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Universidade Federal de Goiás

Novo campo de atuação para os Musicoterapeutas formados na UFG

Em 03/06/13 17:00. Atualizada em 24/11/14 14:13.

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Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás 
ANO VII – Nº 58 – MAIO – 2013

Novo campo de atuação para os Musicoterapeutas formados na UFG

Alunos experimentam ação de sucesso na área organizacional em indústria de laticínios

Texto: Júlia Mariano | Fotos: Fernanda Valentim

Antes da criação do curso de graduação em Musicoterapia, cursos de pós-graduação lato sensu foram oferecidos pela Escola de Música e Artes Cênicas (Emac), formando três turmas de especialistas.  Em 1999 foi realizado o primeiro vestibular e, diante das demandas do mercado, em 2008 aprovou-se uma nova atualização do Projeto Pedagógico do Curso (PPC). Entre as alterações, foi incluída na grade do oitavoperíodo do curso a disciplina Escuta e Análise Musicoterápica: contexto organizacional.

A Musicoterapia Organizacional é uma nova tendência que vem surgindo dentro das instituições. Ela pode ser utilizada em duas frentes: tanto na seleção e recrutamento de pessoal, quanto no desenvolvimento daqueles que já são colaboradores. Nesse último caso, os objetivos são: melhorar o rendimento e a produtividade, despertar líderes, motivar equipes, trabalhar a humanização na empresa, proporcionar vínculos positivos entre gestores e colaboradores, trabalhar a comunicação assertiva, prevenir o estresse ocupacional e promover bem-estar. Além de contribuir para o desenvolvimento das relações interpessoais no ambiente de trabalho, ela pode melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.

Novo campo musicoterapia

Atividade realizada com gestores de indústria de latícinios é resultado da disciplina Escuta e Análise Musicoterápica: contexto organizacional.


A inserção dessa disciplina no currículo do curso amplia os campos de ação dos musicoterapeutas. Ao atuar nessa nova área, os profissionais contribuem para mudar a imagem da profissão, que ainda hoje está vinculada à ideia de que Musicoterapia é sempre utilizada na área da saúde e com pessoas com necessidades especiais.


A primeira vez que ofertou-se a disciplina no curso da UFG foi no segundo semestre de 2012 e, como resultado, os alunos realizaram uma intervenção diferente das que eles estavam acostumados: a ação foi em uma indústria de laticínios de grande porte na região metropolitana de Goiânia e o público foi composto por gestores dessa indústria. A atividade foi planejada e executada pelos estudantes da disciplina, sob orientação da professora Fernanda Valentin e com a consultoria da psicóloga e gestora de Recursos Humanos da empresa, Ana Carolina Furtado.
Com a intenção de trabalhar aspectos relacionados à liderança com os gestores, os estudantes tiveram que observar as características desse público, normalmente composto por pessoas exigentes, com formação acadêmica e perfis bastante formais.  Para planejar e realizar a ação, esses aspectos foram levados em consideração, juntamente, com o tempo disponível para a atividade: uma manhã.
Para trabalhar com a liderança, os estudantes desenvolveram diferentes atividades utilizando técnicas específicas da Musicoterapia, tais como: improvisação, re-criação e composição musical. Em seguida, tiveram um momento para compartilhar os acontecimentos, refletindo sobre as características de um bom líder.


Segundo a professora Fernanda Valentin, a área organizacional é mais complexa, por trabalhar com adultos e ter muitas normativas envolvidas, exigindo mais maturidade do musicoterapeuta. “Musicoterapia envolve capacidade de percepção e escuta e demanda intervenção. O musicoterapeuta não é um animador: ele é um mediador!”, explica. Com a pesquisa de opinião dos gestores que participaram da ação em mãos, ela comemora os índices: “100% dos gestores envolvidos na ação disseram que ela trará benefícios e 95% deles disseram que a ação atendeu as expectativas.” Segundo a professora, a metade deles afirmou que desconhecia a musicoterapia e muitos acharam que a atividade poderia ser prolongada. A professora ficou satisfeita com os resultados alcançados com o trabalho.
Para a estudante Hiroany Kudo, a experiência oportunizou a aplicação do que havia visto na teoria e durante as várias vivências realizadas na sala de aula. “A musicoterapia organizacional tem um potencial muito maior do que as pessoas podem imaginar. Obtivemos ótimos resultados!”, comemora ela.

Ana Carolina Steinkkopf, graduanda do curso de Musicoterapia, disse que a atividade ampliou o olhar dela para outros campos de atuação. “O nosso campo de trabalho é vasto, porém temos que nos esforçar para conquistar nosso espaço e mostrar como podemos fazer a diferença”. Para ela, falta aos musicoterapeutas desenvolver o empreendedorismo para que sejam mais reconhecidos.

Categorias: musicoterapia organizacional trabalho

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