Bem-estar animal, uma questão superior
Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás
ANO VII – Nº 56 – MARÇO – 2013
Editorial
Bem-estar animal, uma questão superior
Texto: Silvânia Lima*
Domesticados ou não, os animais muito têm nos servido, seja como meio de transporte, de entretenimento, de terapia, de companhia ou de experimentação científica, além de suprir outras demandas, como fonte de alimento e de comercialização. Entre todas essas atividades, permeia uma questão séria de respeito pela vida, que vem mobilizando profissionais, entidades e instituições, que é a proteção animal. É pela ética que devemos mostrar nossa superioridade, nesse caso, indistintamente, garantindo o bem-estar animal: o respeito pelos animais silvestres, os cuidados diários àqueles confinados ou domesticados, a máxima minimização do sofrimento daqueles tomados para a experimentação científica.
Às vésperas de sediar o II Congresso Internacional Transdisciplinar de Proteção à Fauna, a ser realizado de 25 a 27 de abril, a universidade, por meio do Jornal UFG, promove uma discussão sobre o bem-estar animal em sua mesa-redonda. Profissionais de diversas áreas, não só aqueles ligados diretamente ao meio animal, como o médico veterinário e o zootecnista, mas também de outras áreas, como a Medicina e o Direito, estarão reunidos para dar seguimento, em nível local, ao movimento que ocorre em todo o mundo pela evolução de questões legais, científicas e culturais em favor dos animais.
O evento objetiva a promoção do diálogo entre profissionais e instituições, com vistas à conscientização cada vez maior e à ampliação de possibilidades de ações integradas de proteção à fauna, que resultem na implantação de políticas públicas. Para tanto, como já previsto na Carta de Goiânia do I Congresso, é necessário que haja o envolvimento dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, parceria entre o Ministério Público, os Conselhos Regionais de Medicina Veterinária, as universidades e outras instituições afins, outras ações, em torno dessa causa.
Na academia, as expectativas passam pela obrigatoriedade de inserção da disciplina Ética e Bem-Estar Animal nos cursos de Medicina, Medicina Veterinária, Biologia, Zootecnia e Agronomia, e dessa temática em disciplinas de outros cursos, como a de Direito Ambiental do curso de Direito. Em todos os casos, a serem ministradas, preferencialmente, por médicos veterinários especializados no tema. Outro aspecto de suma importância que permeia esse assunto nas universidades diz respeito à reavaliação de seus métodos de ensino e de pesquisa, visando a redução do uso de animais, ainda indispensáveis para o desenvolvimento da ciência.
*Silvânia de Cássia Lima
Jornalista da Assessoria de Comunicação e editora do Jornal UFG
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