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Universidade Federal de Goiás
Sinfônica

Sinfônica UFG faz noite de estreia no Teatro Sesi com a casa cheia

Em 14/11/25 17:37. Atualizada em 14/11/25 19:18.

Espetáculo é a materialização de um sonho de décadas da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG

 

Sinfônica
Sinfônica UFG já começou já começou grande com 142 integrantes na orquestra e coro | Foto: Carlos Siqueira/Secom UFG

 

Versanna Carvalho

Depois de muito sonho, planejamento e expectativa, mais de 600 pessoas compareceram ao Concerto de Lançamento da Sinfônica UFG, realizado na noite de quinta-feira (13/11), no Teatro Sesi, em Goiânia. O espetáculo coroou o início da trajetória da Universidade Federal de Goiás (UFG) no seleto grupo de instituições federais de ensino superior (Ifes) que possuem uma orquestra sinfônica – aproximadamente dez entre 69 federais.

O concerto foi transmitido simultaneamente pela Rádio UFG e pelo canal do YouTube UFG Oficial. Clique aqui para assistir ou reassistir à exibição. O álbum de fotos será disponibilizado em breve.

A Sinfônica UFG já começou grande e composta por dois grupos musicais distintos que poderão se apresentar em conjunto, como no Concerto de Lançamento, ou separadamente: a Orquestra Sinfônica UFG e o Coro Sinfônico UFG. Ao todo, são 142 integrantes, dos quais 76 instrumentistas, 48 cantores, e 18 técnicos.

Antes da estreia, o regente da Sinfônica UFG, maestro Alexandre Muratore Gonçalves, falou sobre a emoção de começar com o teatro lotado. "A casa cheia hoje já vibra exatamente a grandeza que essa orquestra e esse coro significam para a Universidade Federal [de Goiás], da mesma forma que esses músicos brilhantes que estão aqui, instrumentistas e cantores, vibram nessa mesma energia, eu agradeço imensamente a presença de todos. Agradeço a esta gestão [da UFG], professora Angelita [Pereira de Lima, reitora], professor Jesiel [Freitas Carvalho, vice-reitor], à gestão da Emac [Escola de Música e Artes Cênicas da UFG], professor Eduardo Meirinhos, que com muito carinho abraçaram esse projeto, enxergaram mesmo estando somente no papel a grandeza que esse projeto já possui".

O maestro também agradeceu à Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape), representada pela diretora-executiva, Sandramara Matias Chaves, por vislumbrar a importância de se investir na Sinfônica.

 

Sinfônica UFG
Alexandre Muratore: contextualização sobre a peça e o processo criativo do compositor | Foto: Carlos Siqueira/Secom UFG

 

Horizonte longínquo

O diretor da Emac, Eduardo Meirinhos, fez questão de externar a felicidade que sente por fazer parte deste momento histórico da UFG. "Desde a década de 1990, quando eu entrei na Universidade, ouço falar da ideia, da vontade de termos uma orquestra dentro da Universidade e até pouco tempo atrás, nós olhávamos essa ideia com horizonte longínquo, algo utópico, algo inatingível, algo que nós não sabíamos nem como começar. Eu comentei essa ideia em pouco tempo, ao cabo de dias, o professor Alexandre trouxe um projeto extremamente refinado para essa orquestra e foi em cima desse projeto que nós temos o primeiro passo chamando a Reitoria para conversar". 

A professora Sandramara Matias Chaves ressalta que para a Funape, é uma ação extremamente importante de apoiar a criação de uma orquestra sinfônica em uma universidade do porte da UFG. "Desejo a todos um excelente momento aqui. Parabéns, maestro, parabéns à Escola de Música e Artes Cênicas, à Reitoria e a todos os envolvidos que possibilitaram a criação da sinfônica que terá um papel fundamental no campo da música, da arte e da cultura da nossa Universidade e na formação dos nossos alunos".

Eduardo Meirinhos observa ainda que "o diferencial dessa orquestra dentro de uma universidade, para além de ser uma ação de extensão universitária, um braço da Universidade junto à comunidade, possui um aspecto formativo muito forte. Ela é composta por professores, alunos, egressos da Escola de Música, por músicos da cidade e músicos que atuam nas nossas colegas, outras orquestras daqui de Goiânia".

 

Sinfônica UFG
Ao todo foram apresentadas nove peças da tradição europeia e latino-americana | Foto: Carlos Siqueira/Secom UFG

 

Presente da UFG

Segundo a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, a entrega da Sinfônica UFG "é um presente da Universidade Federal de Goiás para a cidade de Goiânia, para o Estado de Goiás e para o Brasil em comemoração aos seus 65 anos, agora em dezembro". A gestora da Instituição citou o poeta Fernando Pessoa com o verso "Deus quer, o homem sonha e a obra nasce" para ilustrar que o público presente foi testemunha e parceiro da obra entregue na noite de 13/11. Na sequência, a mesa diretiva simbólica da rápida solenidade fez o descerramento da placa que marca o início das atividades da Sinfônica UFG.

A mesa foi composta pela reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima; o vice-reitor da UFG, Jesiel Freitas Carvalho; o diretor da Emac UFG, Eduardo Meirinhos; a diretora-executiva da Funape, Sandramara Matias Chaves; o maestro Alexandre Muratore Gonçalves; e a produtora, coordenadora de Comunicação e Inspetoria de Orquestra, Dany Barros.

 

Sinfônica UFG
Tenor Hudson Ayres e soprano Vanessa Bertolini, cantando o dueto Brindisi, da ópera La Traviata | Foto: Carlos Siqueira/Secom UFG

 

Espetáculo contextualizado

O espetáculo contou com a apresentação de nove peças de compositores de obras da tradição europeia e também da América Latina. A cada performance, o maestro, diretor artístico, idealizador e fundador da Sinfônica UFG, Alexandre Muratore, fazia uma rápida contextualização sobre a peça e o processo criativo de cada compositor. 

A primeira a ser tocada foi a abertura da ópera "La Forza del Destino", de Giuseppe Verdi. Logo depois, o maestro contou que essa abertura não é tão executada devido aos mitos, segundo os quais, algo sempre acontece quando ela é tocada. "Nos ensaios aconteceram muitas coisas", brincou.

Na sequência foi apresentada "Meditação" da ópera "Thais", de Jules Massenet, com solo do spalla e primeiro-violinista Luciano Pontes; e "Carmen Suíte número 1", de Georges Bizet.

A performance da ária "Nessum Dorma", da ópera "Turandot", de Giácomo Puccini, teve a participação do tenor Hudson Ayres, representante do Coro Sinfônico UFG. A execução de "Finlandia, Opus 26" de Jean Sibelius, teve a participação do Coro Sinfônico. Alexandre Muratore comentou que a beleza desta obra a fez ser convertida no hino nacional da Finlândia.

"Um projeto dessa magnitude não poderia ficar sem um brinde, sem uma comemoração e para esta comemoração eu chamo ao palco agora Vanessa Bertolini e Hudson Ayres", disse o maestro antes de chamar a soprano Vanessa Bertolini e o tenor Hudson Ayres para cantar o dueto "Brindisi", que significa brinde em português, que retrata uma festa na ópera "La Traviata", também de Verdi. 

Na categoria dos latinos-americanos, o Brasil foi representado por "Tico-tico no fubá", de Zequinha de Abreu, com arranjo para orquestra sinfônica do músico também brasileiro, Jamberê. O outro número executado foi "Conga del Fuego Nuevo", do mexicano Arturo Márquez. 

Para o encerramento do espetáculo foi escolhida "O Fortuna", da cantata "Carmina Burana", de Carl Orff. O regente explicou que nesse caso, "Fortuna" refere-se à deusa romana da sorte e da esperança, que era a deusa da sorte. 

"Não tínhamos como terminar esse concerto sem desejar uma grandiosa sorte para a nossa Sinfônica UFG. A sorte não se faz só com o acaso. Se faz com o trabalho, com o esmero, se faz com horas de estudo, que todos esses músicos que vocês vêm aqui dedicam do seu tempo diário para fazer o que vocês assistiram hoje, e ser entregue com esse entusiasmo, esse amor e com este carinho e cuidado. Da forma que cada um de vocês aqui merece receber", concluiu o maestro Alexandre Muratore.

 

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Fonte: Secom UFG

Categorias: música Arte e Cultura Emac Notícia 1