Duas exposições de artistas estudantes da Faculdade de Artes Visuais serão inauguradas no dia 9 de fevereiro, às 18h30, no Centro Cultural Octo Marques, no Parthenon Center. Os dois artistas são estudantes da Faculdade de Artes Visuais: Badu e Arthur Monteiro e a curadoria é dos professores da FAV, Paulo Duarte-Feitoza e Glayson Arcanjo.
A exposição “Enquanto sua mãe picava cebola”, de Arthur Monteiro e curadoria de Glayson Arcanjo, apresenta obras produzidas a partir de exercícios difusos de exploração gráfica e sensível do desenho, onde imagens e palavras são desenhadas com grafite e tinta acrílica sobre papel manteiga e vegetal; notadamente suportes translúcidos, que possibilitam ao artista operar por meio de camadas, transparências e sobreposições.

 
A exposição está organizada em quatro conjuntos, cujos títulos, somados ao título que dá nome à exposição, reafirmam a importância da escrita e do ato de nomear as coisas. Em prática do sensível, cem desenhos produzidos cotidianamente em 2022 e cuja delimitação se encontra no pequeno formato do papel. Do lado oposto da sala está a série intitulada “que caminhávamos perto sobre um atalho marcado na grama”, onde o artista recorta e rasga diversos papéis contendo inscrições gráficas, gerando fragmentos que depois são remontadas e emolduradas. Outra série é terreno baldio, composta por peças de papel cortadas em tamanhos e formas singulares e expostas em jogos compositivos. A última série, paredes, explora figuras gráficas cuja força está no gestual e no exercício do traço para alcançar situações mais abstratas.

A exposição Divino Carnaval, de Badu e curadoria de Paulo Duarte-Feitoza primeira individual do artista Badu, apresenta uma série de trabalhos realizados entre 2021 e 2023, cujo propulsor poético e criativo são as festividades populares do Brasil; folias, folguedos, festejos dos mais diversos, até chegar à grande festa de fevereiro, o Carnaval. Através de diversas linguagens como a fotografia, a performance, o vídeo, o desenho ou o bordado, Badu atua como um artista-pesquisador-folião, sempre elaborando reflexões que oscilam entre o sagrado e o profano das festas populares e das identidades brasileiras que estas constroem.
As duas exposições ficam abertas de 10 de fevereiro até 17 de março no Centro Cultural Octo Marques.