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Universidade Federal de Goiás
Prédio novo hc

Novo prédio do HC-UFG: uma história de persistência

Em 08/12/20 20:56. Atualizada em 11/12/20 09:03.

Com inauguração do novo edifício, hospital universitário pode ofertar até 600 leitos de internações pelo SUS

Reportagem: Carolina Melo

Produção audiovisual: TV UFG

Podcasts: Ana Flávia Pereira (Rádio Universitária)

Fotos: Carlos Siqueira

Edição: Kharen Stecca

 

Há 20 anos ninguém poderia imaginar que, já nas primeiras décadas do século, a humanidade viveria uma das maiores crises sanitárias advinda de uma pandemia. E, ainda, ninguém da comunidade acadêmica da Universidade Federal de Goiás (UFG) poderia supor que, exatamente no ano de enfrentamento dessa mesma pandemia, a Universidade conseguiria inaugurar o novo prédio do Hospital das Clínicas, com 20 andares, mais de 44 mil metros quadrados e capacidade para ofertar 600 leitos de internação. Foi exatamente nesse espaço-tempo, lá atrás, que o sonho de construção do edifício de internações do hospital universitário da UFG começou a ser concretizado, com o início oficial da obra em 4 de abril de 2002.

Duas décadas depois, a inauguração do que veio a se tornar um dos maiores hospitais universitários do País será realizada em um dia festivo: 14 de dezembro, aniversário de 60 anos da UFG. Fruto da persistência e comprometimento de servidores e gestores, a construção do novo prédio de internações do HC simboliza o histórico de luta e dedicação da Universidade à saúde assistencial pública do Brasil e à formação qualificada dos profissionais da área da saúde.

O maior e mais complexo prédio construído pela UFG vai disponibilizar para o atendimento integral e universal da sociedade, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), 30 salas cirúrgicas, com 40 leitos de UTI adulto; 43 leitos de UTI; 18 leitos de UTI pediátrica; UTI neonatal com 15 incubadoras, centro obstétrico com cinco salas de parto, 24 leitos pós-parto e um de isolamento; central de transplantes (com enfermarias, isolamentos e uma unidade de transplante de medula óssea); oito pavimentos de internação com 66 leitos cada e central de materiais e esterilização. Pensada desde o início por uma equipe multidisciplinar, a estrutura moderna do novo HC teve como princípio a criação de um ambiente humanizado, necessário para garantir a dignidade dos pacientes, profissionais da área da saúde e acadêmicos.

Enquanto hospital público universitário, ele também foi planejado para atender às necessidades de ensino, pesquisa e extensão acadêmica. Suas dependências contam com 13 salas de estudo, 10 salas de professores, laboratórios de pesquisa, laboratório de translacionais (que diz respeito à pesquisa articulada entre o laboratório e o atendimento clínico), e espaço para a conexão com a Rede Universitária de Telemedicina.

As melhorias e os avanços nas instalações do hospital, garantidas pelo empenho de técnicos, arquitetos e engenheiros da UFG, vão possibilitar, inclusive, a gestão mais econômica. Assim como afirma o diretor do HC-UFG, José Garcia Neto, todas as instalações elétricas, por exemplo, vão “gastar muito menos do que o hospital antigo, apesar de ele ter o dobro do tamanho”. Segundo ele, isso representa o avanço “em termos de melhoria na qualidade e eficiência do atendimento”.

 

Saúde pública e profissionais comprometidos

Desde a sua criação e vinculação à Universidade Federal de Goiás, em 1962, inicialmente por meio da Faculdade de Medicina, o hospital universitário acompanhou passo a passo o desenvolvimento do sistema de saúde de atendimento gratuito do Brasil. No início, com o atendimento aos chamados “indigentes” - àqueles que não tinham acesso a nenhum tipo de assistência à saúde – e também aos trabalhadores rurais assistidos pelo Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), nos idos 1960 e 1970, e passando pela sua vinculação ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988, o hospital carrega a marca de servidores comprometidos com a garantia da assistência pública na área da Medicina de alta complexidade.

São inúmeras as histórias de ousadia, perseverança e luta que sustentam as paredes físicas do HC. A construção do novo prédio, no entanto, veio a se tornar a mais audaciosa e a que exigiu maior persistência. Levando em conta o período em que, de fato, surgiu a ideia e a indicação para a construção do novo bloco do HC-UFG, a linha do tempo se estende e remonta a elaboração do Plano Diretor físico do hospital universitário no início da década de 1990, ainda na reitoria do professor Ricardo Freua Bufáiçal (1990-1994). No momento em que o País, no âmbito do governo federal, discutia a privatização de serviços públicos, a UFG ousava sonhar com a ampliação do seu atendimento na área da saúde, por meio de novas instalações.

Equipe do HC em visita a obra, no centro José Garcia, 2009
Servidoras, funcionárias e o diretor do HC, José Garcia (centro), visitam a obra em 2009

Do início da obra, em 2002, para cá, passaram-se seis reitorados, cinco legislaturas da bancada federal goiana, quatro emendas parlamentares aprovadas no Congresso com dotações orçamentárias destinadas à obra, quatro construtoras e cinco etapas de construção. Em cada um desses períodos, chama a atenção o empenho da Universidade, por meio de seus reitores, gestores e servidores, de reunir esforços e recursos financeiros, técnicos, materiais e imaterias para garantir que o sonho de ampliação do hospital se tornasse realidade.

A partir do momento em que foi idealizado, na década de 1990, todos os subsequentes diretores do hospital, a cada nova gestão, de forma persistente e contínua, levaram a pauta do novo HC aos reitores eleitos pela Universidade. Assim ocorreu na gestão do professor Ary Monteiro do Espírito Santo (1994-1998), um entusiasta da ideia, e também na gestão da professora Milca Severino Pereira (1998-2002/2002-2006), a primeira reitora a conseguir recursos financeiros para o início da construção. “A professora prontamente acolheu a ideia e trabalhou muito para que as etapas iniciais do projeto fossem realizadas”, lembra professor Félix Penhavel, que na época era o diretor técnico do hospital e participou da reunião conduzida em 1999 pelo então diretor-geral do HC, Rodopiano de Souza Florêncio.

Milca Severino
Ex-reitora Milca Severino ladeada pelos professores Rodopiano Florêncio (à esquerda) e José Abel Ximentes (à direita) 

De acordo com a ex-reitora da UFG, “tanto a diretoria do HC, quanto a reitoria, realizaram diversas reuniões com os deputados e os senadores de Goiás, reuniões com o governador, com o Ministério da Educação, com o Ministério da Saúde, com lideranças da sociedade civil, na busca de emendas para a necessária dotação orçamentária”. Com a conquista do orçamento de cerca de R$ 11 milhões, a fundação do novo prédio foi antecipada por uma decisão de coragem: a assinatura da ordem de serviço para o início da obra com a garantia de apenas uma pequena parcela do recurso, destinada pelo Fundo Nacional da Saúde, do Ministério da Saúde. Conforme lembra professora Milca Severino:

“O primeiro repasse financeiro foi de apenas R$ 2,5 milhões. Fui orientada a devolver o recurso por ser insuficiente e se distanciar bastante do valor aprovado. Tomei a decisão de não acatar a orientação e iniciar a obra. Foi uma atitude de ousadia e coragem. Minha decisão foi alicerçada no fato de que a UFG tinha a dotação orçamentária e o registro de que aquele repasse financeiro correspondia à primeira parcela. Em reunião com a nossa equipe, lembro-me de ter dito que era um risco que tínhamos que correr, a nossa intuição levava-nos à visão de que se aquele dinheiro fosse devolvido nunca mais retornaria a UFG”.

Segundo a ex-reitora da UFG, com a decisão, o sentimento era de “responsabilidade” e, ao mesmo tempo, “de fazer jus ao esforço coletivo da comunidade universitária”. Nos anos seguintes e ao longo dos dois mandatos da professora Milca Severino, o empenho foi o de receber o restante do recurso financeiro que, no entanto, nunca chegou a Universidade.

 

Seis gestões, cinco etapas e a persistência

Fundação da obra
Fundação do edifício de Internações do HC-UFG

Foi na manhã de segunda-feira, primeiro de abril de 2002, quando começaram as primeiras movimentações no canteiro de obras, para o início da construção do novo HC-UFG, relembra o engenheiro de Segurança do Trabalho do HC, Ronaldo Alves Torres. “Data que nunca esqueci, porque realmente parecia mentira, depois de tanto empenho da equipe”, brinca. “Sabia que ali nascia uma grande obra”.

Ao puxar pela memória, o então diretor-geral do HC, professor José Abel Ximenes, resgata de forma emocionada o “sentimento de satisfação”. “Nós estávamos iniciando uma obra que foi o sonho de muitos que me antecederam na diretoria do HC. A sensação era de retribuição de tudo aquilo que recebi do hospital universitário. Fui aluno da UFG, a quem devo muito. Então era a satisfação de saber que eu estava dando uma contribuição ao engradecimento do ensino, da pesquisa e, principalmente, da assistência médica hospitalar às pessoas mais carentes, que buscam o HC”.

Conforme lembra o ex-diretor técnico do hospital, professor Félix Penhavel, a comunidade acadêmica entendia o valor simbólico daquele momento. “A esperança de se ter uma nova edificação para acomodar os serviços do hospital e os departamentos da Faculdade de Medicina realmente nos empolgava”. Segundo o professor, o projeto em execução já previa os 20 andares e os 600 leitos. “Embora o recurso inicial fosse muito limitado, suficiente apenas para a fundação e dois pavimentos de subsolo, compreendíamos que a partir daquele momento não haveria mais retorno”.

A semente do novo prédio, enfim, estava lançada na rua 235, do setor Leste Universitário. Para a gestão que acompanhava aquele início, a única certeza que existia era a de que o recurso “só dava para um terço da obra”. Não havia perspectiva concreta “de que se conseguiria mais dinheiro para finalizá-la”, lembra o professor Rodopiano Florêncio. “Mas havia esperança”, afirma.

Etapa obra HC

O movimento de trabalhadores da construção civil, engenheiros, mestres de obra, pedreiros e serventes durou todo o ano de 2002, 2003 e 2004. Sem recursos, a obra paralisa por dois anos. “Vi a empresa indo embora, retirando funcionários, equipamentos. Nossa, foi um momento de tristeza”, recorda o engenheiro de Segurança e Trabalho do HC, Ronaldo Alves. Encetava-se, assim, o ritmo da construção do novo prédio do HC-UFG ao longo do tempo: “às vezes tinha uma sístole, às vezes uma diástole, por vezes andava, por vezes parava, muito bradicar, o batimento era lento”, recorda o diretor-geral o HC, José Garcia, ao comparar o andamento da obra com a pulsação de um coração que resiste. “A gente acreditava que tijolo a tijolo íamos construir”.

Um novo impulso foi dado ao longo da reitoria do professor Edward Madureira (2006-2010/2010-2014), que, apesar do sentimento de desconfiança por parte da comunidade em relação à concretização do empreendimento, assumiu a obra como uma prioridade e tomou a decisão de garantir o andamento do projeto com o orçamento da própria Universidade. A aplicação de recursos de cerca de R$ 1,7 milhões da UFG foi autorizada “para a retomada e conclusão da área de estacionamentos no subsolo do prédio”, realizada entre 2006 e 2007, conta professor Orlando Amaral, então pró-reitor de Administração e Finanças. A partir de então, “a questão crucial” que se apresentou foi a “de como obter os recursos de várias dezenas de milhões para dar continuidade a obra”.

“Foi aí, então, que fez toda diferença a ousadia e a determinação do professor Edward de colocar como meta a conclusão da obra e de correr atrás dos recursos. Com sua visão, persistência e capacidade de convencimento, iniciou um diálogo junto aos parlamentares goianos e conseguiu de 2007 e 2008, a alocação de emendas parlamentares no valor de aproximadamente R$ 17 milhões”, lembra professor Orlando Amaral, que destacou o complemento financeiro realizado pela própria Universidade, naquele período, no valor de R$ 1,5 milhões.

 

Edward apresenta obra 2009 HC
Reitor Edward Madureira apresenta a obra para parlamentares em 2009

 

Entre as dificuldades técnicas e legais com a empresa contratada e uma nova paralisação em 2010, as emendas parlamentares da bancada goiana tornaram-se, a partir de então, fundamentais também para a conquista do orçamento necessário para finalização da obra, em suas duas últimas etapas. O reitor Edward Madureira relembra esse histórico de luta no âmbito do legislativo para a conquista dos recursos:

“A gente fazia plantão literalmente no Congresso Nacional na época das reuniões de bancada. Talvez não tinha uma pessoa mais presente no Congresso Nacional do que eu. (…) A gente ali peregrinando, andando, literalmente perseguindo os deputados, que se reuniam em determinados plenários. Eu lembro que a nossa fama de persistência correu longe e fez escola (…) As pessoas sempre diziam que a UFG fazia escola nessa perseverança”.

 

Sobre os anos de dedicação e prioridade direcionados à concretização do sonho do novo prédio do HC-UFG, o reitor Edward Madureira conversou com a Rádio Universitária. Para mais detalhes, acesse a íntegra da entrevista. Confira:

 

No reitorado do professor Orlando Amaral (2014-2018), a Universidade foi contemplada pela emenda parlamentar no valor de R$ 100 milhões em 2016, ano em que o país enfrentava uma crise de contingenciamento de recursos do Orçamento Anual. “A alocação de uma emenda deste porte foi uma grande vitória, que só não foi maior do que a própria liberação dos recursos”, destaca o ex-reitor.

Orlando 2016 HC
Ex-reitor Orlando Amaral em café da manhã com parlamentares em 2016

Como forma de agradecer a propositura da emenda que garantiria a tão sonhada finalização da obra, a reitoria recebeu a bancada parlamentar em um café da manhã no prédio em construção. Na ocasião, o reitor Orlando Amaral reafirmou a importância do apoio dado pelos parlamentares, e agradeceu a prioridade dos deputados e senadores federais, especialmente no ano em que o Governo Federal reduziu de três para um o número de propostas de emendas a serem apresentadas pela bancada federal. O recurso do orçamento conquistado em 2016 foi liberado no início do ano de 2018 e utilizado também para equipar o hospital. “Ter participado como pró-reitor e depois como reitor do difícil e complexo processo de construção do HC da UFG é motivo de muito orgulho e satisfação”, ressalta o professor.

Durante todo o período, ocorreram três longas paralisações. Mas assim como afirma o arquiteto Marco Antônio de Oliveira, vinculado à obra inicialmente pelo Escritório Técnico Administrativo (ETA), posteriormente pelo Centro de Gestão do Espaço Físico (Cegef), e agora pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), todos esses momentos foram de revisão e atualização dos projetos de engenharia. “De 2002 a 2020 não só as necessidades dos usuários mudaram, mas também dos processos e setores de saúde”. Portanto, foram três momentos de revisão dos projetos complementares que permitiram a readequação técnica e tecnológica de toda a infraestrutura e, consequentemente, garantiram a entrega de um hospital universitário público moderno e avançado.

 

Toda história tem seu fim, e seu prefácio

Prédio novo hc

O engajamento da comunidade acadêmica em busca de melhoria nas condições de trabalho, de ensino e de atendimento ao público está no germe de constituição do novo bloco de internações do Hospital das Clínicas da UFG. Foram funcionários, servidores, professores e acadêmicos, durante a vivência e a rotina no hospital universitário, enfrentando as adversidades da falta de investimento no final da década de 1980, que resolveram se unir e dar o pontapé inicial nas discussões sobre as mudanças necessárias para a manutenção e melhoria do HC.

Conforme lembra professor João Damasceno Porto, que foi o diretor-geral do HC entre 1991 e 1994, o período era de obstáculos. Os profissionais e pacientes lidavam com um hospital “muito estragado, com condições de higiene inadequadas, paredes infiltradas, pisos soltos. Enfim, havia a necessidade de uma reforma enorme”, lembra. Diante desse cenário, por iniciativa voluntária da comunidade que atuava no HC, constituiu-se a Comissão SOS Hospital das Clínicas, que assumiu a responsabilidade de fazer um planejamento para o HC. “Então, foi aquela comissão, SOS, que realmente começou a mudar o destino do Hospital das Clínicas”, afirma professor Rodopiano Florêncio, diretor-geral durante os anos de 1998 a 2002.

“Ao final do levantamento foi elaborado um documento pontuando todas as necessidades do hospital” e entregue ao então reitor eleito, Ricardo Bufaiçal (1990-1994), que, por sua vez, nomeou a comissão oficialmente, via portaria, para continuar o estudo sobre o HC e apresentá-lo ao conselho universitário, recorda professor João Damasceno. “Nesse período, que coincidiu com a minha gestão, encontramos um hospital quase fechando. Era um hospital para 300 leitos, estava com 80 funcionando”.

Junto à comissão SOS HC, a gestão concluiu sobre a importância de se reverter a tendência de diminuição de leitos para aumentar o atendimento e a produção financeira do hospital. Paralelamente à contração de pessoal, por meio de um convênio com a Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape), foi constatada a necessidade – além de uma reforma imediata – da construção de um novo prédio do HC. “O hospital era arcaico, difícil de ser recuperado”, lembra professor Rodopiano Florêncio.

Com o apoio do reitor Ricardo Bufáiçal, a Comissão SOS HC teve o suporte do Escritório Técnico Administrativo (ETA), que era um órgão de planejamento da Universidade, responsável pela elaboração de projetos e execução de obras. De acordo com o arquiteto Marco Antônio de Oliveira, então diretor do ETA, “naquela época, mesmo sem a possibilidade de recursos financeiros (as universidades estavam em crise por falta de recursos orçamentários do Governo Federal) discutimos com a direção do HC a necessidade de fazer o plano diretor, pois sem ele seria inviável pensar no crescimento do hospital”.

Marco, Heitor Rosa, Edward, José Garcia
Reitor Edward Madureira, ladeado pelo professor Heitor Rosa e arquiteto Marco Antônio (à esquerda) e pelo diretor-geral do HC, José Garcia (à direita)

Desafio aceito, o trabalho de elaboração do Plano Diretor físico do hospital, realizado por uma equipe de arquitetos do antigo ETA, contou com a participação efetiva da Comissão SOS e também com “a consultoria de uma profissional do Ministério da Saúde”, conta Marco Antônio. “Foi um trabalho incessante de, pelo menos, dois anos”, finalizado em 1993, onde teve início o planejamento e o estudo do novo prédio do HC. “A semente foi plantada em nossa gestão, o broto foi entre a gestão do professor Rodopiano e do professor Abel Ximenes, e o fruto está sendo colhido agora, na gestão de José Garcia”, destaca professor João Damasceno.

 

Universidade no enfrentamento à pandemia

Antes mesmo de sua inauguração e diante da situação de emergência sanitária desencadeada pela pandemia, o novo edifício de internações do HC-UFG já demonstrou o seu potencial de associação à rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a parceria entre a Universidade e a Secretaria Municipal de Saúde, durante o segundo semestre desse ano, parte do espaço do hospital foi disponibilizado para o atendimento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.

“Uma circunstância marcante foi a chegada do primeiro paciente no Hospital de Campanha do HC. Para nós, que trabalhamos na obra, ver a chegada do primeiro paciente é muito gratificante. E eu estava no prédio quando ele foi atendido”, lembra um dos fiscais da obra pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) da UFG, Glauber Pereira. O início dos atendimentos do Hospital das Clínicas Covid (HCCovid) ocorreu no dia 18 de agosto. “É uma construção que vai beneficiar muita gente”.

Até agora, o HCCovid já atendeu 420 pacientes, o que dá uma média mensal de 113 pessoas por mês. Da estrutura do HC-UFG estão sendo utilizadas, até o final do ano, o 12º pavimento, destinado à internação; o 3º andar, onde está UTI; a farmácia localizada no 2º pavimento; a Engenharia Clínica e Manutenção, no 14º andar; além do térreo, onde fica a recepção e diretoria. A gestão está sendo feita pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc).

 

Depoimentos Novo HC

Fonte: Secom-UFG

Categorias: Especial HC-UFG UFG 60 anos Institucional