Descoberta de asteroides rende medalha ao Núcleo de Pesquisa Aeroespacial da UFG
Reconhecimento é dado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Eduardo Bandeira
O Núcleo de Pesquisa Aeroespacial da Universidade Federal de Goiás (NPA/UFG) recebeu a Medalha Caça Asteroides do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) pela descoberta de dois asteroides este ano.
O NPA é um projeto de extensão da UFG criado em 2022 com o objetivo de promover a pesquisa aeroespacial, impulsionando a inovação, o conhecimento e a formação profissional.
Para identificar asteroides, o projeto utiliza um programa de computador chamado Astrometrica, que transforma imagens do espaço em GIFs, um formato de imagem que permite animações curtas e compressão sem perda, com uma paleta de cores limitada a 256, muito usado para memes e reações on-line.
Posteriormente, é necessário analisar os GIFs com base em critérios como movimento em linha reta, velocidade constante e magnitude estável. Os pacotes de imagens são fornecidos pelo site do International Astronomical Search Collaboration (IASC).
Na descoberta dos dois asteroides, os membros do projeto dividiram entre si os pacotes de dados recebidos para análise. Vários asteroides foram identificados, mas a maioria já estava catalogada; no entanto, dois deles foram confirmados como inéditos.
A busca por asteroides no NPA começou a partir da necessidade de expandir os projetos da iniciativa. A integrante do Núcleo, Naomi Marques, que já tinha experiência no Caça Asteroides, implementou o projeto no NPA, formando equipes com líderes dedicados à análise dos dados. Em uma dessas equipes, composta por ela, Natalie Tolentino e Gabryelle Parente, os asteroides foram descobertos.
O Programa Caça Asteroides MCTI é uma parceria do MCTI e o IASC, e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso.
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Imagem da órbita do asteroide NFM0007, descoberto pela equipe da UFG (Imagem: Reprodução)
Reconhecimento
Naomi considera a premiação do MCTI um reconhecimento ao esforço e à dedicação da equipe. Segundo ela, a conquista aproxima o Núcleo do objetivo de obter reconhecimento nacional e incentivar a participação em projetos de relevância científica.
Entre as metas futuras do NPA está a expansão das pesquisas com o uso de técnicas de sensoriamento remoto e visão computacional.
"Sabemos que essas áreas demandam grandes quantidades de dados, e acreditamos que, com o apoio de satélites, será possível desenvolver projetos focados em segmentação de imagens, previsão de fenômenos ambientais e aprimoramento de sistemas de monitoramento terrestre", explica Naomi.
Segundo ela, esses projetos poderão contribuir, por exemplo, para o monitoramento de áreas em risco de incêndio, ajudando a prever e mitigar desastres naturais, além de apoiar iniciativas de preservação ambiental e segurança pública.
Atualmente, o Núcleo também trabalha no desenvolvimento de uma estação terrestre, com o objetivo de coletar dados de telemetria de diversos satélites em órbita.
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Fonte: Secom UFG
Categorias: Astronomia Ciências Naturais IF Notícia 4