinheiro, não conservam as áreas. O fotojornalista descreve ainda que o trabalho de preservar não é só das autoridades, pois cabe também aos produtores cuidarem daquilo que a natureza nos oferece, e que só nos resta cuidar.
Quando questionado sobre como gostaria que os visitantes da exibição se sentissem ao conhecerem o trabalho exposto, João relatou que realmente espera que se sintam mal e envergonhados. “É uma vergonha. Nós temos que ser mais dignos, temos que merecer isso aqui (natureza)”, declarou. A mostra é uma imersão na realidade e no que temos à disposição, a verdade sobre as nascentes limpas e de “véu de água pura”. É um alerta para o cuidado que precisamos vir a ter para com o ambiente. O horário de funcionamento da mostra é das 7h15 às 22h, de segunda a sexta-feira.
*Estagiária de Jornalismo supervisionada por Kharen Stecca e orientada por Silvana Coleta
Fonte: Secom UFG
Categorias: Arte e Cultura