UFG se torna parceira da Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital
Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás
ANO VII – Nº 65 – MARÇO – 2014
UFG se torna parceira da Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital
A universidade é a primeira instituição da Região Centro-Oeste a aderir à rede
Texto: Erneilton Lacerda
O jequitibá, a maior árvore da Mata Atlântica, pode atingir até cinquenta metros de altura e é uma espécie de grande longevidade. Por estes motivos, ele serviu de inspiração para o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) para denominar a primeira rede nacional de serviços de preservação digital, que optou por escolher o nome científico do jequitibá: Cariniana legalis. Na Região Centro-Oeste, a primeira instituição a integrar a Rede Cariniana será a Universidade Federal de Goiás, que oficializou sua adesão no final de 2013.
A Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital – Cariniana, segundo informações oficiais, foi criada para oferecer um serviço de preservação digital de documentos eletrônicos para garantir o acesso continuado, em longo prazo, dos conteúdos armazenados digitalmente. Na primeira etapa, serão disponibilizados serviços de preservação digital para instituições que possuem publicações de acesso livre, além de oferecer mecanismos que facilitem a automatização dos processos de identificação, armazenamento, validação e conversão para novos formatos digitais. Uma segunda etapa lidará com o desenvolvimento de uma rede de serviços, que permita a livre adesãoe integração de conteúdos da memória institucional digital de forma consorciada e federada.
O lançamento da Rede Cariniana no Brasil foi possível graças à parceria entre o IBICT e a Stanford University, realizada em janeiro de 2013, quando o instituto aderiu ao programa LOCKSS, que fornece softwares livres de preservação digital de baixo custo para bibliotecas e editoras. De acordo com o coordenador nacional da Rede Cariniana, Miguel Ángel Mardero Arellano, o objetivo principal desta rede é disponibilizar serviços de preservação digital de recursos exclusivamente eletrônicos.
Durante o lançamento em Goiânia, o coordenador afirmou que “a rede integra uma série de iniciativas, produtos e serviços promovidos pelo IBICT que não funcionariam sem a interação de usuários (pessoas e instituições)”. Miguel Arellano argumentou que a preservação digital é imprescindível para a manutenção dos serviços de informação do instituto. “Com a cooperação técnica da Stanford University, estão sendo estabelecidas as diretrizes de funcionamento da rede e a concretização da implantação das sub-redes de periódicos, dissertações, teses e livros eletrônicos previstas no projeto”, esclareceu.
A intenção do IBICT para os próximos anos é disponibilizar a Rede Cariniana para a comunidade que trabalha com informações científica e tecnológica e contribuir também para a preservação digital de acervos patrimoniais de bibliotecas, arquivos e centros de memória institucionais brasileiros. Além da Stanford University, fazem parte da parceria outras instituições internacionais, como Harvard University, Massachusetts Institute of Technology (MIT) e Library of Congress, e nacionais, Universidades de São Paulo (USP), Estadual de Campinas (Unicamp), Federal da Paraíba (UFPB), Federal de Santa Maria (UFSM) e Estadual do Maranhão (UEMA).
Rede Cariniana na UFG
A Gerência de Informação Digital e Inovação (Gidi) será uma das responsáveis pela implantação da Rede Cariniana na UFG, visando à gestão e divulgação das produções técnico-científica e acadêmica da universidade. A coordenadora da Gidi, Cláudia Oliveira de Moura Bueno, comemora a parceria com o IBICT. “Acredito que será um marco histórico na preservação do acervo da UFG”, comenta.
Proporcionar que as futuras gerações tenham acesso à produção atual foi uma das principais preocupações que motivaram a adesão da UFG à Cariniana. “Com a rede será possível preparar os documentos em formatos digitais para que daqui a mil anos, por exemplo, eles possam ser lidos. Iremos preservar a nossa documentação científica para as próximas gerações. Se houver mudança da mídia, não iremos perder esse material”, esclarece a coordenadora.
Neste primeiro momento, a equipe irá trabalhar a preservação dos periódicos científicos que estão no software Open Journal Systems ( OJS) e convertê-los à plataforma LOCKSS. O próximo passo é fazer um diagnóstico de como está o processo de digitalização das teses e dissertações da universidade. Desde 2012, a Gidi digitaliza acervos de teses defendidas em programas de pós-graduação da UFG, como as produções das áreas de Matemática e História, e as disponibiliza na internet. Aproximadamente, cinco mil teses ainda precisam ser digitalizadas.
As próximas etapas da Rede Cariniana já estão sendo pensadas, diz Cláudia Bueno. “Estamos pensando em estender a metodologia da Rede Cariniana para preservar os trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Gestão Acadêmica (CGA) e Centro de Documentação, Informação e Memória (CDIM).” A coordenadora admite estar diante de um trabalho árduo, porém defende que há muitas vantagens em fazer parte da Rede Cariniana. “O principal benefício em fazer essa preservação digital é dar visibilidade à produção científica da UFG, inclusive diante das agências de fomento à pesquisa. A universidade se tornará referência em preservação de acervo”, confia.
Etapas da digitalização
• Pré-digitalização – estabelecimento de termos contratuais, inventário dos documentos, higienização;
• Digitalização – controle de qualidade no processamento de captura digital, gerenciamento de dados;
• Pós-digitalização –conversão de arquivos, gerenciamento dos representantes digitais.
Fonte: IBICT
Nesta Edição
Fonte: Ascom UFG
Categorias: rede cariniana rede brasileira de serviços de preservação digital Centro-Oeste IBICT Stanford university digitalização
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