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Universidade Federal de Goiás
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Conheça Zizou e Ronie, robôs "atletas" programados pela UFG

Em 14/11/25 08:30. Atualizada em 14/11/25 09:17.

Talos Humanoid Robots, da Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação, participou de eventos em SP e ES

Gustavo de Souza

Robôs
Robô Zizou na CBR 2025 | Foto: Divulgação

Dois robôs humanoides desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa Talos Humanoid Robots, da Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação da Universidade Federal de Goiás (EMC/UFG), foram levados a dois eventos ligados à robótica e à inteligência artificial: a Competição Brasileira de Robótica (CBR) 2025, sediada em Vitória (ES), de 13 a 19 de outubro; e a AI Brasil Experience, em São Paulo, que ocorreu nos dias 30 e 31 do mesmo mês.

A equipe, coordenada pelo professor Adriano César Santana e integrada por outros seis estudantes dos cursos de Engenharia da Computação e Engenharia Elétrica, foi criada para formalizar e dar caráter acadêmico à parceria entre a comunidade AI Brasil e o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia) da UFG, que proporcionou dois exemplares da Booster Robotics à Universidade – os Booster T1.

Além da UFG, outras cinco instituições de ensino receberam os mesmos tipos de maquinário, também por colaboração com a AI Brasil: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Fundação Educacional Inaciana Padre Sabóia de Medeiros (FEI).

Os goianos ficaram responsáveis por treinar e programar os robôs Zizou e Ronie: o primeiro nome foi inspirado no apelido do ex-futebolista francês Zinedine Zidane, e o segundo faz menção a como Ronaldo "Fenômeno" Nazário era chamado quando começou sua carreira internacional.

No CBR 2025 as equipes tiveram acesso a um campo com as dimensões oficiais da RoboCup (a Robot World Cup, uma competição internacional anual e um projeto científico focado em promover a pesquisa e o desenvolvimento de IA e da robótica), onde puderam fazer testes explorando aspectos tanto de estratégia de jogo quanto de funcionamento dos robôs e analisar seus resultados.

O intuito foi avaliar se era possível realizar uma competição em que todas as equipes pudessem participar com o mesmo tipo de robô e que seria disputada posteriormente, na capital paulista. Entretanto, como nem todos os times estiveram em Vitória para participar dessas atividades, foi decidido que seriam disputados apenas jogos amistosos.

Já a primeira edição da AI Brasil Experience foi marcada por palestras, painéis e workshops, além da presença dos autômatos da Booster Robotics. O tema trabalhado foi o uso da inteligência artificial em diferentes setores, desde a tradicional área de programação até áreas como saúde, educação e finanças, virando parte do cotidiano.

A feira também foi palco dos amistosos travados pelas equipes universitárias, e o Grupo Talos ganhou a partida que disputou, vencendo de virada por dois gols a um a PenguinBots, da UFPel. As duas realizações foram acompanhadas por técnicos da chinesa Booster, caso fosse necessário algum tipo de assistência ou apoio com as máquinas.

 

Robôs
Equipe da Talus Humanoid Robots e parceiros | Foto: Divulgação

 

Sobre os robôs

No treinamento dos robôs para agirem sem interferência humana nos jogos de futebol, a programação se cruza com a inteligência artificial. De início, os equipamentos usam algoritmos de IA responsáveis pelo próprio senso de localização, situando-se no espaço físico por câmeras embutidas que localizam as marcações no campo, como as linhas laterais e centrais, o gol e a bola.

Uma vez que esses detalhes foram mapeados, outro tipo de algoritmo começa a agir, responsável por fazer os robôs jogarem. Eles se comunicam entre si e compartilham suas informações por meio de IA. Todos os movimentos, decisões e os motivos que levaram o algoritmo a realizar tal ação são registrados, disponíveis para consulta no sistema das próprias máquinas.

Os robôs são divididos em diferentes categorias nas competições, separados em KidSize, TeenSize e AdultSize. Os critérios determinantes, estabelecidos pela CBR, são medidas como a altura total do exemplar e a altura de seu quadril em relação ao chão. Dependendo de cada segmento, as dimensões do campo e da bola também diferem. Zizou e Ronie são da categoria TeenSize.

O objetivo do projeto, segundo Adriano, é promover experiência para os estudantes e prepará-los para o mercado de trabalho. "É uma grande oportunidade de investimento por parte das duas entidades que firmaram a parceria, com recursos financeiros e intelectuais", pontua.

 

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Fonte: Secom UFG

Categorias: Tecnologia EMC