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Universidade Federal de Goiás
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Quem são os servidores que fazem a UFG caminhar?

Em 25/10/22 20:43. Atualizada em 26/10/22 13:22.

Atualmente com quatro câmpus, a Universidade conta com o apoio de cerca de 4300 funcionários públicos para o seu funcionamento

Janyelle da Mata

A Universidade Federal de Goiás (UFG) tem a colaboração de 4391 servidores públicos federais. Segundo o Analisa UFG - plataforma de análise de dados da UFG que disponibiliza dados públicos da Universidade - 2145 são docentes e 2246 são técnicos-administrativos em educação (TAE), onde 52% trabalham no regime de 40h semanais. Dos servidores da Universidade, 51% são mulheres, porém, quando isolados os dados do Analisa UFG na categoria “docente” os homens são maioria. E cerca de 37% dos colaboradores públicos variam o tempo de contribuição à Universidade entre 10 e 20 anos e têm em média 49 anos de idade. 

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Servidores no II Seminário Manutenção Sustentabilidade. (Créditos: Carlos Siqueira)

 

Atualmente a UFG dispõe de quatro câmpus, dois em Goiânia, um na Cidade de Goiás e outro em Aparecida de Goiânia, e unidades especiais em Firminópolis e Caldas Novas. Para que as aulas, processos administrativos, comunicação, matrículas e todo o funcionamento da Universidade possa ocorrer, funcionários públicos federais se desdobram para cumprir todas as demandas. Para o pró-reitor adjunto de Gestão de Pessoas (Propessoas), Sauli dos Santos Junior, são os servidores que dão base à Instituição. “Os servidores são o alicerce principal das universidades, não há maneira de uma instituição funcionar sem o suporte deles”, afirma. 

Em 12 de outubro foi divulgado o World University Ranking 2023 da Times Higher Education (THE), que classifica as Instituições de Ensino Superior (IES) de 104 países. A UFG ficou na posição mundial 1.201-1.500 e em 27º entre as 73 IES brasileiras classificadas pela Times Higher Education. É a sétima vez que a Universidade é reconhecida pelo ranking que analisa o ensino, a pesquisa, a transferência de conhecimento e as perspectivas internacionais de cada Instituição de Ensino Superior. 

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Técnicos-administrativos da Rádio Universitária

 

O pró-reitor de Graduação (Prograd), Israel Elias Trindade, conclui que o reconhecimento nacional e internacional da Universidade se deve aos servidores públicos que dedicam seus serviços à UFG. “Nossa instituição é respeitada nacional e internacionalmente pela qualidade de nosso ensino e isso só é possível graças aos servidores que estão aqui ao nosso lado”, pontua Israel. 

Quem são os servidores?

A Universidade Federal de Goiás tem em seus câmpus cerca de 2200 técnicos administrativos, sendo maioria feminina, com 56%. Segundo o Analisa UFG, em formação acadêmica, dos 2246  técnicos, 43% tem especialização, 22% tem mestrado e 9% tem doutorado e 96% trabalha sob o regime de 40h semanais. A unidade com o maior número de técnicos é o Hospital das Clínicas (HC-UFG), com 32%. 

Os níveis de técnicos-administrativos em educação são cinco: A, B, C, D e E. As categorias A e B destinam vagas para quem tem o ensino fundamental incompleto, C e D exigem dos candidatos à vaga o ensino médio completo e para a categoria E é preciso ter o diploma de ensino superior completo. As vagas variam entre jornalista, administrador, publicitário, assistente em administração, radiologista, assessor educacional e etc. 

O grupo dos docentes soma 2145 dos servidores da Universidade e é composto majoritariamente por homens, com 53%. O Analisa UFG mostra que 82% dos professores têm doutorado, 15% tem mestrado e 1% tem especialização. Cerca de 1700 docentes trabalham sob o regime de dedicação exclusiva e 92% lecionam para o ensino superior da UFG. 

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Servidores da UFG durante o Curta o Câmpus - Edição 60 anos Rádio Universitária

 

Trajetória 

O servidor, Pedro Rodrigues Cruz tem 61 anos e é colaborador da Universidade Federal de Goiás há 41 anos. Pedro ingressou na UFG como prestador de serviço no Hospital das Clínicas (HC-UFG), ele conta que na época o Ministério da Educação (MEC) promoveu cursos profissionalizantes variados e ele cursou datilografia e técnico em radiologia. Em 2006, o servidor foi convidado a integrar a gestão da época como procurador educacional institucional e coordenador de informações. Compôs em três oportunidades o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (SINT-IFESgo), ocupando o cargo de coordenador-geral na gestão de 1998-2000. 

Em 2016, passou a integrar o Comitê de Heteroidentificação da Universidade, com o intuito de atender as denúncias de fraude das cotas. No ano de 2018, auxiliou o Comitê a realizar a análise no ato da matrícula, que, segundo ele, zerou as denúncias por fraude na UFG. Atualmente, Pedro é o coordenador do comitê e integra a Secretaria de Inclusão (SIN) como secretário adjunto e diretor de Ações Afirmativas. 

Raimunda Delfino dos Santos tem 43 anos e é servidora da UFG há 12 anos. O vínculo com a Universidade se iniciou em 2001 com a graduação na Faculdade de Letras (FL), trabalhou dois anos na Universidade Federal do Acre (UFAC) como professora substituta e retornou à Instituição em 2008 para a realização do mestrado com foco em Linguística. A servidora prestou o concurso para técnica-administrativa em educação em 2010 e exerceu a função de secretária do curso de Serviço Social e Filosofia no câmpus Cidade de Goiás, por um ano e dois meses. Foi transferida para a Faculdade de Educação (FE) e assumiu o cargo de secretária de Infraestrutura, que desempenhou durante cinco anos. 

Desde 2017, Raimunda desempenha a função de assessora educacional na Faculdade de Informática (INF), onde atende docentes para assuntos pedagógicos e auxilia estudantes em sua jornada acadêmica. Atualmente, a técnica também comanda um projeto de letramento para auxiliares de limpeza da UFG.      

Desafios da classe

Pedro Cruz conta que entre os anos de 1985 e 1987 a Universidade Federal de Goiás passou por uma crise financeira e o salário dos servidores ficou abaixo do salário mínimo da época, sendo preciso um complemento do Governo Federal. “Grande parte dos servidores estava com o salário abaixo do mínimo e sem a complementação do Governo Federal, muitas famílias goianienses passariam fome”, afirma. 

O servidor explica que o salário do servidor é sempre uma questão a ser discutida, porque, por muitas vezes, os servidores públicos acumulam funções por falta de concursos para contratação ou pela extinção de cargos e o salário não acompanha o volume de trabalho, o que desvaloriza toda a classe. “Para mim, reconhecer e valorizar o trabalho do servidor é oferecer uma remuneração justa para ele. Reconheço que a estrutura do serviço público é cara, mas ela, superior a isso, é muito necessária”, pontua.

Dentro da sociedade brasileira, existe certo preconceito com o servidor público e é comum frases como: “servidor público trabalha pouco e ganha muito” e “servidor público não trabalha”. Raimunda Delfino conta que se sente ofendida com tais afirmações, que foram geradas por casos de funcionários fantasmas de alguns órgãos públicos. “Nós, enquanto servidores, trabalhamos muito e diversas vezes nossas atribuições diárias extrapolam o horário de trabalho”, conta. 

O servidor Pedro Cruz considera as afirmações injustas e irresponsáveis e também se sente ofendido com elas. “Quem fala esse tipo de comentário é irresponsável por fazer afirmações sobre uma estrutura que não tem conhecimento. O serviço público garante os direitos do cidadão por meio da prestação de serviço, se as pessoas tivessem o conhecimento disso, não diriam tal bobagem”, afirma Pedro.  

Pedro relembra os dois anos de pandemia onde o Hospital das Clínicas foi cedido ao estado para os atendimentos e tratamento dos sintomas da covid-19. “O maior exemplo da importância do serviço público foi durante a pandemia. O desenvolvimento de pesquisas nas instituições de ensino superior, a disponibilização dos hospitais universitários, os técnicos que realizaram os atendimentos, todas essas ações salvaram vidas”, pontua. 

Dia do Servidor Público - Para comemorar o Dia do Servidor Público a gestão da UFG lança Newsletter com assuntos de interesse dos servidores dos quatro câmpus. O boletim virtual será encaminhado mensalmente com materiais que beneficiam quem faz a UFG. Os servidores também receberão um kit com bottom, para utilizar como adereço no crachá e uma homenagem em vídeo da reitora, Angelita Pereira de Lima. A ação é promovida pela Secretaria de Comunicação (Secom), Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Propessoas), com o apoio do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg) e Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (SINT-IFESgo).

 

 

Fonte: Secom UFG

Categorias: Homenagem Institucional