Professora da UFMG inspira estudantes com atividades interativas
Projeto promove inclusão na ciência destacando trajetórias de mulheres
Rosy Mary, da UFMG, é a primeira pesquisadora negra a receber a bolsa de produtividade em pesquisa nível 1A do CNPq (Foto: Evelyn Parreira)
Jayme Leno
A iniciativa que busca destacar o papel das mulheres na ciência e fomentar a inclusão científica na educação básica – o projeto Investiga Menina!, do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (IQ/UFG) – realizou na última quinta-feira (31/10) a 4ª Ação de "Vivências Interculturais em Produção de Ciências".
O evento contou com a presença da professora Rosy Mary dos Santos Isaias, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que compartilhou suas experiências e vivências no mundo das ciências, destacando a importância da presença feminina nesse campo.
Durante a palestra, a especialista em Botânica, com ênfase em anatomia e histoquímica vegetal, contou aos jovens presentes como construiu sua carreira por meio de esforço, disciplina e dedicação.
Filha de uma professora, Rosy enfatizou o papel crucial da educação em sua vida e como ela a ajudou em suas conquistas, tanto profissionais quanto pessoais. Recordando sua infância humilde, a pesquisadora ressaltou que sempre teve apoio da família e como essa rede de apoio é importante nesses momentos de evolução profissional.
Rosy Mary é a primeira pesquisadora negra a receber a bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq (Nível 1A), destinada a pesquisadores que se destacam em suas áreas. A bolsa apoia a produção científica de alto nível, incentivando aqueles que exercem grande impacto e liderança em seus estudos.
Por meio de seus relatos, ela motivou os presentes, especialmente as meninas, a se aventurarem no universo das ciências, ressaltando que é fundamental que mais mulheres ocupem essas posições. Para aquelas que não se sentem aptas, ela incentivou a se dedicarem àquilo que realmente gostam, pois a determinação pode levar a um futuro brilhante.
O projeto Investiga Menina! tem apoio do Programa de Auxílio à Pesquisa Científica e Tecnológica – Pró-Licenciaturas e Mulheres em STEM, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape) da UFG.
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Professora Rosy Mary falou a uma audiência de estudantes do ensino médio e os incentivou a se aventurar no mundo da ciência (Foto: Evelyn Parreira)
Organismos galhadores
A palestra abordou o tema das galhas causadas por insetos – estruturas vegetais que surgem em resposta ao estímulo de organismos galhadores, como alguns tipos de insetos. Esses organismos, ao depositarem seus ovos em plantas, provocam uma reação que leva ao crescimento de tecidos modificados, as chamadas galhas, onde os insetos jovens se desenvolvem.
A atividade foi dinâmica, fugindo dos formatos convencionais de ensino, com a participação dos estudantes em dois jogos interativos.
O primeiro, uma espécie de "complete o caminho", desafiou os alunos a completar o ciclo de vida das galhas, reforçando seu entendimento sobre o processo biológico. O segundo jogo, realizado por meio da internet, ofereceu uma experiência digital e lúdica, permitindo que os alunos respondessem a perguntas de múltipla escolha utilizando seus dispositivos móveis.
A manhã foi dedicada exclusivamente à comunidade escolar do Colégio Estadual Jardim Cerrado. À tarde, o Núcleo de Pesquisa em Ensino de Ciências (Nupec/UFG) abriu suas portas no Câmpus Samambaia, permitindo que a comunidade em geral também participasse da atividade e conhecesse de perto as descobertas e o impacto do projeto Investiga Menina!.
Fonte: Secom UFG
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