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Universidade Federal de Goiás
Mudda

Prédio histórico que abrigou obra de Confaloni é transformado em museu

Em 11/07/24 15:54. Atualizada em 15/07/24 08:59.

Grupo de pesquisadores, artistas e ativistas inaugura galeria marginal em prédio símbolo da arquitetura moderna de Goiânia

 

Mudda

Antiga sede da Celg, prédio agora transformado em museu abrigou painel de Frei Confaloni (Foto: Divulgação)

 

Da Redação

Desde o último mês de junho Goiânia passou a contar com um museu inusitado e inovador, localizado no antigo prédio da Companhia Energética de Goiás (Celg) e da Secretaria Estadual de Educação (Seduc). O Museu do Depois do Amanhã (Mudda) foi inaugurado em um local referência para a arquitetura moderna da capital, que sofre com abandono e rápida deterioração. Construído no fim dos anos 1950 por Gustav Ritter e Oton Nascimento, até agosto de 2023 o espaço abrigava o magnífico afresco pintado por Frei Confaloni.

O projeto de museificação foi realizado por um grupo de pesquisadores, artistas e ativistas, e envolve as intervenções da natureza (plantas que brotam, fungos e musgos que desenham nas paredes e no teto) e da humanidade (depredações, descaso dos proprietários e do estado), bem como intervenções artísticas de diferentes tipos (pinturas em grafite, intervenções de lambes, vídeos, performances, dentre outros).

 

Mudda

Elemento vazado confere aos projetos de arquitetura leveza sobre a quebra do sol e do vento (Foto: Divulgação)

 

O Mudda adota a metodologia de classificação de obras e de acervo tal qual um museu comum, embora seja feito nas brechas, se infiltrando no que foi largado e desolado. O projeto de tornar este ícone moderno goiano em museu convoca ao debate sobre o patrimônio arquitetônico e histórico de Goiânia, e leva em conta a produção artística do tempo, do acaso e do descaso, bem como de artistas nem sempre reconhecidos por suas produções.

Projeto de extensão da Universidade Federal de Goiás (UFG), o Museu do Depois do Amanhã é um movimento que surgiu do esquecimento, um museu que se apropria das cicatrizes do desprezo para criar uma galeria marginal, onde a arte urbana floresce em meio aos escombros.

Fonte: Secom UFG

Categorias: Arte e Cultura fav Notícia 1