Intercâmbio em casa
Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás
ANO VII – Nº 69 – Novembro/Dezembro– 2014
Intercâmbio em casa
Programa Convívio Cultural estimula integração entre estudantes brasileiros e estrangeiros na instituição goiana
Ao se mudar para outra cidade ou para um país completamente diferente do seu de origem, leva-se um tempo para se adaptar, por exemplo, à alimentação e ao transporte. Apesar disso, estudantes que escolhem fazer um intercâmbio durante sua formação encaram todos esses e outros desafios em busca do aprendizado de uma nova cultura. No Brasil, a presença de alunos estrangeiros é cada vez maior. Até 2013, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores, o número de estudantes de outros países era de 12.557. No mesmo ano, a Universidade Federal de Goiás (UFG), recebeu 63 intercambistas que permaneceram de seis meses a um ano.
Com esse crescimento, a Coordenadoria de Assuntos Internacionais (CAI) lançou o Programa Convívio Cultural para promover a integração acadêmica e social dos estudantes estrangeiros junto aos estudantes nativos. O projeto visa inserir o estrangeiro na realidade da universidade e da cidade por meio de “apadrinhamento” voluntário de alunos brasileiros. Os participantes ficam responsáveis por orientar o intercambista em questões como documentação e lazer. Em troca, o voluntário tem a oportunidade de aperfeiçoar um novo idioma e conhecer outras culturas.
“As pessoas ao meu redor me ajudaram a vencer esse medo, para que eu pudesse fazer minhas coisas com perfeita naturalidade”
Anahi Portugal
O estudante da UFG que se interessar e quiser fazer parte do programa deve preencher o formulário de inscrição, com seus dados pessoais e acadêmicos, além do detalhamento das atividades que pretende desenvolver com o estudante estrangeiro e sua disponibilidade de tempo. A ficha de inscrição está disponível na página da CAI (www.cai.ufg.br).
PARTICIPAÇÃO – Um dos objetivos do projeto é alcançar alunos estrangeiros que não tenham contato direto e frequente com estudantes brasileiros e que possam ter maior dificuldade de adaptação por não ter orientação pessoal e específica. Estes alunos vêm para o País por meio do Programa de Intercâmbio Acadêmico Internacional (PIAI).
Os estudantes brasileiros que participam do Programa Convívio Cultural, têm auxiliado os intercambistas que chegam sem local para ficar. A coordenadora da CAI, Ofir Bergemann, exemplifica como funciona essa cooperação: “Às vezes o aluno chega à noite no aeroporto e a UFG não tem facilidade para disponibilizar veículo nesse horário. Então, a gente vê se algum aluno tem condições de ir buscar”.
Para os que convivem diariamente, o projeto também tem tido êxito. Um bom exemplo é a Casa do Estudante Universitário (CEU), onde moram estudantes de diversas nacionalidades. Para Ofir Bergemann, a convivência com estudantes de outros países também muda a rotina dos brasileiros que auxiliam na adaptação dos intercambistas. “A vinda do aluno estrangeiro proporciona mudança. Quando tem um estrangeiro assistindo a uma aula, repercute no outro, no ambiente como um todo”, explicou a coordenadora.
CONVIVÊNCIA – Uma das moradoras da CEU é a argentina Anahi Portugal. A estudante veio estudar licenciatura em Educação Física por um curto período na Faculdade de Educação Física e Dança (FEFD) da UFG e está em Goiânia desde o dia 13 de agosto. Segundo ela, a experiência superou suas expectativas: “Pensei que fosse mais difícil, eu tinha muito receio. Mas as pessoas ao meu redor me ajudaram a vencer esse medo, para que eu pudesse fazer minhas coisas com perfeita naturalidade”.
O estudante Francieudes Pereira auxilia na adaptação de alunos estrangeiros
Um dos responsáveis pela rápida adaptação da argentina é o também morador da CEU, Francieudes Pereira, estudante do curso de Engenharia Ambiental. Ele participa do Programa Convívio Cultural e, além de ter “apadrinhado” Anahi Portugal, ajuda todos os outros estrangeiros da Casa do Estudante. Segundo ele, esse aprendizado pode ajudá-lo a se adaptar rapidamente a uma nova realidade, em um futuro intercâmbio.
BENEFÍCIOS DE APADRINHAR UM ESTRANGEIRO
- Ter contato com outras culturas
- Aprender ou aperfeiçoar outro idioma
- Criar laços de amizade e contatos no exterior
- Contribuir para a internacionalização da UFG e difusão da cultura brasileira
- Exercer a solidariedade e colaborar para a cooperação entre os povos
- Receber um Certificado de Participação do Programa
Nesta Edição
Categorias: Programa Convívio Cultural intercâmbio Coordenação de Assuntos Internacionais
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