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Universidade Federal de Goiás
Obesidade infantil

Programa da UFG mira na prevenção da obesidade de jovens e crianças

Em 01/08/24 13:49. Atualizada em 07/08/24 16:17.

Perspectiva da educação direciona ações do Programa Pipoca, realizado a cada dois meses

Eduardo Bandeira 

De acordo com o Ministério da Saúde (MS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos e 7% dos adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos têm obesidade. Em resposta a essas preocupantes estatísticas, o Programa de Intervenção e Prevenção da Obesidade para Crianças e Adolescentes (Pipoca), um projeto de extensão da Faculdade de Nutrição (Fanut) da Universidade Federal de Goiás (UFG), desenvolve ações focadas na prevenção, controle e tratamento do excesso de peso. O projeto oferece educação em saúde para crianças de 3 a 11 anos e adolescentes de 12 a 19 anos e seus responsáveis.

As atividades educativas são realizadas com periodicidade bimestral direcionadas às crianças, adolescentes e seus responsáveis, focando na prevenção e controle do excesso de peso, além da promoção da saúde. A ideia é ajudar os pais e responsáveis a darem atenção ao paciente, sem exercer pressão. Também são postados, duas vezes por semana, vídeos e conteúdos de educação alimentar e nutricional via Instagram do programa. 

As reuniões do projeto são divulgadas por meio de convite virtual nos grupos de WhatsApp. As oficinas culinárias ocorrem no auditório do Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Amendoeiras ou no Laboratório de Técnica Dietética da Faculdade de Nutrição da UFG. Além disso, o projeto já realizou o acompanhamento ambulatorial multidisciplinar dos pacientes, com avaliação do crescimento e desenvolvimento, no entanto, atualmente, a ação está interrompida. A metodologia do grupo é avaliada com base no interesse e participação nas reuniões presenciais.

 

Leia também: Em 2030, o Brasil pode ter até 30% da população adulta com obesidade, segundo estudo

 

Obesidade infantil (Banco de imagens Freepik)

De acordo com o Sisvan, até setembro de 2022 mais de 340 mil crianças de 5 a 10 anos foram diagnosticadas com obesidade (Foto: Freepik)

 

Doença multifatorial

Para a professora e colaboradora do projeto, Ana Caroline Melo Rodrigues, as iniciativas de educação alimentar e nutricional têm um impacto significativo tanto na vida dos participantes quanto na formação acadêmica dos alunos da Faculdade de Nutrição.

"Obesidade é uma doença de caráter multifatorial, engloba fatores genéticos, metabólicos, ambientais, emocionais e de estilos de vida. Sua prevalência vem aumentando ao longo dos anos, sendo hoje considerada uma epidemia e um dos principais problemas de saúde pública", afirma Ana Caroline, citando a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). De acordo com um relatório do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), até setembro de 2022, mais de 340 mil crianças de 5 a 10 anos foram diagnosticadas com obesidade.

De acordo com especialistas, entre os fatores de risco da obesidade infantil estão a nutrição inadequada da mãe durante a gestação, o excesso de peso materno e a mídia direcionada às crianças, que utilizam desenhos animados para incentivar o consumo de alimentos ultraprocessados. A pandemia de covid-19 também agravou a situação, impactando negativamente a alimentação e aumentando o sedentarismo entre crianças e adolescentes, conforme aponta o Ministério da Saúde.

Projeto Pipoca

Criado em 2006, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), e cadastrado na Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFG (Proec) em 2008, o projeto Pipoca tem como objetivo realizar atividades lúdicas de educação alimentar e nutricional com crianças, adolescentes e seus acompanhantes, promovendo hábitos de vida saudáveis que contribuam para a melhoria da qualidade de vida. O projeto busca constantemente parcerias com outros profissionais da saúde para oferecer uma atenção integral ao seu público-alvo.

O nome do projeto, segundo a professora Ana Carolina, foi escolhido em uma votação em reunião educativa com pais, crianças e adolescentes, entre duas sugestões apresentadas.

A professora da UFG menciona ainda o interesse e participação dos estudantes do Programa de Voluntários de Extensão e Cultura (Provec) da UFG e das bolsistas do Programa de Bolsa e Extensão e Cultura (Probec), além da participação da comunidade nas atividades. "Com o apoio de voluntários e bolsistas, o projeto fortalece os laços entre a universidade e a sociedade, criando um ambiente de aprendizado e colaboração em prol de um futuro mais saudável para crianças e adolescentes", afirma a docente.

Atualmente, fazem parte do projeto três docentes e sete discentes, quatro delas doutorandas do Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, e uma servidora vinculada à UFG, além de uma nutricionista do Distrito Sanitário Leste, da prefeitura de Goiânia.

Fonte: Secom UFG

Categorias: sáude Fanut