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Universidade Federal de Goiás

UFG instala estação remota de monitoramento em física de partículas

Em 13/08/13 11:44. Atualizada em 24/11/14 14:13.

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Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás 
ANO VII – Nº 60 – JULHO – 2013

UFG instala estação remota de monitoramento em física de partículas

A estação remota é uma grande contribuição dos pesquisadores da UFG em um dos grupos de pesquisa mais importantes do Brasil

Texto: Michele Martins | Fotos: Ana Maria Antunes

estação remota de monitoramento em física de partículas

O doutorando do Instituto de Física, Stefano Castro Tagnini, e o professor Ricardo Avalino Gomes colocaram em operação na UFG, no mês de julho, a primeira estação de monitoramento remoto de um dos experimentos do maior laboratório do mundo especializado em Física de Partículas, o Fermi National Accelerator Laboratory (Fermilab), localizado em Chicago, Estados Unidos.

A partir de dois computadores que comportam um software desenvolvido por eles em conjunto com outros pesquisadores, agora é possível monitorar via internet o  experimento Minos que produz um feixe de neutrinos (partículas elementares) a partir de um feixe de prótons vindos de um acelerador chamado Main Injector do Fermilab.  O feixe de neutrinos viaja 735 km pela Terra e é captado por dois detectores: um do próprio Fermilab, instalado a 100 metros de profundidade e outro construído em uma antiga mina de ferro a 705 metros de profundidade em Soudan, Minnesota, EUA.  O objetivo do experimento é investigar a emissão e as propriedade dos neutrinos e requer constante monitoramento.

Os físicos da UFG fazem parte de uma colaboração internacional  na  qual participam mais de 150 pesquisadores do Brasil, Estados Unidos, Grécia, Polônia e Reino Unido dedicados ao experimento Minos. De acordo com o professor Ricardo Gomes, o experimento ocorre 24 hora por dia, sete dias por semana com a geração de um grande volume de dados. “Todos os colaboradores devem passar alguns meses do ano na sede do Fermilab para realizarem plantões de monitoramento. A criação de estações remotas nos permite realizar o mesmo trabalho sem nos deslocarmos”, informou o professor.   Stefano Castro disse também que  a estação remota possui  protocolos de segurança para a transmissão de dados via Internet que monitoram o acelerador de partículas e os dois detectores do experimento. “Sabemos  a temperatura, a pressão e temos imagens em tempo real do local dos detectores. Caso alguma mensagem de erro seja emitida, os pesquisadores devem entrar em contato imediatamente como os técnicos do Fermilab para a realização dos devidos reparos”, explicou o pesquisador.

Para o professor Ricardo Avelino a estação remota representa uma grande contribuição dos pesquisadores da UFG   que formam  um dos grupos mais importantes do Brasil em estudos de física de neutrinos experimental e possui estudantes de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado.  Além de conseguirem  reduzir o número de viagens dos pesquisadores até o Fermilab,    ele e o seu orientando são os responsáveis por configurar e certificar a implantação de estações remotas em outras localidades. “Físicos de São Paulo virão realizar plantões na UFG e já estamos orientando pesquisadores de Varsóvia, na Polônia, a criarem outra estação remota”, conta Ricardo Avelino.

Doutoranda de Física da UFG recebe prêmio internacional

O grupo de física de partículas do Instituto de Física, liderado pelo professor Ricardo Gomes tem tido sucesso com a física de neutrinos e também com a física de raios cósmicos, demonstrando grande excelência em pesquisas básicas. No início do ano a doutoranda que pertence ao grupo, Michelle Mesquita de Medeiros, recebeu o prêmio de melhor poster do User’s Meeting 2013, encontro anual de pesquisadores do Fermilab.

O encontro serve para os pesquisadores apresentarem os seus trabalhos para a comunidade física internacional. Michelle Mesquita desenvolveu seus estudos a partir dos experimentos do Minos, sob a orientação de Ricardo Gomes, sobre a medida dos   parâmetros de oscilacão dos neutrinos, usando dados completos do experimento MINOS. O estudo produziu a medida mais precisa, até hoje, do parâmetro de massa de neutrinos e antineutrinos.

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