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Universidade Federal de Goiás

Trocas de experiências no Cerrado

Em 24/06/13 16:44. Atualizada em 21/08/14 11:46.

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Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás 
ANO VII – Nº 59 – JUNHO – 2013

Trocas de experiências no Cerrado

Projeto multidisciplinar busca valorização de comunidade Kalunga e do cerrado

Texto: Júlia Mariano| Fotos: Rosiane Dias Mota

Valorizar o cerrado e os saberes da comunidade Kalunga eram os principais objetivos do projeto de extensão “Trocas de Saberes no Cerrado: valorização dos quintais, segurança alimentar e cidadania nas comunidades Kalunga em Teresina de Goiás”. Aprovado no Programa de Extensão Universitária do Ministério da Educação (Proext/MEC), o projeto ocorreu durante o ano de 2011, sob a coordenação da professora Maria Geralda de Almeida, do Laboratório de Estudos e Pesquisas das Dinâmicas Territoriais (Laboter), do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa). Também era intuito do projeto entender a atual situação do Cerrado e compreender como as pessoas que vivem naquela comunidade se relacionam com o bioma.

cartilha

Estudantes da escola da comuidade Diadema recebem a cartilha durante aula 

 

O projeto propiciou trocas de experiências por meio do contato entre a comunidade universitária e os remanescentes de quilombos da comunidade Kalunga, em Teresina de Goiás, município da região norte do estado, distante 483 km de Goiânia. Estudantes e professores dos cursos de Geografia, Engenharia Florestal e Nutrição da UFG, além de um estudante do curso de Biologia e de um estudante do curso de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), constituíram o grupo multidisciplinar que realizou as oficinas.


Segundo a professora Maria Geralda de Almeida, os Kalunga foram muito receptivos e mantêm um histórico de boa relação com a UFG, já tendo participado de outras atividades realizadas pela UFG na área de música, saúde, veterinária, sociologia e também de geografia. Graças a boa aceitação do projeto pela comunidade, foi elaborada uma cartilha educativa, que documenta as ações desenvolvidas nas oficinas e configura-se como uma proposta de sustentabilidade do trabalho, possibilitando que professores das escolas municipais deem continuação às atividades, sem a necessidade da presença da comunidade universitária para orientar as ações.


Lançamento da cartilha

O lançamento oficial da cartilha ocorreu em abril no auditório do Iesa, em uma cerimônia que contou com a presença Esther Vereadora Quilombola Kalunga, representante da comunidade que agradeceu o envolvimento da UFG por meio do projeto e, principalmente, pelo retorno que o projeto proporcionará à comunidade por meio da cartilha. A superintendente do ensino fundamental do Departamento de Educação do Campo, do governo estadual, Terezinha Gislene Dantas de Oliveira, também esteve no lançamento da cartilha. Para ela, “o importante da iniciativa desse projeto foi pensar nas necessidades dos Kalungas e atender a demanda da comunidade por meio de ações educativas que valorizam a cultura e o cerrado”.

Maria Geralda de Almeida

Professora Maria Geralda de Almeida e equipe do projeto durante a entrega da cartilha na comunidade Diadema


Em junho, a equipe do projeto retornou para o município de Teresina de Goiás para entregar 200 cartilhas em cinco escolas das comunidades de Diadema e Ribeirão dos Bois. Lara Cristine, geógrafa e servidora do Laboter, explicou que a proposta é que as cartilhas fiquem nas bibliotecas das escolas, para que uma maior quantidade de pessoas possam acessá-las. “Conversamos com os professores e explicamos para eles a importância de utilizar o material em sala de aula. Nossa intenção é que o conhecimento seja compartilhado”, explica a geógrafa. Segundo ela, alguns alunos das escolas participaram das oficinas e ficaram satisfeitos em ver as apostilas.


Muryel Arantes, aluna do Iesa que trabalhou na equipe da oficina Memória e Identidade, enfatizou a importância do projeto na valorização e transmissão dos saberes dos idosos. Sara Augusta Ferreira, graduanda do curso de geografia que trabalhou na oficina de Biodiversidade, Biopirataria e Economia Solidária, disse que o que permanecerá do projeto em sua vida é o diálogo e a experiência. “Para mim, isso não acaba com a finalização das etapas do projeto”, conclui.

Oficinas ministradas no Projeto de Extensão “Trocas de Saberes no Cerrado: valorização dos quintais, segurança alimentar e cidadania nas comunidades Kalunga em Teresina de Goiás”

– Memória e Identidade;
– Os caminhos do Cerrado e suas Representações no Mundo das Crianças;
– Produção de Mudas de Espécies Florestais Nativas;
– Biodiversidade, Biopirataria e Economia Solidária;
– Segurança Alimentar e Aproveitamento de Frutos do Cerrado;
– Informação e Receptividade Turística;
– Promoção e Valorização da Paisagem Natural e da Cultura Local por meio de Cartões-Postais

capa da cartilha

 

Categorias: Kalunga Cerrado cartilha

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