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Universidade Federal de Goiás
Edifício LIFE

Técnicas de imagem e terapias inovadoras: os avanços do CNanoMed na UFG

Em 31/01/24 16:30. Atualizada em 31/01/24 16:31.

Inovações científicas na área da saúde microscópica potencializam descobertas

Ricardo Lima

A Universidade Federal de Goiás (UFG) é referência na pesquisa em nanotecnologia aplicada à saúde. Alguns dos estudos desenvolvidos na instituição, assim como os aparelhos e as técnicas disponíveis, foram compartilhados durante o primeiro encontro do Centro de Pesquisa Integrada em Nanomedicina (CNanoMed), na última sexta-feira (26/1).

O evento foi dividido em duas partes (confira aqui a cobertura da primeira sessão de apresentações).

Na segunda parte, o professor do Instituto de Física (IF), Sebastião Mendanha, destacou a Ressonância Plasmônica de Superfície (SPR) e suas aplicações em sistemas biológicos. Ele ressaltou a sensibilidade da SPR para medir a adsorção de moléculas e as interações com ligantes específicos, com aplicações desde a cinética ligante-receptor até a triagem de compostos farmacêuticos.

O professor enfatizou o potencial biomédico da SPR com biossensores, mencionando avanços recentes que aprimoraram a técnica. "É possível detectar o que está acontecendo na superfície, com base no ângulo de ressonância plasmônica", pontuou.

Ele também abordou a prática contemporânea de associar a SPR a outras técnicas, como fluorescência e eletroquímica, para uma caracterização abrangente. Essa abordagem integrada enriquece a compreensão das interações biológicas, contribuindo para avanços na pesquisa nanomédica.

 

Leia também: Evento destaca avanços em nanomedicina na UFG

 

Edifício LIFE

Edifício LIFE, no Parque Tecnológico Samambaia, recebeu o primeiro encontro CNanoMed (Foto: Divulgação)

 

Toxicologia reprodutiva

Em seguida, a professora Renata Mazaro, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), falou sobre a toxicologia reprodutiva, concentrando-se na avaliação da segurança de medicamentos para a reprodução masculina. Ela apresentou um histórico da área, destacando casos como o da talidomida.

Seu estudo envolve testes OECD e a análise de diversas variáveis em camundongos, incluindo fertilização, gestação e qualidade dos filhotes. Renata enfatizou a complexidade do campo e os desafios na avaliação da espermatogênese. Suas pesquisas buscam compreender o impacto de substâncias na reprodução, evidenciando a necessidade de uma abordagem meticulosa.

Inovação veterinária

Já a professora do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (Iptsp), Marina Miguel, apresentou suas pesquisas em terapias para doenças crônicas não transmissíveis em animais, focando na eficácia da terapia fototérmica com nanopartículas magnéticas em câncer mamário. Foram evidenciandos resultados como a redução do volume tumoral e a avaliação clínica positiva.

A pesquisadora abordou perspectivas futuras, incluindo a compreensão da morte celular, melhorias no controle de temperatura, e a expansão da pesquisa para associar a outros protocolos. Além disso, a professora mencionou o efeito antitumoral da melatonina em câncer mamário metatársico murino, explorando técnicas como tomografia molecular de fluorescência e nanopartículas poliméricas marcadas fluorescentemente.

Laboratório

A pesquisadora do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Fármacos, Medicamentos e Cosméticos (FarmaTec) e do CNanoMed, Marcília Gonçalves, detalhou a infraestrutura do laboratório para experimentação e modelos in vivo.

Responsável pelo setor de experimentação in vivo e mestranda em Medicina Veterinária, Marcília apresentou as instalações do prédio LIFE, com destaque para salas com condições controladas, como a de acomodação de ratos com sistema fechado e ar filtrado. O biotério inclui salas climatizadas, como a de camundongos, e áreas específicas para cirurgia, lavagem e análises clínicas.

Marcília reforçou a conformidade com as normativas do Conselho Nacional de Controle e Experimentação Animal (Concea) e ressaltou a importância de cursos para atualização em ciências de animais de laboratório.

Fonte: Secom UFG

Categorias: Saúde Parque Tecnológico Samambaia