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Universidade Federal de Goiás

Visibilidade a trabalhos de alunos e professores

Em 13/03/13 17:23. Atualizada em 24/11/14 14:13.

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Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás 
ANO VII – Nº 56 – MARÇO – 2013

Visibilidade a trabalhos de alunos e professores

Novos espaços na universidade são utilizados para tornar conhecidos resultados de projetos de extensão, trabalhos de conclusão de curso e pesquisas

Texto: Júlia Mariano | Fotos: Carlos Siqueira e Jéssika Alves

 

 

 

 


Biblioteca não é só um lugar de livros: ela comporta também atividades culturais. E o Sistema de Bibliotecas da UFG (Sibi) está atento a essa tendência. Segundo a bibliotecária Valéria Soledade, diretora do Sibi e vice-presidente da Comissão Brasileira de Bibliotecas Universitárias (CBBU), espaços sempre existiram na Biblioteca Central da UFG. Em 1999 foram enviados ofícios para todas as unidades da universidade, colocando o espaço à disposição para exposições de trabalhos. Mas foi somente a partir de 2008 que os halls de circulação passaram a ser ocupados por exposições. O espaço ganhou visibilidade graças a uma exposição fotográfica da Aliança Francesa, vinda da França para ser exposta exclusivamente na Biblioteca Central, no Câmpus Samambaia.


Desde que as atividades começaram, já ocorreram mais de 14 exposições. Entre elas, algumas internacionais, como a França no Brasil – Histórico da influência francesa no Brasil. De Villegagnon ao cinema novo e Imagens de um flâneur brasileiro em Paris, ambas promovidas pela Aliança Francesa. A biblioteca também recebeu obras de artistas goianos, como Pirandelo e Poteiro, na exposição Tributo a Veiga Vale - Bicentenário. Entretanto, a maior parte dos trabalhos expostos são de professores e de estudantes da própria instituição, sendo a maior demanda proveniente das áreas de Artes e de Humanas.


Em 2010, a professora Ana Rita Vidica, da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia (Facomb), adaptou o material de sua exposição Obra Marginal para uma mostra na Biblioteca Central. Ela acredita que, além de ser mais um ponto de visibilidade do trabalho, trata-se de uma outra maneira de percebê-lo: “Quando a pessoa vai até a galeria, ela tem como único objetivo visitar a exposição. Já quem vê a mostra na biblioteca, na maioria das vezes, vai até lá com o objetivo de estudar e acaba vendo a exposição. Pela própria característica da biblioteca, o usuário pode ver o trabalho mais de uma vez”, explica a professora.


Ana Rita já organizou também duas exposições na Biblioteca Central com trabalhos de estudantes do curso de Publicidade e Propaganda e de uma disciplina de núcleo livre. As fotografias apresentadas são resultado de disciplinas ministradas por ela. A professora lamenta que não exista a cultura de expor trabalhos de alunos, e aponta a ausência de espaços como justificativa para isso.

 visibilidade dos trabalhos de alunos e professores

Novo prédio da Biblioteca Câmpus I - Praça Universitária oferece mais um espaço para exposições na universidade


Na nova biblioteca da Praça Universitária, inaugurada em dezembro de 2012, existem dois ambientes que podem receber exposições. Um deles é uma sala multiuso e o outro é um espaço de descanso, onde está a mostra Musicalidade, resultado da disciplina de núcleo livre Produção de Recursos Multimeios, oferecida pela Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação (EMC).


O professor responsável pela disciplina, Getúlio Júnior, considera a exposição uma atividade integradora. “Sempre incentivo os aprendentes a utilizar espaços onde há um fluxo maior de pessoas. Comento com eles que é muito ruim expor para si próprio”, afirma. Ambientes externos à universidade já tinham sido utilizados pelo professor para exposições, mas ele ressalta o aspecto burocrático como um fator negativo para o uso de espaços não universitários. Animado com a inauguração do prédio da Biblioteca Câmpus I - Praça Universitária, Getúlio Júnior já solicitou utilizá-la: “trata-se de um excelente local para o propósito da disciplina”, conclui.


Mayara Malagoni, estudante do 6º período de Arquitetura e Urbanismo, menciona o trabalho conjunto dos alunos como elemento de unidade e de sentido da mostra fotográfica. Para ela, é importante que a exposição ocorra na UFG, para chamar a atenção de outros estudantes, convidando-os a participarem da disciplina. Por ter visto as exposições realizadas anteriormente pelas turmas do professor Getúlio, Ítalo Ricardo Rodrigues, do 6º período de Engenharia Civil, decidiu cursar a matéria. Ele acredita que não há um local melhor para a exposição, pelo fato de a biblioteca ser de livre acesso a toda a comunidade, e, por isso, oferecer a visibilidade desejada para a mostra.


Qualquer pessoa pode propor uma exposição para as bibliotecas. Para isso, basta procurar o Setor de Comunicação da Biblioteca Central e apresentar uma proposta. “Precisamos saber os objetivos da exposição, conhecer o material que será exposto e agendar as datas. Não é um processo burocrático!”, garante Valéria Soledade, diretora do Sistema de Bibliotecas. Atualmente, entre duas e quatro exposições ocorrem no hall da Biblioteca Central por ano. Com exceção da Biblioteca do Câmpus Catalão, as outras Bibliotecas do sistema ainda dispõem de espaço para receber essas atividades culturais.

 

Em Galeria


Pensando na carência de ambientes destinados a receber exposições de alunos, a professora Ana Rita Vidica sugeriu a criação de um espaço na Facomb para atender a essa demanda. Ela criou em 2011 o projeto de extensão Em Galeria e, por meio dele, os alunos expunham suas fotografias nas paredes do corredor da faculdade. Como o laboratório analógico de fotografia estava subutilizado há quatro anos por causa da ausência de insumos, a professora sugeriu a otimização do espaço, reduzindo a dimensão do laboratório e liberando uma área para a criação de uma galeria.

 mini galeria para exposições dos trabalhos acadêmicos

Antigo laboratório de fotografia da Facomb foi transformado em uma mini galeria para exposições dos trabalhos acadêmicos


Dayane Fonte, estudante de Publicidade e Propaganda e orientanda da professora Ana Rita Vidica, inaugurou a galeria com uma mostra que é parte do seu trabalho de conclusão de curso: Isto foi. Não é mais. Isto foi encenado. Ela afirma que, durante os quatro anos em que estudou na Facomb, tinha entrado apenas uma vez no laboratório de fotografia. “Sinto-me lisonjeada pelo fato da minha exposição abrir novas possibilidades para esse espaço. Acredito que essa galeria será um local democrático de exposição de trabalhos de alunos”, disse a estudante. A exposição integra o trabalho de conclusão de curso da acadêmica, que utilizará os comentários deixados pelos visitantes para discutir a respeito da recepção fotográfica.


Ana Rita Vidica diz que a galeria será um espaço de exposição e de discussão, acomodando as atividades do Núcleo de Pesquisa em Teoria da Imagem (NPTI).  Ela explica que inicialmente os membros do núcleo convidarão pessoas para expor seus trabalhos no local, mas acredita que, em breve, a galeria ganhará visibilidade, exigindo a criação de um edital para receber propostas de projetos.

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