A juventude não se cala
Pluralidade de ideias e horizontalidade são as marcas da nova cara das lutas da juventude
Luis Felipe Fernandes*
Em 2016, em reação ao anúncio do governo de Goiás de que as escolas do estado passariam a ser geridas por Organizações Sociais (OS), estudantes do ensino médio protagonizaram o movimento de ocupação das unidades de ensino. O assunto ganhou a cobertura da “grande imprensa”, composta pelos tradicionais veículos de comunicação, geralmente com abordagens superficiais, pouco debate e reflexão e com foco nas consequências imediatas das ocupações, como o atraso no calendário escolar.
Na edição de abril do ano passado, o Jornal UFG entrou no debate com a publicação da reportagem “Gestão das escolas públicas em perspectiva”, em que especialistas analisavam o modelo proposto pelo governo estadual. Além disso, a TV UFG foi a primeira emissora recebida em uma ocupação, retratando o movimento de forma mais aprofundada, contribuindo para diminuir a incompreensão acerca das novas dinâmicas de manifestações de adolescentes e jovens.
O assunto a que se dedica a reportagem de capa desta edição é justamente a luta empreendida pela juventude atual, marcada pela pluralidade de ideias e pela horizontalidade. A repórter Patrícia da Veiga faz uma incursão em alguns desses movimentos estudantis e traz a perspectiva de seus participantes, incluindo aqueles que buscam mais autonomia e se distanciam da política institucionalizada. O recado está dado: a juventude não quer que falem por ela!
E tem novidades na edição 89 do nosso jornal. Uma delas é a estreia do técnico em artes gráficas Frede Aldama na diagramação do Jornal UFG, dando continuidade ao projeto gráfico concebido pelo programador visual Reuben Lago. A outra é a coluna “Eu Faço a UFG”, que trará relatos em primeira pessoa de pesquisadores e participantes de projetos de extensão da Universidade acerca das atividades que desenvolvem. Confira e participe!
*Coordenador de Jornalismo da Ascom