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Universidade Federal de Goiás
 RIO MEIA PONTE CAPA

UFG participa da 1ª Expedição Rio Meia Ponte

Em 04/04/23 22:52. Atualizada em 04/04/23 22:55.

Iniciativa é da Câmara Municipal de Goiânia e conta com apoio de outras instituições

 RIO MEIA PONTE CAPA

A Universidade Federal de Goiás (UFG) integrou a iniciativa da vereadora Kátia Maria (PT) de percorrer o rio Meia Ponte para verificar seus problemas e encontrar possíveis soluções de recuperação e conservação do manancial que abastece grande parte das residências goianienses. Durante uma semana, mais de 50 pessoas, entre pesquisadores da UFG e do Instituto Federal de Goiás (IFG), técnicos da Saneago e do Centro de Zoonoses e equipes do Batalhão Ambiental e do Corpo de Bombeiros, liderados pela vereadora Kátia Maria (PT), navegaram em toda a extensão do rio no município de Goiânia, observando e coletando amostras de água, solo, vegetação e animais. Outra equipe percorreu os bairros que margeiam o rio para levar ações de educação ambiental e despertar na população a consciência sobre a importância de se preservar o manancial. 

A partir do material coletado e das observações realizadas, deve ser traçado um grande diagnóstico sobre as condições do rio Meia Ponte, responsável pelo abastecimento de água de boa parte da capital e também da região metropolitana. Segundo a vereadora Kátia, o relatório a ser construído, que receberá o nome de "Carta das águas do Meia Ponte" irá indicar a verdadeira situação do rio e será base para legisladores e para os poderes executivos municipal e estadual definirem ações de recuperação e conservação do Meia Ponte. 

Durante os dias da expedição, os pesquisadores observaram uma série de irregularidades que contribuem para a degradação do manancial, como o descarte de lixo e esgoto, erosões, assoreamento, extração irregular de areia, captação de água sem outorga e, até mesmo, mortandade de peixes devido à poluição e às péssimas condições da água. De acordo com Kátia Maria, mesmo a olho nu, é possível identificar muitos problemas e os estudos em laboratórios devem ainda trazer outras evidências e dados para fundamentar o relatório final, que será divulgado em junho, na Semana do Meio Ambiente, e encaminhado a todos os órgãos competentes. 

Contribuições da UFG

De acordo com a pró-reitora adjunta de Extensão e Cultura e diretora de Extensão, Adriana Régis Marques de Sousa, que coordena a participação da Universidade na expedição, compuseram as equipes docentes de diferentes unidades acadêmicas como o Instituto de Estudos Socioambientais (IESA), a Escola de Engenharia Civil e Ambiental (EECA) e a Escola de Agronomia (EA). O objetivo era percorrer 40km do rio Meia Ponte para fazer um diagnóstico da fauna, flora, qualidade da água, e a partir daí, ter informações para a criação e implementação de políticas públicas para recuperação e proteção do rio Meia Ponte.

"Nos 6 dias de expedição, a UFG pode auxiliar com diferentes ações, avaliando a situação do Rio Meia Ponte, onde perceberam diversas irregularidades. Nessa próxima etapa, irá contribuir com a escrita da Carta das Águas, indicando possíveis soluções para os problemas encontrados. Atividades desse tipo, além de aproximar ainda mais a Universidade da comunidade, contribui com a formação dos nossos discentes, da graduação e pós graduação, que puderam participar, juntamente com seus professores orientadores", destacou Adriana.

O professor Manoel Ferreira, do IESA, é um dos docentes que incluíram seus alunos na ação. "Nós, do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), colaboramos com análises ambientais em alguns trechos do percurso da expedição e também fizemos levantamentos aéreos com drones, com o objetivo de registrar áreas mais sensíveis, degradadas, bem como relacionar com demais dados coletados por outros colegas da Universidade", explica o professor.

EQUIPE UFG EXPEDIÇÃO MEIA PONTE

No domingo, 26/3, a reitora Angelita também integrou a expedição e, embora tenha observado muitos problemas, mostrou-se otimista com a possibilidade de recuperação e transformação do rio Meia Ponte em um local de lazer e desenvolvimento para Goiânia. "Quando você entra no rio que está dentro da cidade, você entende o quanto o nosso modo de vida é predatório. Nós estamos com um grupo de professores e pesquisadores da UFG que fazem parte da equipe que coletou material durante a expedição que mostra os problemas, mas com o objetivo de apontar soluções. Existem possibilidades de recuperar o rio e integrá-lo à vida da população de uma forma virtuosa e saudável".

Fotos: Wesley Menezes

Fonte: Secom, com informações da Rádio Universitária

Categorias: Ciências Naturais