Professora da UFG é titular em Comissão do Ministério da Cultura
Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás
ANO VII – Nº 56 – MARÇO – 2013
Professora da UFG é titular em Comissão do Ministério da Cultura
Representando o segmento de Música, coordenadora de Cultura da Proec, Flavia Maria Cruvinel, atuará no biênio 2013/2014
Texto: Júlia Mariano | Fotos: Carlos Siqueira e Jéssika Alves
Flavia Cruvinel: ambiente universitário favorece a troca cultural
Flavia Maria Cruvinel, professora da Escola de Música e Artes Cênicas (EMAC/UFG), tomou posse no final do mês de janeiro na Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) como titular do segmento cultural de Música, para atuação no biênio 2013/2014. A comissão, órgão colegiado consultivo do Ministério da Cultura (MinC), subsidia decisões sobre a anuência para captação de recursos destinados à execução de projetos culturais, mediante renúncia fiscal da Lei Federal de Incentivo à Cultura, mais conhecida como Lei Rouanet.
A comissão é composta por um titular e dois suplentes por área dos seguintes segmentos culturais: Audiovisual, Humanidades, Artes Cênicas, Artes Visuais, Empresariado Nacional, Música e Patrimônio. A comissão também conta com membros natos, como os gestores do MinC e de suas unidades vinculadas, entre elas a Fundação Nacional de Artes (Funarte), a Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Os membros reúnem-se mensalmente para analisar as propostas enviadas eletronicamente por meio do Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic). Durante as reuniões, são discutidos conceitos, pertinência dos projetos e limites do incentivo.
De uma lista de 25 nomes indicados por diversas associações da área de Música, entre elas, a Associação Brasileira de Educação Musical (ABEM), a ministra da Cultura, Marta Suplicy, selecionou os nomes do titular e dos suplentes de Música para compor a comissão. Flavia Cruvinel foi uma das cinco indicadas pela ABEM. Entre os diversos critérios usados para seleção dos nomes, era necessário que houvesse representantes de todas as regiões brasileiras, que residissem no local que representam, além de comprovada atuação na área cultural e experiência em gestão cultural.
Flavia Cruvinel acredita que estar vinculada a uma instituição pública de ensino superior foi preponderante para a escolha de seu nome, reflexo de sua atuação como coordenadora de Cultura da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da UFG, cargo que ocupa desde 2009.
Professora Flavia Cruvinel no momento em que assina documento de posse como membro titular do segmento cultural Musica junto à Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, no MinC, em Brasília
A Cultura na UFG – Ao assumir a Coordenação de Cultura, Flavia Cruvinel fez um mapeamento das formas pelas quais a universidade poderia se articular com as ações culturais, atendendo ao público interno e externo. Uma vez que o Centro Cultural UFG ainda não estava pronto, a opção foi usar o Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal como espaço para a execução de eventos culturais.
Dada sua experiência na coordenação de eventos científicos e como produtora executiva de festivais culturais, ela planejou difundir nomes da música brasileira desconhecidos do grande público. Surgiu então o projeto Música no Câmpus, que, há quatro anos, de forma ininterrupta, executa cinco apresentações anuais, com preços acessíveis: 20 reais a inteira e 10 reais a meia entrada. A coordenadora afirma que o projeto tem um público cativo de cerca de mil pessoas, as quais comparecem ao evento independentemente do artista que se apresente. “Eles confiam no nosso trabalho e frequentam as apresentações devido à grande repercussão do projeto.”, comemora.
Flavia Cruvinel garante que a UFG tem condições de oferecer shows de grande qualidade, opinião que parece ser compartilhada pelos artistas que se apresentam no Música no Câmpus. “Antes eles achavam que a estrutura de uma universidade seria sucateada, precária, mas agora os produtores já conhecem a nossa estrutura e nível de produção”, declara a coordenadora de Cultura da Proec.
A Proec também trabalha com produtores independentes, mantendo um diálogo aberto e articulador com eventos como o Vaca Amarela, o Bananada e o Goiânia Noise, que, em 2012, foram realizados no teatro do Centro Cultural UFG. “A partir de 2011 esse espaço tem recebido programações semanais de séries de excelência, com o intuito de difundir espetáculos de artes cênicas, dança e música, sempre com o compromisso de manter a qualidade e valorizar a inovação da arte contemporânea”, explica Flavia Cruvinel. Em 2012, o Centro Cultural UFG recebeu 131 espetáculos, atingindo um público de 13 mil pessoas.
A coordenadora esclarece que a realização desses eventos, em ambos os espaços, é feita mediante parcerias, entre elas com o Sesc–Goiás, que ajudam a universidade a concretizar suas ações culturais. Contudo, ela está atenta a projetos contemplados em editais, para reduzir o custo dos investimentos feitos pela universidade. Foi o que ocorreu com a Série Todas as Artes, executada no Centro Cultural UFG graças ao aproveitamento de espetáculos contemplados por editais, sobretudo os apoiados pela Funarte.
As ações culturais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (Conpeex), evento anual da UFG, são coordenadas pela professora. A gestão da programação cultural da 63ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC Cultural), ocorrida em 2011 na UFG, também ficou a cargo da Coordenação de Cultura da Proec. “Todas essas ações mostram que a UFG é uma plataforma cultural. Isso porque temos estrutura e liberdade para realizar nosso trabalho. O nosso foco principal é o investimento na cultura, no desenvolvimento sociocultural do estado, e, por que não, do país. Nosso lucro é o investimento na cultura”, defende Flavia Cruvinel.
Ela ressalta que o papel da universidade é trabalhar com arte e cultura, sempre investindo em eventos de qualidade e originalidade, para um público diferenciado. A professora diz que quer contribuir para a visão de uma universidade produtora e difusora de cultura. Para ela, o público universitário é diferenciado: “ele é uma semente que vai continuar trazendo frescor e ressignificado ao trabalho dos artistas”. A coordenadora garante que a universidade é o ambiente ideal para essa troca.
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