UFG conclui expedição ao Pará para mapear carbono em áreas de regeneração
Lapig e Grupo de Pesquisa Cerrado encerram viagens do projeto MRV LiDAR a três biomas brasileiros
Equipe de pesquisadores em uma das expedições do projeto, que usa drones para coletar dados (Foto: Arquivo Pessoal)
EM SÍNTESE:
- Expedição a Tomé-Açu encerra o ciclo de três viagens do projeto MRV LiDAR, focado no mapeamento de carbono em áreas regeneradas.
- Drones capturam dados de regeneração na Amazônia; metodologia busca validar inventário florestal mais eficiente.
- Projeto liderado pela UFG, em parceria com a TNC, visa monitorar carbono nos biomas Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica.
Elias Roberto de Souza
Na última sexta-feira (8/11), a Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio do Grupo de Pesquisa Cerrado (GPC) e do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), finalizou a última etapa do projeto MRV LiDAR com uma expedição à cidade de Tomé-Açu, no estado do Pará.
A viagem de campo, que teve início no dia 28 de outubro, teve como objetivo realizar um inventário florestal em áreas de regeneração de áreas degradadas na Amazônia, além do uso de drones com tecnologia LiDAR (sigla de Light Detection and Ranging) para capturar dados sobre as áreas restauradas.
Durante a expedição, a equipe do Lapig sobrevoou a região com drones equipados com sensores LiDAR, enquanto pesquisadores do GPC realizaram medições em solo. Com a conclusão dessa parte na Amazônia, o trabalho realizado pelo projeto em três biomas soma medições de aproximadamente 6 mil árvores.
A coleta desses dados permite a comparação entre o inventário manual e as varreduras feitas pelos drones. O principal intuito é validar uma metodologia mais eficiente para medir estoques de carbono.
Leia também: Do Cerrado para o mundo: a inserção internacional do Lapig
Expedição a Tomé-Açu (PA) encerra ciclo de três viagens do projeto, que percorreu os biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia (Foto: Arquivo Pessoal)
Inovação tecnológica
A inovação tecnológica apresentada pelo uso de drones pode acelerar o processo de inventário florestal em áreas de regeneração, e a verificação de sua acurácia pode tornar o trabalho mais eficaz e ágil.
As áreas estudadas em Tomé-Açu passaram por um processo de regeneração após degradação ambiental, e o mapeamento desses locais é fundamental para a conclusão das pesquisas do grupo.
A expedição encerra um ciclo de três viagens do projeto, que percorreu os biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia, com foco na estimativa de carbono em áreas de regeneração. Com a conclusão da trajetória, os resultados poderão ser divulgadas para a comunidade científica.
Sobre o MRV LiDAR
O projeto MRV LiDAR é uma iniciativa do GPC com o Lapig, e financiado pela The Nature Conservancy (TNC), que busca o mapeamento de estoques de carbono em áreas de restauração nos biomas Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica.
A equipe, utilizando drones com LiDAR embarcado, espera integrar essas informações com imagens de satélite, criando um sistema de monitoramento em tempo real que possa avaliar variações de biomassa e carbono. A proposta é validar essa metodologia para facilitar o monitoramento de grandes áreas de regeneração mais facilmente no futuro.
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Fonte: Lapig
Categorias: Meio ambiente Ciências Naturais Lapig Destaque