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Universidade Federal de Goiás

Pesquisa busca diagnóstico seguro para o câncer de próstata

Em 17/04/13 16:06. Atualizada em 24/11/14 14:13.

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Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás 
ANO VII – Nº 57 – ABRIL – 2013

Pesquisa busca diagnóstico seguro
para o câncer de próstata

Objetivo é desenvolver exames complementares capazes de identificar com precisão se um tumor é maligno ou benigno

Texto: Fábio Gaio | Fotos: Divulgação/CAC


Uma pesquisa desenvolvida em conjunto por equipes do Laboratório de Genética Molecular e Biotecnologia do Câmpus Catalão (Biogem/CAC) e do Laboratório de Nanotecnologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Laboratório Biogenetics Tecnologia Molecular Ltda (Goiânia e Uberlândia) trabalha para oferecer um diagnóstico complementar seguro para o câncer de próstata. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) trata-se do segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.

 equipe pesquisadora cancêr de próstata

A equipe pesquisadora formada pelas estudantes Janaína Siqueira, Vânia Lucas, professora Adriana Neves e Irlei Santos e Elismar Cnossen


A professora Adriana Freitas Neves, responsável pelo Biogem, explica que atualmente o exame conhecido como PSA (antígeno prostático específico) é o único marcador periférico utilizado no diagnóstico do câncer de próstata. O problema, segundo ela, é que o exame apresenta limitações, como baixa especificidade, ou seja, ele identifica o tumor, mas não é capaz de identificar a necessidade ou não de tratamento o que, conforme a professora, acaba por gerar os resultados conhecidos por falsos positivos, o que acarreta inclusive em procedimentos, como biópsias e cirurgias desnecessários.


De acordo com Adriana Freitas, a pesquisa é pioneira no Brasil. Diversos fatores podem contribuir para o surgimento do câncer de próstata e dentro da análise genética das causas da doença, em fevereiro de 2012, a agência governamental norte-americana USA Food and Drug Administration (FDA) aprovou, nos Estados Unidos, o uso do marcador PCA3 na urina como método auxiliar no diagnóstico do câncer de próstata. Em um trabalho publicado em novembro de 2012, a professora demonstrou o uso diagnóstico complementar do câncer de próstata pelo marcador molecular PCA3 em amostras de sangue, com alta especificidade.


O foco das pesquisas em Catalão refere-se ao uso dos marcadores moleculares no estudo do início e progressão do câncer de próstata. Para isso, são pesquisados genes e sequências genéticas específicas, por meio de técnicas de biologia molecular e estudos de expressão gênica, além do uso de tecnologias de aptâmeros, que é um tipo de ácido nucléico capaz de se ligar facilmente a uma molécula-alvo. Outra técnica são os RNAs de interferência (usado por muitos organismos diferentes para regular a atividade dos genes) para caracterização e validação de ligantes de ácidos nucléicos específicos e alvos biológicos (outras moléculas de DNA e RNA, proteínas, células) associadas às mais diversas doenças.


Adriana explica que, pelo fato do CAC ainda não dispor de uma estrutura laboratorial adequada, as amostras são coletadas pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). A expectativa é que ainda em 2013 amostras locais sejam utilizadas no trabalho. Para a professora, o diagnóstico complementar do câncer de próstata deverá proporcionar melhor qualidade de vida para os pacientes uma vez que por se tratar de um método específico, o médico urologista terá condições de realizar um tratamento mais efetivo para a doença.


Segundo Adriana Freitas, esta é uma pesquisa que demanda longo prazo e a proposta é de fato utilizar a molécula PCA3 como diagnóstico complementar, sem que haja a exclusão da parte clínica ou do PSA, uma vez que as alterações do PSA sérico demonstram que algo precisa ser averiguado e por se tratar de uma doença multifatorial, a ampliação no uso desses marcadores pode aumentar as chances de um diagnóstico mais preciso e precoce, com tratamento mais adequado, culminando numa melhor qualidade de vida dos pacientes.

Fonte: Ascom UFG

Categorias: pesquisa câncer de próstata Campus Catalão

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