Novo reitor prevê uma gestão desafiadora
Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás
ANO VII – Nº 64 – NOVEMBRO / DEZEMBRO – 2013
Entrevista: Novo reitor prevê uma gestão desafiadora
Texto: Michele Martins | Foto: Carlos Siqueira
Para o senhor, o que significa assumir a Reitoria da UFG?
Dirigir uma instituição da importância da UFG é uma responsabilidade enorme. É uma grande honra para mim ter sido escolhido pela comunidade universitária para estar à frente desta instituição. Assumir a Reitoria é, antes de tudo, um enorme desafio que quero enfrentar e vencer com o apoio de toda a comunidade. É também uma enorme responsabilidade que dividirei com a equipe e com todos os membros da comunidade universitária.
Por sua atuação como pró-reitor de Administração e Finanças da UFG por oito anos, parece-me natural que a sua gestão apresente um direcionamento comum em relação ao reitorado anterior. Que diferenças existirão em seu mandato?
O mandato que nos foi concedido pela comunidade universitária significa a aprovação das propostas apresentadas por mim e pelo professor Manoel Rodrigues e dos rumos trilhados pela universidade nos últimos oito anos. Creio que seja natural darmos continuidade aos vários projetos da gestão anterior. O ciclo de crescimento e expansão propiciado pelo Reuni se encerrou em 2012, mas novos desafios surgirão quanto à consolidação da expansão e do crescimento da UFG. Teremos outra realidade e novos desafios, como a implantação do novo estatuto. Em fase final de discussão nos conselhos superiores da universidade, esse novo estatuto promoverá uma grande transformação institucional em termos da constituição e definição de novas regras para as representações nos órgãos colegiados, além da distribuição das responsabilidades e autonomia dos câmpus. A UFG é hoje uma universidade multicâmpus, com unidades/câmpus fora de sede adquirindo uma importância cada vez maior. Teremos o desafio da implantação de mais dois novos câmpus, nas cidades de Aparecida de Goiânia e Cidade Ocidental. A evasão nos cursos da UFG, sobretudo nas licenciaturas, exigirá uma atenção muito especial, com destaque para o fortalecimento dos programas de apoio aos estudantes cotistas oriundos da escola pública. Vamos reforçar ainda mais as ações que visem ao incremento da internacionalização da UFG e buscar, permanentemente, a melhoria dos conceitos de nossos cursos de graduação e pós-graduação. Entre tantas e complexas ações, terei ainda o grande desafio de suceder o professor Edward Madureira. A sua liderança é reconhecida por todos, não apenas pela competência e dedicação à UFG, mas também pela maneira democrática, transparente e aberta com que conduziu sua gestão. O professor Edward Madureira e eu temos muitas afinidades, mas somos pessoas diferentes, com estilo e personalidade próprios. O essencial é que temos em comum o desejo de transformar a UFG em uma universidade cada vez melhor.
Que tipo de metodologia de trabalho será adotada?
A equipe de pró-reitores está praticamente definida, assim como os nomes de alguns assessores diretos da equipe da Reitoria que, em breve, serão divulgados. Quanto aos demais assessores, alguns serão escolhidos por mim e outros pelos próprios pró-reitores. Critérios como identificação com o nosso projeto, disponibilidade e representatividade por área do conhecimento estão sendo adotados processo de definição da equipe, que nos acompanhará na gestão.
O Plano de Gestão já está fechado? Quais são as suas prioridades ao assumir o cargo de reitor?
Durante a campanha, realizamos várias reuniões para a construção de uma proposta de Plano de Gestão para o mandato 2014-2017. Esse documento foi apresentado para toda a comunidade acadêmica e amplamente debatido. Definido o núcleo central da equipe, está em nosso planejamento voltar a rediscutir e aprimorar as metas e os compromissos contidos nesse Plano de Gestão. Uma versão definitiva será apresentada, no início do próximo ano, ao Conselho Universitário, para a devida análise e aprovação. Esse plano foi construído a partir da participação de várias pessoas da universidade e como todo plano estará permanentemente em discussão e revisão.
Considerando a conjuntura política e econômica do país, podemos acreditar que as universidades públicas conseguirão manter o mesmo ritmo de crescimento e consolidar a expansão e a qualidade do ensino?
O processo da ampliação das vagas no ensino superior federal é um processo sem volta. O Brasil, hoje, é um país com uma parcela muito pequena de jovens, com idade entre 18 e 24 anos, matriculados no ensino superior, o que é uma taxa muito baixa mesmo em comparação com os outros países da América Latina. É preciso ampliar esse quantitativo de alunos na educação superior. A meta prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), que está em fase final de discussão no Congresso, é que tenhamos 33% dos jovens nesta faixa etária matriculados na educação superior. Isso significa mais que dobrar o número atual de estudantes matriculados. Existe uma perspectiva bastante otimista resultante da aprovação da destinação de parte dos recursos advindos da exploração de petróleo na faixa do pré-sal para as áreas da Educação (75%) e Saúde (25%). Em relação à qualidade do ensino, creio que a implantação do Reuni na UFG é uma resposta. Dobramos a quantidade de cursos da graduação, triplicamos a de pós- graduação e construímos toda essa nova estrutura sem perdermos a qualidade. Esse é um desafio permanente e uma preocupação que estará presente em qualquer novo processo de expansão da UFG.
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Categorias: entrevista Orlando Afonso Valle do Amaral Reitor
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