Mudanças climáticas desafiam a previsão do tempo
Variação climática é provocada pelo aquecimento global e suas consequências, como a alteração no nível do mar
Texto: Jayme Leno
Fotos: Carlos Siqueira
O avanço tecnológico possibilita prognósticos cada vez mais acertados sobre o tempo e o clima. Entretanto, as mudanças climáticas têm desafiado essa previsão. O tema foi abordado pelos pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Karla Maria Longo de Freitas e Saulo Ribeiro de Freitas, na última quinta-feira (9/11), durante a 40ª Semana da Física da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Na palestra, a dupla de pesquisadores – egressos do curso de Física da UFG – apresentou uma breve explicação sobre a evolução dos equipamentos tecnológicos em relação à previsão do tempo nos centros operacionais, tendo como condição inicial a observação e a assimilação dos dados. Graças a esses avanços, hoje existem satélites e computadores que permitem diagnósticos mais precisos sobre o tempo e o clima.
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Palestra de Saulo Ribeiro de Freitas abordou os desafios da previsão numérica do tempo e do clima
Entretanto, essa atividade tem sido comprometida pelas mudanças climáticas, sobretudo com a elevação da temperatura do planeta em 1,1 grau. Estudos comprovam que essa situação leva a uma variação no nível médio do mar, interferindo na coleta de dados com tanta exatidão.
Essa mudança, aliada a fenômenos naturais como o El Niño – mudanças significativas na distribuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacifico –, leva à alteração no nível dos mares e na previsão do tempo. As consequências são inúmeras e podem ser obsevadas, por exemplo, na seca do Rio Negro, no Amazonas, que afeta milhares de pessoas e interfere no clima local.
Os palestrantes destacaram que, diante dessa situação, é necessário o engajamento e o interesse de pesquisadores na área, além de investimento em equipamentos avançados para a obtenção de dados mais precisos e confiáveis.
Karla Maria Longo de Freitas é egressa do curso de Física da UFG e pesquisadora do Inpe desde 2007
Fonte: Secom UFG
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