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Universidade Federal de Goiás
Novos fungos capa

Novas espécies de fungos são batizadas em homenagem à UFG e Cora Coralina

Em 12/12/24 13:44. Atualizada em 13/12/24 14:31.

Foram descritos sete novos microrganismos do gênero Diaporthe, encontrados na Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga

 

Novos fungos interior

Colônias das novas espécies de fungo do gênero Diaporthe descritas pelos pesquisadores (Imagem: Arquivo Pessoal)

 

Marina Sousa

Sete novas espécies de fungos do gênero Diaporthe foram descritas por um grupo de pesquisadores liderados pelo professor do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (Iptsp/UFG) Jadson Bezerra. Entre os nomes dados às novas espécies estão Diaporthe samambaiaensis, em alusão ao Câmpus Samambaia da UFG e em homenagem aos 64 anos da Universidade, e Diaporthe coracoralinae, em homenagem à poetisa Cora Coralina.

O estudo, publicado na revista Fungal Systematics and Evolution, contribui para a compreensão da taxonomia e ecologia dos fungos endofíticos – microrganismos que vivem dentro de plantas sem causar danos aparentes a elas –, com foco em biomas brasileiros como a Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga.

As demais espécies são: Diaporthe azevedoi, D. catimbauensis, D. luizorum, D. pedratalhadensis, e D. vargemgrandensis). Um detalhe curioso é que o fungo Diaporthe samambaiaensis foi isolado pela primeira vez de uma planta medicinal, a mama-cadela (Brosimum gaudichaudii), coletada nas imediações da Escola de Agronomia da UFG.

 

Leia também: Fungo de orquídeas do Cerrado apresenta potencial como bioinsumo agrícola

 

Novos fungos

Pesquisadores e pesquisadoras do Iptsp entregam display do Diaporthe samambaiaensis para reitora da UFG (Imagem: Arquivo Pessoal)

 

Diversidade

Os pesquisadores analisaram 180 amostras isoladas de Diaporthe, provenientes de diferentes plantas hospedeiras, como Miconia sp., Anacardium occidentale (cajueiro) e Brosimum gaudichaudii (mama-cadela). As amostras foram coletadas em áreas de Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, o que evidencia a adaptabilidade da espécie.

"O estudo não apenas amplia o conhecimento sobre a diversidade de fungos no Brasil, mas também reforça a relevância de proteger e estudar nossos biomas, que são fontes de inestimável riqueza científica e ambiental", destaca o professor Jadson.

Para a professora Layanne Ferro, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), primeira autora do artigo, "o estudo de fungos endofíticos tem revelado uma diversidade surpreendente, com destaque para as novas espécies que apresentam um diferente panorama sobre a diversidade de fungos no Brasil, um conhecimento que ainda precisa ser explorado".

A pesquisa teve a contribuição de uma rede de colaboração científica, incluindo UFG, UFPE, Beijing Forestry University (China) e Westerdijk Fungal Biodiversity Institute (Holanda), com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).

 

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Fonte: Iptsp

Categorias: Micologia Ciências Naturais IPTSP Destaque Notícia 5