Restauração das Ruínas de São José da Boa Morte é destaque internacional
Professor da UFG Wolney Unes apresentou o projeto como modelo de conservação na Universidade de Liverpool
Da Redação
As obras de consolidação das Ruínas da Igreja de São José da Boa Morte, em Cachoeiras de Macacu (RJ), iniciadas em janeiro deste ano, já começam a ganhar visibilidade internacional. O projeto, conduzido pela Elysium Sociedade Cultural em parceria com a prefeitura de Cachoeiras de Macacu e patrocinado pela Nova Transportadora do Sudeste (NTS), foi apresentado como caso exemplar de boas práticas no curso de restauro e reúso do Instituto de Patrimônio Histórico da Universidade de Liverpool, na Inglaterra.
A iniciativa foi apresentada pelo diretor-técnico da Elysium e professor do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade Federal de Goiás (CEB/UFG), Wolney Unes, convidado para atuar como docente visitante no Heritage Institute da instituição britânica em 2025. Durante a exposição, Unes detalhou o trabalho realizado ao longo do último ano nas Ruínas de Macacu, ressaltando o caráter integrado do projeto, que reúne preservação, sustentabilidade e valorização da memória local.
Entre as ações em andamento estão o reforço estrutural do sítio histórico e a implantação de um mirante que oferecerá aos visitantes uma nova forma de compreender e observar o antigo templo religioso.
Os estudantes do curso de Design e Reúso do Patrimônio tiveram acesso direto aos aspectos históricos e técnicos do projeto, guiados pelo próprio coordenador da intervenção. Unes destacou os rigorosos levantamentos e estudos prévios realizados antes do início das obras, além do comprometimento da equipe multidisciplinar envolvida.
Um dos pontos centrais discutidos com os alunos foi o mirante autoportante, construído em metal e aço corten, que permitirá novas áreas de observação sem contato físico com as paredes originais da igreja. Segundo Unes, o engenheiro Pedro Carim buscou refletir princípios fundamentais da restauração do patrimônio: leveza, segurança e reversibilidade, garantindo interação plena do público com o local, preservando ao mesmo tempo sua integridade.
Impacto social
Além dos avanços técnicos, Unes enfatizou o impacto social da iniciativa. "Além da consolidação estrutural e da instalação de novas infraestruturas para visitantes, a iniciativa criou um centro comunitário e de artesanato para acolher workshops e formação profissional para os residentes locais. Nosso objetivo é tornar esse patrimônio parte integrante da comunidade, fortalecendo a memória coletiva e ampliando as oportunidades de educação e envolvimento", afirmou durante a apresentação.
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Fonte: Secom UFG
Categorias: patrimônio Arte e Cultura Emac Notícia 6






