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Universidade Federal de Goiás

Programas de pós-graduação da UFG conquistam padrão de excelência

Em 14/03/14 16:12. Atualizada em 24/11/14 14:13.

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Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás 
ANO VII – Nº 65 – MARÇO – 2014

Programas de pós-graduação da UFG conquistam padrão de excelência

Os Programas de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), e em Geografia, do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa), são reconhecidos pela Capes com conceito 6 e pedem atenção especial à administração da UFG por melhores condições de infraestrutura e pesquisa

Texto: Michele Martins | Fotos: Carlos Siqueira

 

No final do ano passado, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou a Avaliação Trienal 2013, referente ao período de 2010 a 2012. Nesta avaliação, os Programas de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), e em Geografia, do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa), da Universidade Federal de Goiás (UFG) tiveram seus conceitos junto à instituição elevados para 6. Este conceito somente é atribuído aos programas com padrão de excelência internacional. O conceito 7 é o último na escala de classificação da Capes.

Para o reitor, Orlando Afonso Valle do Amaral, o que distinguirá a UFG em relação às outras instituições de ensino superior será o desenvolvimento das pesquisas. "O ensino na graduação é nossa obrigação e temos de fazê-lo bem feito, mas se não tivermos uma pós-graduação de altíssima qualidade, continuaremos sendo uma instituição mediana", afirmou. Essa declaração foi recebida pelos integrantes dos programas com grande expectativa durante reunião com os Programas de Pós-Graduação em Geografia e em Ecologia e Evolução, por apontar um novo direcionamento para as políticas internas da área na UFG.

POLÍTICA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DA UFG

As prioridades são:

• consolidar os programas com o aumento para o conceito 4 e a excelência dos cursos com conceito 6;

• criar novos cursos a partir de grupos consolidados ou em áreas do conhecimento estratégicas para a UFG;

• melhorar a inserção internacional daprodução científica local;

• conceder incentivos para publicações dos docentes vinculados aos programas.

Fonte: PRPI e PRPG

Estudantes da Pós-Graduação em Ecologia e Evolução se esforçam para manter a qualidade de suas pesquisas apesar da precariedade dos laboratórios do ICB

Estudantes da Pós-Graduação em Ecologia e Evolução se esforçam para manter a qualidade de suas pesquisas apesar da precariedade dos laboratórios do ICB

 

ECOLOGIA E VOLUÇÃO

O Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução (PPG-EcoEvol) do ICB foi criado e recomendado pela Capes/MEC, em 2003, com a abertura do curso de mestrado. O doutorado foi oferecido em 2006. De acordo com o coordenador do programa, Marcus Cianciaruso, a elevação do conceito deve-se à destacada qualificação dos docentes e discentes. Hoje, o programa possui 19 docentes permanentes e quatro colaboradores, que orientam 70 estudantes no mestrado e doutorado. Quase 90% dos egressos do doutorado já foram contratados como docentes em diversas universidades federais e estaduais no país.

Praticamente todos os docentes vinculados ao programa possuem algum tipo de projeto financiado por agências governamentais de fomento, além de muitos serem editores de revistas científicas nacionais e internacionais. O coordenador do programa ainda complementou: "As colaborações internacionais precedem a criação do programa de pós-graduação e os principais países que mantemos colaboração são Austrália, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, México, Portugal e Suíça. Além disso, colaboramos muito entre nós, docentes, e coordenamos diversos projetos em redes nacionais de pesquisa. Muitos alunos de doutorado realizam parte do seu curso no exterior pelo Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) da Capes. Podemos destacar também que o nosso Processo Seletivo é bastante criterioso para selecionar os melhores candidatos que vêm de todas as regiões do Brasil e de outros países".

Mesmo fazendo parte de um programa de destaque, Marcus Cianciaruso aponta algumas críticas à distribuição interna dos recursos do ICB e à falta de espaço para equipamentos e laboratórios, além de péssimas condições de trabalho: "Recebemos pelo Programa de Apoio à Pós-Graduação (Proap) da Capes cerca de 160 mil reais por ano. O problema é que esse recurso serve para o pagamento de diárias em cursos, trabalho de campo, participação em eventos e para trazer colaboradores. Em contrapartida, o Instituto deveria assegurar a infraestrutura necessária para o desenvolvimento da pós-graduação", argumentou.

Contudo, essas dificuldades ainda não estão comprometendo diretamente a produção científica do PPG-EcoEvol, que representa cerca de 10% de toda a produção científica da UFG. Os trabalhos desenvolvidos no âmbito do programa estão entre os mais relevantes do Brasil e do mundo. Em maio de 2013, a base de dados Thomson Reuters Community divulgou que dois professores do PPG-EcoEvol estão entre os mais citados do mundo em publicações científicas nas áreas de Ecologia, Evolução, Conservação e Meio Ambiente. O pró-reitor de Pós-Graduação, José Alexandre Diniz Filho, foi classificado na sétima colocação e Luís Maurício Bini, na décima nona posição. Em entrevista ao Jornal UFG, em julho de 2013, José Alexandre Diniz Filho explicou que "a maior parte dos trabalhos publicados tem alto impacto com relação às citações no meio científico, porque propõe métodos ou softwares novos para as áreas da Ecologia Quantitativa e da Macroecologia".

PESQUISAS EM ANDAMENTO

• Projeto Ecológico de Longa Duração (PELD/CNPq) desenvolvido no Parque Nacional das Emas (GO)

• Genética geográfica e planejamento regional para conservação de recursos naturais no Cerrado (Rede Genpac)

• Biodiversidade na região de Niquelândia e Barro Alto (GO), convênio com a empresa Anglo American

• Filogeografia e estrutura filogenética em comunidades vegetais do Cerrado (Rede PPBio)

 

Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) do Iesa é um dos que mais realiza cooperações interinstitucionais na área de Geografia

Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) do Iesa é um dos que mais realiza cooperações interinstitucionais na área de Geografia

 

GEOGRAFIA

O Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGeo) foi criado em 1995 com o curso de mestrado e o doutorado foi oferecido a partir de 2006. Atualmente, há 27 docentes permanentes e mais quatro colaboradores, que orientam 63 estudantes no mestrado e 49 no doutorado. O foco das pesquisas desenvolvidas concentra-se em três linhas de pesquisa: Análise Ambiental e Tratamento da Informação Geográfica, Dinâmica Socioespacial, e Ensino e Aprendizagem em Geografia.

De acordo com o coordenador do PPGeo, Ivanilton José de Oliveira, a avaliação com o conceito 6 reflete não só a boa produção dos pesquisadores, mas também está associada à forma como os dados sobre o programa são informados à Capes. "O recebimento desse conceito está diretamente associado à organização interna do programa. Dessa forma, fica fácil identificar quais são nossas principais virtudes e problemas", ressaltou.

Algumas características do programa são a articulação das linhas e núcleos de pesquisa e a instituição de sete grandes laboratórios, que possibilitam a realização de grandes projetos e o estabelecimento de parcerias com instituições privadas e públicas, nacionais e internacionais. "Isso permite uma maior integração e compartilhamento dos recursos financeiros e humanos", disse o coordenador.

A seleção da pós-graduação ocorre anualmente e tem recebido inscrições de candidatos de todo o país e do exterior. "Tem aumentado o número de alunos estrangeiros, mas a maioria dos nossos estudantes ainda é do Estado de Goiás. Temos uma demanda muito grande de professores que atuam no Estado", informou Ivanilton Oliveira. Contudo, um dos fatores que mais contribuíram para a elevação do conceito do programa foi quanto às ações de internacionalização promovidas. Atualmente, o PPGeo possui diversos convênios de intercâmbios de docentes e estudantes para realização de pós-doutoramento ou de cursos na modalidade sanduíche e participação de docentes em bancas de avaliação de trabalhos acadêmicos. "Os principais países que mantemos convênios são Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França e México", pontuou.

PESQUISAS EM ANDAMENTO

• Visões contemporâneas do Cerrado e intersecção de políticas sociais e ambientais: reserva a biosfera do Cerrado no norte e nordeste de Goiás

• As metodologias no processo de aprendizagem em Geografia

• A dimensão territorial das festas populares e do turismo: estudo comparativo do patrimônio imaterial em Goiás, Ceará e Sergipe

• Alerta de desmatamento do Cerrado

 

Reunião entre integrantes dos programas conceito 6 e pró-reitores de Pesquisa e Inovação e de Pós-Graduação expôs uma série de reivindicações para a consolidação da qualidade das pesquisas

Reunião entre integrantes dos programas conceito 6 e pró-reitores de Pesquisa e Inovação e de Pós-Graduação expôs uma série de reivindicações para a consolidação da qualidade das pesquisas

 

FORÇA TAREFA

Após o reconhecimento da Capes, a ordem dentro das coordenações de cada programa é superar as dificuldades que ainda dificultam a realização das pesquisas.

Em reunião realizada dia 7 de fevereiro, com o reitor, as Pró-Reitorias de Pesquisa e Inovação e de Pós-Graduação e integrantes dos dois programas conceito 6, foram unânimes as reivindicações de uma atenção especial para os programas de excelência. O diretor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Cirano José Ulhoa, afirmou que a necessidade de crescimento da pós-graduação na UFG é muito grande e sugeriu que as unidades acadêmicas criem comissões de pesquisas. Ele reforçou ainda que a falta de servidores técnico-administrativos nas secretarias dos programas é uma das maiores dificuldades.

O diretor do Iesa, João de Deus, parabenizou o esforço e a dedicação dos docentes que fazem parte dos programas conceito 6 e reconheceu que algumas mudanças na administração das unidades acadêmicas devem ocorrer. Ele destacou que a questão da carga horária de aulas dos docentes na pós-graduação e na graduação e a assistência à questões de internacionalização da pós-graduação sejam revistas. "Podemos dar um salto na pós-graduação quando essas questões forem revistas", comentou.

Durante a reunião, a doutoranda em Geografia, Erika Pires, disse que os pós-graduandos esperam mais atenção a algumas reivindicações, como a inexistência de salas de aula e de estudo exclusivas, a falta de recursos para participação em eventos e de bolsas para todos os estudantes.

Os pró-reitores anunciaram que, a partir do diagnóstico do trabalho das duas Pró-Reitorias, serão postas em práticas ações estratégicas para suprir as reais necessidades. O pró-reitor de Pós-Graduação José Alexandre Diniz Filho explicou que após de uma segunda avaliação com conceito 6, os programas são inseridos no Programa de Excelência Acadêmica (Proex) da Capes. Assim, eles passarão a ter um orçamento maior para custear despesas, de cordo com suas prioridades.

Pedindo um voto de crédito a todos, a pró-reitora de Pesquisa e Inovação, Maria Clorinda Fioravanti declarou: "Precisamos escutar mais docentes e discentes e sentir qual é a realidade. Teremos uma universidade menos burocrática, ao levar para as câmaras superiores discussões sobre as políticas internas. Não vamos transformar a UFG na melhor universidade de um dia para o outro, mas temos condição de transformá-la na melhor universidade que pudermos".

POLÍTICA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DA UFG

As prioridades são:

• consolidar os programas com o aumento para o conceito 4 e a excelência dos cursos com conceito 6;

• criar novos cursos a partir de grupos consolidados ou em áreas do conhecimento estratégicas para a UFG;

• melhorar a inserção internacional daprodução científica local;

• conceder incentivos para publicações dos docentes vinculados aos programas.

Fonte: PRPI e PRPG

Fonte: Ascom UFG

Categorias: Excelência pós-graduação nota 6 Ecologia e Evolução Geografia Infraestrutura pesquisa

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