Cristalografia
Suas curiosidades científicas respondidas pelos especialistas da UFG
Ao passar pelo pátio entre os blocos do Instituto de Química e o Instituto de Matemática e Estatística, muitos alunos ficam curiosos acerca do que acontece em uma entrada subterrânea, cuja placa indica “Laboratório de Cristalografia”. O professor do Instituto de Física da UFG Carlito Lariucci explicou do que se trata em entrevista ao Jornal UFG On-line.
Angélica Queiroz
O que é cristalografia?
Carlito Lariucci: Cristalografia é a ciência que tem por objetivo essencialmente o conhecimento da estrutura dos materiais no nível atômico, independentemente do seu estado físico e de sua origem, e das relações entre essa estrutura e suas propriedades. Portanto, é uma ciência de fronteira principalmente entre a física e a química.
Quando foi criado e como funciona o Laboratório de Cristalografia da UFG?
Carlito Lariucci: O laboratório de Cristalografia foi o primeiro laboratório experimental do Instituto de Física, criado no início da década de 1970. Ele é um laboratório de pesquisa no qual o principal objetivo é a elucidação de estrutura molecular e cristalina de materiais.
O laboratório tem uma interface com grupos de pesquisa do próprio Instituto de Física (Grupo de Materiais e Grupo de Ressonância Magnética), do Instituto de Química, da Faculdade de Farmácia e o Instituto de Ciências Biológicas da UFG, além de interações com pesquisadores da Universidade de Brasília e das Universidades Federais da Bahia, de Uberlândia, de Viçosa, do Rio de Janeiro.
Quais as principais pesquisas desenvolvidas pelo laboratório?
Carlito Lariucci: O trabalho desenvolvido no laboratório é de pesquisa básica de substâncias que, potencialmente, têm propriedades farmacológicas e aplicações tecnológicas.
Atualmente os cinco principais projetos de pesquisa em desenvolvimento no laboratório são: “Estudo estrutural de fármacos”; “Estudo estrutural, por difração de raios X, de cristais com atividade biológica, provenientes da flora do cerrado e sintéticos”; “Síntese e caracterização estrutural de compostos modelo de sítios metálicos de metalothioneínas”; “Desenvolvimento de complexos metálicos com potencial antineoplásico e antiparasitário” e “Desenvolvimento de biossensores enzimáticos e biomiméticos à base de oxidases comerciais e extraídas da biodiversidade do Cerrado”.
Quem participa desses projetos?
Carlito Lariucci: Estão envolvidos, além de mim, o professor José Ricardo Sabino e estudantes de doutorado, mestrado e de graduação (Pibic, Pivic e voluntários).
Fonte: AscomUFG