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Universidade Federal de Goiás
Empoderadas

Jogo de tabuleiro para adolescentes ensina a identificar violência de gênero e racismo

Em 24/01/23 11:37. Atualizada em 24/01/23 12:01.

Empoderadas é um game educacional de tabuleiro desenvolvido no PPGACV da FAV

Janyelle da Mata

 

Debater questões de gênero e racismo é necessário desde a infância, segundo Bell Hooks, teórica feminista e ativista antirracista. Para a servidora da Secretaria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás (Secom-UFG), Juliana Queiroz, a temática deve ser tratada com crianças e adolescentes. A ideia do jogo de tabuleiro “Empoderadas” surgiu para ser um meio de comunicação atrativo para esse público e visa a diminuição de casos de violência de gênero e crimes de racismo. 

 

Juliana Queiroz
Juliana Queiroz, desenvolvedora do jogo “Empoderadas” (Fotos: Júlia Barros)

 

O jogo educacional é resultado da dissertação de mestrado "Empoderadas: o jogo como ferramenta de pedagogias culturais feministas e antirracistas” de Juliana no Programa de Pós-graduação em Arte e Cultura Visual  na Faculdade de Artes (FAV-UFG). A dissertação foi orientada pelo professor, Thiago Fernando Sant'anna e co-orientada pela professora Leda Maria Guimarães.

A servidora conta que o jogo foi pensado para adolescentes com mais de 12 anos de idade, com o objetivo de iniciar um diálogo sobre o tema central. “Vejo um movimento na mídia sobre o aumento de casos de violência de gênero e racismo e em uma de minhas leituras sobre feminismo, a autora Bell Hooks afirma que: ‘para mudarmos o mundo e conseguir inserir esses assuntos na sociedade a melhor forma é iniciarmos com crianças e adolescentes com meios de comunicação que estão dentro do cotidiano deles’. Então, o jogo surgiu dentro dessa perspectiva”, afirma. 

 

Empoderadas 

O jogo se passa no ano de 2081, onde existe uma Inteligência Artificial (IA) chamada Ellie que consegue prever violências de gênero e crimes de racismo 20 horas antes de acontecerem, prevenindo o delito e recolhendo o agressor ou agressora das ruas. Uma crise se instaura quando problemas técnicos passam a ocorrer com Ellie, onde ela não entrega a informação completa das próximas agressões, fazendo com que Empoderadas - equipe de investigadores de elite - tenha que desvendar as pistas para evitar casos de violência de gênero. 

Empoderadas

Jogo educacional de tabuleiro “Empoderadas”, desenvolvido por Juliana Queiroz

 

Empoderadas têm que ter no mínimo 2 jogadores no máximo 9, com partida de duração média de 45 minutos. Um dos participantes será a IA, Ellie, e terá as funções de embaralhar as cartas de pista, mediação da mesa, controle do temporizador e responder os outros jogadores. Os outros farão parte da equipe de investigadores de elite e vão ter a tarefa de desvendar as pistas. 

 Os jogadores vão receber 25 perguntas divididas em local, suspeito, motivo e violência de gênero. Para vencer com 100% de aproveitamento é preciso acertar 1 pergunta de cada item. Os jogadores perdem se o temporizador zerar, se comprarem todas as cartas e não conseguirem deduzir nenhuma pista, acertarem apenas 1 pista e não ser o suspeito ou acertarem 2 pistas e não serem o suspeito ou violência de gênero.

Projeto de extensão - O jogo tornou-se também um projeto de extensão e deve ser levado para escolas da rede pública em 2023 e 2024. Para mais informações sobre como levar o projeto para sua escola no email.

 

Acesse o link para jogar Empoderadas.

Clique no link para acessar a dissertação na íntegra.

Fonte: Secom UFG

Categorias: Humanidades destaque fav