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Universidade Federal de Goiás
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Laboratório incrementa formação de engenheiros de minas na UFG

Em 01/06/16 15:39. Atualizada em 08/06/16 10:25.

Pesquisas sobre flotação desenvolvidas na Regional Catalão  já  renderam três patentes e dois prêmios da SBPC-GO

Angélica Queiroz

A economia brasileira, desde os tempos de colônia, tem estreita relação com a extração mineral, que continua sendo um dos ramos mais produtivos do Brasil, colocando o país como destaque na área de mineração no cenário mundial. Goiás é um dos estados que vive maior crescimento da atividade. Nesse contexto, o curso de Engenharia de Minas da Regional Catalão da UFG se destaca, formando profissionais para atender a essa demanda. Em funcionamento desde 2008, o curso carecia de um laboratório para desenvolver pesquisas na área de processamento mineral. Graças ao esforço dos professores André Carlos Silva e Elenice Maria Schons Silva, a criação desse espaço foi possível e, desde 2010, incrementa a formação de engenheiros de minas na UFG.

No Laboratório de Modelamento e Pesquisa em Processamento Mineral (LaMPPMin), os alunos podem colocar em prática os conceitos teóricos vistos em sala de aula, além de desenvolver projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. A possibilidade de “botar a mão na massa”, segundo o coordenador do LaMPPMin, André Carlos Silva, faz com que os alunos extrapolem o conteúdo visto em sala e percebam nuances impossíveis de serem apenas descritas, tais como som, cheiro e, até mesmo, vibração dos equipamentos. “Existe uma grande diferença em saber como fazer e de fato fazer. Os alunos que passaram pelo laboratório estão empregados e muito bem colocados no mercado de trabalho”, se orgulha o professor.

 No laboratório, estudantes podem colocar em prática conceitos teóricos vistos em sala de aula

No laboratório, estudantes podem colocar em prática conceitos teóricos vistos em sala de aula

O laboratório possui alunos bolsistas de ensino médio, graduação, mestrado e doutorado e, segundo o coordenador do LaMPPMin, André Carlos Silva, hoje conta com projetos financiados pelo CNPq, CAPES e FAPEG, bem como parcerias com diversas empresas. As principais pesquisas desenvolvidas são em flotação, método de separação de misturas muito usado na indústria de minerais, nas quais os pesquisadores estão utilizando óleos de frutos do Cerrado goiano em substituição a reagentes sintéticos, para novas fontes de amido para o uso como depressor, desenvolvimento de rota de produção de monazita (mineral de terras raras) e produção de concreto, substituindo areia por magnetita (rejeito da produção de rocha fosfática).

As pesquisas do LaMPPMin sobre flotação já renderam 3 patentes – óleo de pequi, óleo de macaúba e óleo de pinhão manso – e dois prêmios da SBPC-GO, menção honrosa em 2014 e primeiro lugar em 2015. Atualmente, os pesquisadores do laboratório estão realizando testes para produzir magnetita para a construção civil substituindo areia. “Os resultados estão sendo muito promissores e esperamos em um futuro breve reduzir o custo do concreto”, ressalta André Carlos Silva. Além disso, o professor relata que o laboratório já está negociando para assinar dois projetos científicos importantes para a produção de elementos de terras raras.


Construção da sede

O LaMPPMin está provisoriamente instalado em um galpão de aproximadamente 400m² alugado pela UFG e conta com um patrimônio de mais de 350 mil reais, além de verba já aprovada para a aquisição imediata de mais de 400 mil em equipamentos. Segundo o coordenador do laboratório, já está em fase de análise um projeto, em parceria com o governo do Estado, para a construção de uma nova sede que permitirá dobrar a área construída do prédio.

Categorias: pesquisa UFG Regional Catalão Edição 79 #Pesquisa