Estudantes da Regional Jataí constroem parque
Estudantes da Regional Jataí constroem parque
Com a ajuda de voluntários, ideia foi colocada em prática em apenas uma semana e, além de alternativa para as crianças, foi também solução para problema ambiental
Texto: Angélica Queiroz | Fotos: HUMANIZA
Mesas, quadra de futebol, túnel, amarelinha, balanço, pisadas, burrinhos, girafas, vasos decorativos, bicicletário, tudo feito com pneu reaproveitado – 190 pneus de trator, carros, camionetas, carreta, motocicletas e bicicletas. Esse é o Parque Infantil Sustentável, trabalho idealizado e executado por cinco estudantes da Regional Jataí e um dos vencedores da 2ª Olimpíada de Empreendedorismo Universitário da UFG, realizada pelas incubadoras de empresas da UFG das regionais Goiânia, Jataí e Catalão.
Os estudantes fazem parte da empresa júnior do curso de Psicologia da Regional Jataí, a HUMANIZA Consultoria Júnior em Gestão de Pessoas, e a ideia de construir um parque surgiu em uma conversa entre os estudantes que decidiram se inscrever na Olimpíada. Enquanto pensavam no projeto, eles assistiram a uma reportagem da TV local que informava sobre um depósito de pneus da prefeitura que estava servindo de criadouro para o mosquito da dengue. Decidiram, então, unir as duas coisas.
“Ficamos mais apaixonados em resolver o problema, que na verdade eram dois: fazer um parque para crianças que não tinham um local público para brincar e amenizar o problema dos pneus do depósito da cidade”, detalha a estudante de Psicologia da Regional Jataí, Jéssika Marcolino Silva.
Da teoria à prática
Os estudantes contaram com a ajuda de voluntários para colocar a ideia em prática e finalizar o projeto em uma semana. Durante a implantação, 48 pessoas estiveram envolvidas diretamente com a construção física e mais de 40 empresas, órgãos públicos e pessoas físicas foram parceiros para a arrecadação dos materiais e recursos necessários para a construção do parque. “Cada membro da equipe teve uma função primordial para que o parque se solidificasse dentro de uma semana”, destaca Maria Clara Assis.
Segundo outra integrante do grupo, Aline Carvalho, a escolha do local foi um desafio, mas o grupo conseguiu identificar a Praça Adauto Assis, na intersecção entre três comunidades que possuem grande número de crianças e não tinham espaços destinados ao lazer e à recreação, com uma área verde e onde já havia uma academia e iluminação pública, o que facilitaria a implantação do projeto.
No dia da inauguração mais de 150 pessoas estiveram presentes. “Pais e crianças mostraram-se satisfeitos com a opção de lazer ofertada e afirmaram nunca terem visto um local tão seguro, criativo, sustentável e útil no bairro. Poder ver todos esses benefícios para a natureza, para as crianças, para a comunidade, para os voluntários e para a equipe é o nosso maior resultado”, comemora Danyelle Rodrigues.
O parque é fixo e foi projetado com ajuda de três arquitetos e um estudante de arquitetura. “Ficou um trabalho bastante cuidadoso e seguro”, destaca Jéssika Marcolino. Agora a prefeitura da cidade é a responsável pela manutenção e segurança do parque que, de acordo com a aluna, é um local bastante visitado pela comunidade, que aprovou a ideia. “O que fica de aprendizado é que vemos que é possível fazer uma grande mudança para uma comunidade em pouco tempo. E se todos tirassem uma semana em prol de um projeto social?”, provoca a estudante de Psicologia.
Os estudantes Marcos Alves dos Santos (Ciências da Computação) e Maria Clara Assis Soares, Jéssika Marcolino Silva, Danyelle Rodrigues de Souza, Aline Carvalho Costa (Psicologia) idealizaram o parque feito com pneus
Replicação
De acordo com os membros do grupo, vários integrantes de outras comunidades, de escolas e até outras cidades já procuraram a equipe para tirar dúvidas, visando implantar parques semelhantes em outros locais. “A equipe se prontificou a auxiliar no que for necessário para a replicação do projeto”, afirma Jéssika Marcolino.
Para o grupo, o interesse se deve, principalmente, ao fácil acesso à matéria-prima (pneus) e por conta da simplicidade dos brinquedos, que podem ser implantados desde o quintal de uma casa até em uma praça, como no caso do projeto. “Os pneus são resíduos sólidos que levam cerca de 600 anos para se degradarem. A equipe obteve sucesso ao atender ao quesito sustentabilidade, retirando esses materiais da natureza e transformando em brinquedos duradouros”, destaca Danyelle Rodrigues.
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Fonte: Ascom UFG
Categorias: Regional Jataí Empreendedorismo