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Universidade Federal de Goiás
azeite

Azeite e dieta brasileira reduz risco cardiovascular em indivíduos obesos

Em 18/05/20 11:57. Atualizada em 18/05/20 11:59.

Pesquisa de grupo da UFG foi recentemente publicada na revista Nutrients

A obesidade é um problema de saúde pública que atinge grande parte da população mundial. É importante destacar que a forma grave da doença, representada por um Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou igual a 35 kg/m2, tem crescido de forma preocupante nas últimas décadas. A obesidade grave também está associada com fatores de risco cardiovasculares, agravando o quadro clínico dessa população. Diante desse cenário, são cada vez mais necessários tratamentos não farmacológicos efetivos para redução de fatores de risco cardiovascular nessa população. Nesse contexto o Grupo de Pesquisa em Obesidade Grave (GEOG), coordenado pela professora Erika Aparecida Silveira da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FM/UFG) publicaram recentemente na Revista Nutrients (A1) um estudo que analisou o uso do azeite aliado a uma dieta brasileira tradicional em pacientes com obesidade grave. Os resultados fazem parte da tese de doutorado da nutricionista Annelisa Silva e Alves de Carvalho Santos.

O estudo testou duas intervenções nutricionais (azeite de oliva extravirgem e dieta tradicional brasileira) e os seus efeitos sobre diversos parâmetros da saúde cardiovascular em obesos graves, tais como: lipoproteína de baixa densidade-colesterol (LDL-c), colesterol total (CT), triglicérides, lipoproteína de alta densidade-colesterol (HDL-c), homocisteína, razão LDL/HDL, razão CT/HDL, razão TG/HDL, homocisteína, entre outros.

Segundo os pesquisadores foi observado que no grupo de pacientes que recebeu azeite de oliva extravirgem houve redução estatisticamente significativa nas razões CT/HDL e LDL/HDL após 12 semanas de seguimento. Além disso, houve redução de 5% no LDL-c nos grupos que receberam azeite e prescrição de dieta baseada na dieta tradicional brasileira; redução de 10% na razão LDL/HDL e homocisteína no grupo que recebeu azeite; e redução de 10% nos níveis sanguíneos de triglicerídeos e razão TG/HDL. Todos esses resultados mostram resultados promissores na melhora de alguns parâmetros de saúde cardiovascular de obesos graves com o uso do azeite de oliva extravirgem ou dieta tradicional brasileira. A quantidade diária de azeite utilizada no estudo foi 52 ml/dia, equivalente a aproximadamente 3,5 colheres de sopa rasas.

A dieta tradicional brasileira inclui alimentos como arroz, feijão, porção pequena de carne, legumes e verduras nas grandes refeições e frutas nas pequenas refeições, priorizando alimentos mais naturais e evitando alimentos ultraprocessados. 

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Fonte: Secom UFG

Categorias: Saúde FM Fanut