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Universidade Federal de Goiás
Fake news capa

Ferramenta desenvolvida pela UFG irá combater fake news nas eleições

Em 16/07/24 09:47. Atualizada em 16/07/24 09:48.

Programa desenvolvido pelo Instituto de Informática utiliza inteligência artificial para analisar publicações

Jayme Leno

Com o avanço tecnológico, está cada vez mais difícil identificar o que é real ou falso. Pensando nisso, o Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás (INF/UFG) e o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) se uniram para desenvolver uma ferramenta para combater notícias falsas. O sistema visa proporcionar ferramentas computacionais para uma análise robusta e rápida das publicações durante as eleições municipais deste ano.

Idealizado em 2023, um projeto pioneiro, coordenado pelo diretor do INF, professor Eliomar Araújo de Lima, teve início com a parceria firmada junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), culminando com o desenvolvimento de uma ferramenta de inteligência artificial (IA) de checagem semi-automática de fake news.

Diante do iminente pleito municipal, ganhou impulso o interesse do órgão eleitoral em utilizar a tecnologia de ponta para enfrentar o desafio das informações nas redes sociais. Em fase de desenvolvimento, a ferramenta utilizará de IA para examinar automaticamente publicações suspeitas de sites, blogs e redes sociais. O conteúdo será analisado e classificado com base em um sistema de pontuação que indica a probabilidade de ser verdadeiro ou falso.

A primeira versão será lançada durante as eleições municipais deste ano, como um projeto-piloto, a ser utilizado pelos peritos do TRE-GO. A previsão é lançar a segunda versão até o fim do ano para acesso para a população em geral.

"A parceria com o TRE-GO permitirá não apenas monitorar e combater a disseminação de desinformação, mas também coletar dados cruciais para aprimorar continuamente nossa ferramenta", explica o professor Eliomar.

 

Leia também: UFG e Anatel assinam aditivo a projeto de combate às fake news

 

Eliomar TV UFG

Coordenador do INF, professor Eliomar Araújo de Lima, com o apresentador da TV UFG Cássio Neves (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Desafios e desenvolvimento

A ferramenta utiliza técnicas avançadas de Processamento de Linguagem Natural e aprendizado de máquina. O professor ressalta que tem explorado diversas abordagens para lidar com a complexidade das fake news, incluindo o uso da tecnologia blockchain, que é um mecanismo de banco de dados avançado que armazena informação de forma distribuída em blocos interligados em uma cadeia, para assegurar a veracidade das informações.

Semelhante às agências de fact-checking, a ferramenta incorpora um painel interativo, que permite aos usuários visualizar e analisar os resultados das verificações de forma dinâmica. O aplicativo será essencial para facilitar a tomada de decisões informadas durante o processo eleitoral.

"Nesse dashboard o usuário poderá encontrar todas as publicações que foram analisadas e os seus resultados, seja de uma fake news ou de uma notícia que corresponde ao fato", acrescenta Eliomar.

Transparência

Além de ajudar na identificação de notícias falsas, o sistema tem o potencial de contribuir para um processo eleitoral mais transparente e confiável. A ideia não só coloca Goiás na frente no uso de tecnologia no combate à desinformação, servindo como uma iniciativa que pode ser seguida por outros órgãos eleitorais no Brasil.

Além disso, a capacidade de identificar e combater desinformação pode ser aplicada em diversos outros contextos, como saúde pública, segurança e educação. Com a disseminação de fake news nas redes sociais, a checagem de fatos torna-se essencial para a preservação da verdade e da confiança nas informações.

"A parceria com o TRE-GO permitirá não apenas monitorar e combater a disseminação de desinformação, mas também coletar dados cruciais para aprimorar continuamente nossa ferramenta", destaca o coordenador.

 

Confira a participação do professor Eliomar Araújo de Lima no programa Mundo UFG:

Fonte: Secom UFG

Categorias: Desinformação Tecnologia inf Destaque