Apresentação da exposição para os visitantes, no miniauditório da Faculdade de Enfermagem (Foto: Comunicação FEN/UFG)

Jayme Leno

A Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (FEN/UFG) abre espaço para revisitar sua própria trajetória com a exposição Entre o Uso e o Esquecimento: quando o objeto vira memória, elaborada pela técnica administrativa da unidade Meire Rute Santos Neri, como parte de seu Trabalho de Conclusão de Curso em Museologia. A mostra, iniciada na última sexta-feira (5/9), está aberta a toda a comunidade até a próxima quinta-feira (18/9), das 9h às 18h, no miniauditório da faculdade.

O ponto de partida da exposição foram os objetos guardados na Ala Florence – equipamentos e manequins que já não são utilizados no ensino, mas que carregam grande valor histórico. "Minha motivação foi mostrar que esses materiais contam parte da história da enfermagem na UFG e merecem ser lembrados", explica a curadora da exposição.

A proposta surgiu ainda no início da graduação da servidora, quando ela pensava em sugerir a criação de um museu para a FEN. A ideia ganhou forma após orientação docente, resultando em um recorte mais específico que levou à seleção, catalogação e montagem do acervo em menos de um mês.

Equipe da Faculdade de Enfermagem na abertura da exposição (Foto: Comunicação FEN/UFG)

A vice-diretora da FEN, Natália Del'Angelo Aredes, prestigiou a abertura da exposição e ressaltou a alegria de presenciar a valorização da história da unidade, especialmente no ano em que a faculdade comemora seus 50 anos. "Essa exposição é importantíssima porque valoriza a história, preserva a memória e nos faz refletir sobre a relevância de preservar o patrimônio acadêmico e toda essa construção, que no passado foi parte do cuidado em saúde e também da educação para a formação de novos profissionais", destacou a professora.

Ela complementou afirmando que se sente muito orgulhosa ao "ver que essa iniciativa é de uma servidora técnica-administrativa da Faculdade de Enfermagem, que cuida e preserva esses materiais há tantos anos e que hoje, com o olhar de quem estuda Museologia, utiliza essa história e esses equipamentos para manter viva a memória da instituição".

Meire Neri, servidora da FEN, idealizou a exposição (Foto: Comunicação FEN/UFG)

De acordo com a autora do projeto, musealizar esses equipamentos significa transformá-los em memória viva. "Eles mostram como era o ensino antes e ajudam a valorizar a memória da enfermagem". O público poderá se conectar com os objetos de diferentes formas, seja por lembranças pessoais do tempo em que foram utilizados, seja pela reflexão sobre as mudanças no ensino ao longo dos anos.

Entre os maiores desafios da curadoria esteve a recuperação dos materiais, que se encontravam dispersos, sem registro e em más condições de conservação. A organização e a seleção demandaram cuidado para que cada peça representasse fielmente a trajetória acadêmica da FEN.