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Universidade Federal de Goiás

Feira Sem Veneno oferece alimentação saudável no Câmpus Catalão

Em 12/09/13 11:54. Atualizada em 24/11/14 14:13.

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Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás 
ANO VII – Nº 61 – AGOSTO – 2013

Feira Sem Veneno oferece alimentação saudável no Câmpus Catalão

Muito mais do que uma feira de comercialização de alimentos sem agrotóxicos, a Feira Sem Veneno é um projeto que visa apoiar e conscientizar o pequeno produtor rural, como também melhorar suas condições de vida

Texto: Fábio Gaio | Foto: Divulgação/CAC

 

Feira Sem Veneno

Em parceria com a Universidade, os moradores colocam em prática conhecimentos voltados para a melhoria de vida dos moradores do assentamento Madre Cristina

 

Verduras, frutas, legumes e alimentos produzidos por pequenos produtores rurais sem a utilização de agrotóxicos podem ser encontrados na Feira Sem Veneno, realizada às terças-feiras, das 17 às 21 horas, na entrada do Câmpus Catalão. O projeto surgiu do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Agroecologia do curso de Geografia, juntamente com o curso de Ciências Sociais, e está sob a coordenação dos professores Cláudio Bertazzo e Daniel Alves. A proposta envolve os moradores do assentamento Madre Cristina, localizado nas redondezas do povoado do Veríssimo, município de Goiandira.

O professor Cláudio Bertazzo explica que o projeto teve início com visitas a agricultores para começar a estabelecer uma rede de agroecologia e agricultura sustentável. O professor conta que a parceria com os agricultores começou aos poucos e graças à troca de conhecimentos entre agricultores, professores e alunos foi possível iniciar a produção de alimentos sem agressão ao meio ambiente.

Daniel Alves se impressiona ao dizer que tudo começou devagar e que, em pouco tempo, os agricultores já tinham uma produção significativa. A partir disso, pensou-se em comercializar os alimentos produzidos, surgindo, então, a ideia de criar a feira de produtos que ficou conhecida como Sem Veneno. “O que parece ser uma feira é na verdade um processo de composição de uma rede. De um lado, estão os produtores, que percebem algo positivo para a saúde deles e também a viabilidade econômica do negócio. De outro, existe a formação de um consumidor consciente”, avalia.

Daniel Alves ainda ressalta que os produtores fazem um grande esforço para estarem na universidade todas as semanas. Os agricultores percorrem um trecho considerável de estrada de chão até Goiandira e depois mais 18 quilômetros até Catalão. Além da venda de produtos do campo, o espaço da feira é aproveitado para ensino ambiental, com divulgação de vídeos dos agricultores, mostrando como é feita a produção dos alimentos.

Os coordenadores do projeto destacam que, inicialmente, encontraram uma população que carecia de recursos, havendo, por exemplo, famílias ainda sem energia elétrica, embora nas proximidades do povoado haja uma represa que gera energia e linhas de transmissão instaladas próximas ao assentamento. Neste sentido, o projeto ajuda os moradores a entenderem a necessidade de se unir para terem melhores condições de vida e reivindicarem melhorias aos poderes públicos.

Um ponto interessante destacado pelos coordenadores é que a ação não é feita diretamente pelos alunos e professores. A universidade fornece informações e ideias, e os moradores as colocam em prática em busca de melhorias para o povoado. Os agricultores pretendem agora se mobilizar para a construção de cisternas para a utilização da água das chuvas. Há ainda a previsão da instalação de um Centro de Apoio, em uma escola desativada, que poderá ser utilizado também por outros cursos do Câmpus Catalão como Enfermagem e Psicologia, que já têm acompanhado o projeto e ajudado os moradores.

As agricultoras Luíza Mota e Luciene Luiza contam que são muito gratas aos professores, alunos e parceiros do projeto, uma vez que os resultados já são percebidos por todos os produtores rurais. “Estou muito feliz com a aceitação dos clientes e a melhoria na renda familiar”, conta Luciene Luiza.

O projeto tem o apoio da Prefeitura e da Direção do Câmpus Catalão, além de servidores e alunos da instituição. Os trabalhos contam ainda com as parcerias do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), Universidade Estadual de Goiás (UEG - Ipameri) e a Pastoral da Terra (Diocese de Ipameri). Em agosto, a Feira Sem Veneno completa um ano de existência.

Fonte: Assessoria CAC UFG

Categorias: Feira Alimentos câmpus Catalão

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