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Universidade Federal de Goiás
Acessibilidade

Diretoria de Acessibilidade promove palestra sobre formação inclusiva

Em 18/03/24 13:43. Atualizada em 18/03/24 13:44.

Evento integrou a semana de Planejamento Pedagógico, com atividades internas e voltadas ao público

Jayme leno

A Diretoria de Acessibilidade (DAC), que faz parte da Secretaria de Inclusão da Universidade Federal de Goiás (SIN/UFG), realizou na última semana seu Planejamento Pedagógico 2024/1, com parte da programação voltada para atividades abertas à comunidade. Uma delas foi a palestra "Educação inclusiva: rompendo barreiras atitudinais", com a psicóloga da DAC Andréia Alves de Castro.

Durante a palestra, foram discutidas as barreiras atitudinais enfrentadas por pessoas com deficiência, resultantes do preconceito, destacando o tratamento infantilizado e a limitação de atuação profissional e acadêmica como obstáculos à plena participação na sociedade. A palestrante demonstrou como essas pessoas são subestimadas e colocadas em posição de inferioridade em relação às expectativas sociais normativas de produtividade capitalista.

Andréia citou que "os primeiros exames sobre deficiência eram basicamente uma visão caritativa, ou seja, as pessoas com deficiência eram vistas como dignas de dó, dignas de doações, vistos pela religião com pessoas castigadas por Deus". Essas concepções prejudicam e diminuem a qualidade de vida em sociedade das pessoas com deficiência.

 

Leia também: Bibliotecas oferecem pouca estrutura a pessoas com deficiência

 

Quadrinho

Tira de Ricardo Ferraz ironiza visão capacitista da sociedade com as pessoas com deficiência

 

Modelo biomédico

O modelo biomédico, mais prevalente na atualidade, desloca a deficiência dessa visão mais familiar para uma perspectiva médica. No entanto, seu foco é classificar o indivíduo em uma tipologia entre desvio e norma. A partir dessa diferenciação, a ciência busca um "tratamento" ou um processo de adaptação, muitas vezes invasivo, com o objetivo de "corrigir" a pessoa para que ela se encaixe na sociedade.

Andréia ressaltou que esses dois modelos são os que mais contribuem para o pensamento capacitista. Esse preconceito se manifesta em atitudes e discursos que colocam as pessoas com deficiência em posições subalternas ou de exclusão, focando a análise somente no indivíduo.

Além disso, o processo histórico de segregação às vezes é tratado como se fosse uma situação isolada, ignorando a construção de pensamento e sujeitos através da história da família, da educação familiar e de questões que permeiam a história da humanidade.

A palestrante ressaltou a necessidade de reconhecer e valorizar as capacidades das pessoas com deficiência, evitando associar sua condição a características negativas. Além disso, enfatizou o papel da sociedade em tornar-se mais acessível e inclusiva, garantindo os direitos, a autonomia e a plena participação dos estudantes com deficiência.

Fonte: Secom UFG

Categorias: Inclusão Institucional SIN