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Universidade Federal de Goiás
Ciência na Real capa

Projeto faz divulgação científica nas redes sociais com linguagem acessível

Em 28/05/24 15:25. Atualizada em 28/05/24 15:31.

Iniciativa é de professora e estudantes da Faculdade de Informação e Comunicação da UFG

Eduardo Bandeira

Democratizar a ciência, combater a desinformação e popularizar o conteúdo científico não são tarefas fáceis. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Senado Federal, 76% da população brasileira foi exposta a informações falsas sobre política no segundo semestre de 2022.

Com o objetivo de realizar divulgação científica por meio de uma linguagem acessível, o projeto de extensão Ciência N@ Real, da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da Universidade Federal de Goiás (UFG) se mostra como mais uma ferramenta no combate à desinformação.

A ideia é explicar o funcionamento da ciência em uma linguagem fácil e dinâmica, que é a característica das redes sociais, visando tanto o público adolescente quanto professores da educação básica.

Participam do projeto de extensão estudantes de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda, sob a coordenação da professora Luciane Agnez. As atividades do Ciência N@ Real ocorrem em reuniões semanais e o formato baseia-se na redação de um jornal, incluindo reunião de pautas, apuração e definição da linguagem de determinado tema para cada plataforma.

 

Leia também: Conheça o professor da UFG que tem feito sucesso nas redes com ciência e bom humor

 

Ciência Na Real

Divulgação científica nas redes sociais: postagens do perfil Ciência N@ Real no Instagram (Imagem: Reprodução)

 

Conteúdo

Os conteúdos publicados até o momento têm a intenção de explicar sobre a ciência por meio de conhecimentos gerais. Em um segundo momento, haverá a abordagem de temas que estão em evidência, como saúde mental, nutrição, política, entre outros.

A proposta é que o conceito de ciência seja expandido para os jovens e que haja o entendimento de que qualquer um que se interesse por ciência pode colaborar com ela.

O impacto do programa já tocou muitos estudantes da FIC. Dentre eles está Samanta Nascimento. Para ela, a colaboração entre comunicação e ciência é fundamental. "Um dos nossos deveres como estudantes de Jornalismo é justamente pegar a linguagem científica e torná-la clara para que o público entenda, e nós fazemos isso quando explicamos termos científicos de um jeito fácil e muito didático para que seja entendido principalmente por jovens".

Além disso, os conteúdos são uma maneira de combate à desinformação. Dessa forma, Samanta enxerga no projeto um recurso que reforça o papel do jornalismo. "Por isso o jornalismo é indispensável, uma vez que ele vai atrás dos fatos, verifica e traz ao público de forma clara os dados científicos. Vimos muito isso na pandemia de covid-19".

A escolha dos temas é feita de maneira democrática. "Debatemos quais temas e pautas estão em alta na internet e quais deles serão cativantes para nosso público. Também debatemos sobre termos científicos que são de difícil entendimento para a população e vemos uma forma de explicá-los de forma clara, seja fazendo analogia com alguns desenhos, como fizemos em uma postagem, seja através de trends do TikTok e reels, assim facilitando o entendimento deles", explica Samanta.

 

Luciane

Professora Luciane Agnez (FIC) coordena o projeto de extensão de divulgação científica (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Desafios

Apesar de estar com as inscrições fechadas neste semestre, o Ciência N@ Real é um projeto de extensão aberto, principalmente para estudantes da área de Comunicação.

A professora Luciane ressalta a importância de projetos como esse para que a universidade devolva à sociedade o conhecimento produzido na instituição. "Contribuir para o direito e acesso à informação é algo de que precisamos. Podemos ajudar outras áreas do conhecimento para que todos nós sejamos capazes de democratizar o acesso à informação e ao conhecimento científico".

"Nosso maior desafio é como vamos explicar termos científicos para jovens e adolescentes, e como deixamos isso de uma maneira clara, educativa e chamativa o bastante para atrair a atenção deles", acrescenta Samanta.

Nesse sentido, a tecnologia tem o poder de ser uma grande aliada, e esse era o objetivo de Luciane ao pensar no projeto. De acordo com ela, tentar proibir os jovens de acessar a internet não só é prejudicial como também interfere na utilização desse meio como uma ferramenta na luta contra a desinformação.

"Precisamos preparar os jovens para estar nesses espaços, para se divertir, se informar e entender que existe um mundo lá fora. Não acredito que dizer para o jovem não entrar na rede social seja o caminho", diz a professora.

Acesse aqui o perfil do projeto Ciência N@ Real no Instagram.

Fonte: Secom UFG

Categorias: Ciência na Real Humanidades Fic Destaque