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Universidade Federal de Goiás

Parque Tecnológico Samambaia avança com novas obras

Em 28/03/16 10:30. Atualizada em 30/03/16 15:56.

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Parque Tecnológico Samambaia avança com novas obras

Edifício principal, Farmatec e Citego são os projetos aprovados

Texto: Angélica Queiroz | Fotos: Carlos Siqueira

PARQUE TECNOLÓGICO

 

Nos últimos anos, os governos federal e estadual têm buscado estratégias para incentivar o desenvolvimento científico e tecnológico no país. Entre elas, está o investimento na criação de parques tecnológicos, modelo de arranjo que vem se consolidando também em Goiás. Na UFG, a concretização do Parque Tecnológico Samambaia (PTS), que começou em 2013 com a inauguração do Centro Regional para o Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CRTI), dá outro importante passo para sua consolidação com a aprovação de recursos para a construção de três novos prédios, com obras que devem começar ainda esse ano.

Além do CRTI, o Parque Tecnológico Samambaia conta com financiamento aprovado para a construção do primeiro prédio específico do Parque, que será o seu Edifício Sede. Também já foram obtidos recursos para a construção do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (Farmatec). Além disso, está em fase final de avaliação a solicitação de recursos para a construção do Centro de Inovação Tecnológica e Empreendedorismo para o Estado de Goiás (Citego). De acordo com o diretor do CRTI, Jesiel Freitas Carvalho, a excelência já alcançada (ver box) foi fundamental para aprovação dos novos projetos.

O Citego vai abrigar empresas incubadas e empresas graduadas com potencial de crescimento, além de locais chamados de Makerspaces, para desenvolvimento de projetos inovadores, e espaços institucionais para empreendedorismo e inovação. O custo dessa edificação é da ordem de R$ 4 milhões e, segundo o Presidente da Comissão de Implantação do PTS, professor Edward Madureira Brasil, deve contar com o apoio do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO), com expectativa de que o prédio comece a ser construído ainda nesse semestre e passe a funcionar até o final do ano. “O sistema de construção previsto para o edifício do Citego é a construção modular, por isso ele pode ser construído rapidamente”, explica o Coordenador de Transferência e Inovação Tecnológica da UFG, Cândido Borges.

O projeto do Parque Tecnológico Samambaia prevê a instalação de cinco centros temáticos de pesquisa, formados por um ou mais prédios, contemplando mais de um laboratório com previsão de áreas de uso compartilhado. O primeiro centro a ser construído no Parque será o Centro de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Fármacos, cujo principal laboratório, o Farmatec, conta com recursos captados, junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e FAPEG, para sua construção e compra de equipamentos. Já o edifício sede do Parque, que abrigará a equipe de gestão do espaço, a futura Agência de Inovação da UFG, uma filial da Incubadora de Empresas da UFG (Proine) e laboratórios de empresas, tem os recursos para sua construção assegurados por meio da FINEP e da FAPEG. A licitação para construção do edifício está prevista para junho de 2016, o que deve possibilitar o início de suas operações em 2018.

Mais recursos

O Presidente da Comissão de Implantação do PTS explica que, apesar das verbas estarem aprovadas, o trabalho de captação continua porque serão necessários recursos para diferentes atividades. Uma delas é o investimento em infraestrutura – sistema viário, energia, água, comunicação, etc. Segundo Edward Madureira, para o início do funcionamento do PTS, o que já foi feito é suficiente, entretanto, para o crescimento do parque serão necessários novos investimentos que devem ser buscados nos setores públicos federal, estadual e municipal.

O professor afirma ainda que estão sendo desenvolvidas ações no sentido de captar recursos para a construção de mais prédios para abrigar empresas e, também, centros tecnológicos para o atendimento das demandas das empresas do Estado. Edward Madureira explica que o PTS será mantido com a cobrança de serviços, condomínio, aportes de agências de fomento à pesquisa, como FAPEG, além de outras formas de captação de recursos.

O Parque

O Parque Tecnológico Samambaia está localizado na entrada do Câmpus Samambaia da UFG, em uma área com dimensão de 17,9 hectares. O baixo índice de inovação das empresas da região e o pequeno número de empresas de base tecnológica em Goiás resultaram na opção por um parque tecnológico mais generalista. Coordenador de Transferência e Inovação Tecnológica da UFG, Cândido Borges explica que o projeto inicial mudou. “No novo projeto existem lotes para laboratórios de pesquisa, desenvolvimento e inovação de empresas e da universidade, como o Farmatec e outros que tiverem vocação de desenvolvimento tecnológico”, detalha. Segundo Jesiel Carvalho, os centros aplicados vão servir para estimular e acelerar o processo de integração entre universidade e empresas. “O parque deve cumprir mais a função de indutor do que propriamente um local que possa abrigar um grande número de empresas”, explica o diretor do CRTI.

Segundo o Presidente da Comissão de Implantação, o PTS vem cumprir uma missão importantíssima na UFG. “Nos últimos tempos a UFG avançou extraordinariamente no que diz respeito à qualificação do seu quadro de professores e de técnicos e também em sua infraestrutura de pesquisa. Nesse contexto, a UFG se credencia a contribuir efetivamente com a solução de inúmeros problemas da sociedade nos mais distintos campos da ciência. Dessa forma, o PTS se constituirá no espaço no qual sociedade e academia se encontrarão para buscar soluções para essas questões”, afirma.

Para Edward Madureira, o avanço da tecnologia e a inovação acontecem em espaços onde academia, empresas e governo se aliam no sentido de alavancar esse desenvolvimento. “Tenho convicção de que o PTS contribuirá efetivamente para o avanço tecnológico de nosso Estado e do país, além de contribuir para a fixação do nosso maior patrimônio, os estudantes que buscam as nossas instituições de ensino para se formar e qualificar, e que encontrarão espaço para serem absorvidos pelas empresas e instituições de pesquisa instaladas no PTS e em outros empreendimentos que surgirão na região”, completa.


Transferência de tecnologia e inovação na UFG

Todos as atividades e estruturas relacionadas ao empreendedorismo, transferência de tecnologia e inovação da UFG estão vinculadas à Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação. A Pró-Reitora, Maria Clorinda Fioravanti, acredita que a expansão e consolidação do PTS acontece no momento ideal, uma vez que o novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei 13.243/2016), recentemente aprovado, estimula o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação. “As universidades federais precisam estar preparadas para responder a estas novas demandas”, afirma Maria Clorinda. Segundo a pró-reitora, o pleno funcionamento do PTS representará um salto expressivo na capacidade da UFG em atender aos novos desafios, especialmente aqueles apontados pela Constituição Federal.

 

CRTI

Em plena atividade, o Centro Regional para o Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CRTI) tem realizado serviços tecnológicos e procedimentos analíticos para várias empresas do Estado nos setores de agronegócios, indústria farmacêutica, indústria mineral e empresas públicas. Além disso, o Centro tem atendido a demandas analíticas de pesquisadores de várias instituições de Goiás e de outros estados. De acordo com Jesiel Carvalho, a implantação e o funcionamento do CRTI representaram um salto significativo na infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica no Estado, à disposição de todas as instituições de pesquisa, empresas e governos. “Os pesquisadores de todas as instituições têm acesso, de forma isonômica, à infraestrutura instrumental implantada. As empresas podem demandar serviços tecnológicos e procedimentos analíticos diversos, podendo contar com pessoal especializado para dar respostas às suas demandas tecnológicas”, explica.

Mais informações no site.

 

 

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Categorias: Parque Tecnológico Samambaia CRTI universidade