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Universidade Federal de Goiás

O fim da escuridão!

Em 18/11/14 09:34. Atualizada em 26/11/14 08:56.

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Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás 
ANO VII – Nº 69 – Novembro/Dezembro– 2014

O fim da escuridão!

UFG investe na expansão de redes elétricas internas e demanda à Celg ações para solucionar os problemas de sobrecarga e quedas de energia no Câmpus Samambaia

Texto: Serena Veloso  | Fotos: Carlos Siqueira

 

Prédios sem energia, salas de aula vazias. Nos últimos meses, a universidade passou por constantes quedas de energia em função da manutenção dos cabos dos circuitos elétricos que fornecem energia da subestação Xavantes, localizada no município de Nova Veneza, para a UFG. A medida integra uma das ações da Celg para ampliação da rede elétrica dessa subestação, com o intuito de melhorar a distribuição e a qualidade da energia fornecida para o Câmpus Samambaia e regiões próximas e reduzir as oscilações causadas pela sobrecarga do sistema.

Desde 2008, a UFG buscou negociar com a Celg melhorias no atendimento de sua demanda de energia, uma vez que a instituição passou por uma grande expansão da infraestrutura, a partir das ações do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Desde então, a falta de adequações à rede de distribuição provocou uma série de interrupções no fornecimento de energia. Entretanto, a companhia tomou providências somente em 2014. O Jornal UFG entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da Celg sobre o assunto, que não se pronunciou até o fechamento dessa edição.

 

Distribuição de energia

Melhorias na rede de distribuição de energia da subestação Xavantes vão aumentar a qualidade energética oferecida à universidade

 

O engenheiro eletricista do Centro de Gestão de Espaço Físico (Cegef) da UFG, Manfred Schaitl, também avalia como fatores para a sobrecarga nos circuitos da região a criação de empreendimentos como o Shopping Passeio das Águas e loteamentos. Outro problema na distribuição seria a distância entre a universidade e a subestação. “Por ser uma rede que percorre uma distância muito grande, as influências do trecho têm provocado uma baixa qualidade da energia”, explicou Manfred Schaitl.

Para resolver o problema, o engenheiro eletricista destacou que a Celg está instalando um ramal de 3.800 volts na subestação Xavantes, com uma linha que irá percorrer a distância de dois a três quilômetros até a universidade, e construindo novos circuitos ligados aos das subestações Ferroviária e Meia Ponte. Com isso, caso um dos sistemas de distribuição falhe, os outros serão acionados. Também integra as ações a troca dos cabos de alimentação por cabos cobertos para diminuir as possibilidades de interrupção.

Apesar da iniciativa, os desligamentos não-programados causaram transtornos à universidade nos últimos tempos, que teve suas atividades interrompidas em várias unidades acadêmicas e órgãos, além de prejuízos, como a queima de equipamentos. O diretor do Cegef, Marco Antônio Oliveira, informou que está sendo feito um levantamento do número de equipamentos danificados para que a UFG solicite à Celg o repasse dos custos.

Alternativas – A universidade também está investindo na construção de redes internas de alta tensão e na expansão das redes elétricas de edifícios antigos, além da compra de geradores para as unidades acadêmicas. As obras estão sendo realizadas nos prédios do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), do Instituto de Física (IF), da Escola de Veterinária e Zootecnia (EVZ) e da Escola de Agronomia (EA). Segundo Manfred Schaitl, a previsão é de que as redes internas sejam instaladas até o final de novembro.

Reduzir o consumo – Com o calor intenso durante grande parte do ano e a mudança nos padrões de consumo energético no Brasil, o antigo vilão das contas de energia – o chuveiro – foi substituído por um novo: o ar-condicionado, também um dos principais responsáveis pelas oscilações no sistema de distribuição.

A utilização inadequada de equipamentos elétricos também aumenta o consumo de energia e provoca ruídos – distúrbios provocados pelos circuitos internos dos equipamentos que atingem o sistema – sobrecarregando a rede de distribuição. “É necessário investir na compra de equipamentos de melhor qualidade, orientar o usuário sobre a utilização e avaliar se ele realmente precisa do equipamento”, ressaltou Manfred Schaitl, que apontou como medida para redução do consumo o uso compartilhado de aparelhos.

 

Geradores energia

A UFG está investindo na aquisição de novos geradores para garantir o fornecimento de energia em casos de interrupção

 

Novas fontes de energia

Algumas alternativas podem contribuir para a geração de energia de forma menos impactante ao meio ambiente, com o aproveitamento de recursos naturais, como a irradiação solar. Um projeto da Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação (EMC) tem como propósito a produção de energia a partir de painéis solares fotovoltaicos, dispositivos compostos por células solares que convertem a energia da luz do sol em energia elétrica.


Sob coordenação do professor Sérgio Pires Pimentel, o projeto envolve a instalação de painéis de 34 kWp (quilowatts-pico) no telhado do Bloco B da EMC, prevista para ser iniciada em 2015. Financiada pela empresa Espora Energética, a iniciativa irá monitorar o comportamento do sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica de distribuição, diante das condições de irradiação solar do local, na geração distribuída de energia. Trata-se da produção de excedentes, resultantes do período em que não há consumo no prédio. Essa energia excedente seria injetada na rede da Celg que alimenta o prédio e compensada em forma de crédito na fatura, segundo regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A pesquisa, realizada por docentes, alunos de graduação e pós-graduação da UFG e pesquisadores externos, também tem por intuito verificará a capacidade que os painéis possuem de alimentar os equipamentos do prédio em horários com maior consumo. “34 kWp não seriam suficientes para suprir a demanda do prédio inteiro. Contribuiriam para esses momentos de pico, mas não fariam uma alimentação isolada”, observou Sérgio Pimentel.

Para o diretor da EMC, Marcelo Stehling de Castro, o projeto pode se tornar um modelo a ser implantado na universidade para redução do consumo de energia. “A energia solar não vem para substituir a elétrica, mas para compor uma matriz energética diversificada”, afirmou.

Categorias: Energia redes elétricas Expansão

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