Estudantes da UFG podem acessar gratuitamente streaming de cinema independente
CNETV é especializada em filmes clássicos nacionais e internacionais
Eduardo Bandeira
Estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG) podem usufruir gratuitamente, até setembro de 2025, da plataforma de streaming Cine Network Entertainment Television (CNETV). O serviço é especializado em filmes clássicos nacionais e internacionais, produções independentes e regionais. A iniciativa tem a parceria da Secretaria de Comunicação (Secom) da UFG.
Para usufruir dos benefícios da CNETV, incluindo o acesso gratuito aos estudantes da UFG, é necessário realizar o cadastro pelo formulário específico disponível neste link.
Após o preenchimento, o acesso pode ser feito diretamente no site oficial da plataforma ou via aplicativo compatível com o sistema ROKU, possibilitando a visualização em Smart TV. Esse processo garante a navegação no catálogo completo, acesso aos recursos interativos e às funcionalidades de acessibilidade oferecidas pela CNETV.
Criado em 2021 pelo designer Guilherme Blanco Nunes, o serviço busca resgatar obras negligenciadas pelas grandes plataformas de streaming.
"A decisão de criar o CNETV surgiu da necessidade de valorizar o cinema independente e clássico, tanto nacional quanto internacional, que muitas vezes é negligenciado pelos grandes estúdios e distribuidores comerciais. A plataforma busca resgatar essas produções e proporcionar acesso a filmes que, de outra forma, poderiam ser esquecidos", explica Guilherme.
Inicialmente concebida como uma WebTV, a plataforma enfrentou obstáculos devido aos altos custos de links e à necessidade de se manter independente de empresas. Sem financiamento disponível, Guilherme levou dez anos para transformar a ideia em uma plataforma de streaming.
Recentemente, a CNETV foi contemplada com recursos da Lei Paulo Gustavo, que serão utilizados para aprimorar a interatividade e acessibilidade da plataforma.
Para compor o catálogo, o designer busca diretamente produtores de filmes e documentários. "Muitos desses projetos foram exibidos em cinemas de Goiânia e depois ficaram esquecidos. A plataforma resgata esses conteúdos inacessíveis e os disponibiliza ao público. Como cinemas e salas de exibição geralmente não demonstram interesse imediato, temos a função de dar visibilidade a esses materiais", comenta.
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Reprodução do site da CNETV, com parte do catálogo de filmes clássicos e independentes
Curadoria
Na seleção de obras, a CNETV prioriza conteúdos em domínio público. Guilherme também recebe materiais de outros estados e avalia quais serão incluídos no catálogo. Com o apoio da Lei Paulo Gustavo, ele planeja expandir a plataforma e incluir uma categoria dedicada a vídeos emergentes feitos por estudantes universitários.
A CNETV também implementou um sistema de notificações para avisar os usuários sobre novos filmes e melhorou a qualidade de vídeo, com adaptação automática conforme a conexão do usuário. Em breve, novos recursos de acessibilidade serão adicionados, incluindo legendas descritivas, tradução em Libras e audiodescrição.
Recurso educacional
O catálogo diversificado e o acervo de conteúdos clássicos e independentes também tornam a plataforma um recurso para estudantes. A CNETV se posiciona como uma ferramenta educativa e fonte de pesquisa, facilitando o acesso a filmes indisponíveis em outros serviços de streaming.
Para captar o retorno dos usuários, a plataforma conta com um sistema integrado de comentários e feedback, além de ferramentas de notificações e interação, como um chat on-line, que será implantado para interações ao vivo durante as exibições. Assim, os usuários podem compartilhar suas opiniões e fazer sugestões diretamente na plataforma.
No futuro, a CNETV pretende expandir o catálogo, aumentar a interatividade e incorporar novos recursos técnicos, como monetização por assinaturas e publicidade. Os planos de ampliação incluem o desenvolvimento de funcionalidades que melhorem a experiência do usuário e a criação de um canal de transmissão on-line (WebTV).
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Fonte: Secom UFG
Categorias: Arte e Cultura Secom Notícia 2