Projeto do Câmpus Jataí realiza levantamento sobre comportamento sexual de risco de alunos da UFG
Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás
ANO VII – Nº 63 – OUTUBRO – 2013
Projeto do Câmpus Jataí realiza levantamento sobre comportamento sexual de risco de alunos da UFG
Conhecer o perfil dos universitários ajuda a embasar possíveis campanhas educativas, tornando os resultados mais satisfatórios
Texto: Renan Vinicius e Alexandre Braoios | Foto: Carlos Siqueira
O levantamento está sendo realizado com 350 acadêmicos dos 24 cursos de graduação do Câmpus Jataí
O ingresso na universidade é, sem dúvida, um marco importante na vida de um estudante. Para grande parte dos novos universitários, com idade entre 17 e 20 anos, essa etapa também marca o início ou o aumento dos encontros sexuais e amorosos. Em muitos casos, a distância dos pais, as novas relações de amizade e a intensificação da vida social, que pode vir acompanhada pelo consumo de bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas, podem ocasionar encontros sexuais desprotegidos ou outras atitudes que colocam em risco a saúde dos jovens.
Pensando nisso, os docentes Alexandre Braoios e Christiane Ricaldoni Giviziez, ambos do curso de Biomedicina do Câmpus Jataí da Universidade Federal de Goiás, criaram o projeto de pesquisa Levantamento sobre o comportamento sexual de risco entre universitários. O objetivo do projeto consiste em conhecer o perfil dos jovens universitários de Jataí, sua visão sobre o uso de preservativos e anticoncepcionais, seu conhecimento acerca das doenças sexualmente transmissíveis e dos tratamentos, entre outros.
O levantamento está sendo realizado com 350 acadêmicos dos 24 cursos de graduação do Câmpus Jataí, mas há a pretensão de expandir a ação para outras instituições de ensino superior. O projeto conta também com a participação dos estudantes Aline de Lira Aquino e Juliano Alves de Lima, além do apoio dos cursos de Ciências Biológicas e Psicologia do Câmpus Jataí.
De acordo com os professores, projetos do gênero são necessários, porque, apesar do Brasil ser referência mundial no tratamento de Aids, as campanhas realizadas pelo governo com o intuito de incentivar o uso de preservativos nem sempre surtem o efeito necessário. Por outro lado, quando baseadas em estudos que visam o conhecimento sobre o comportamento sexual de risco nos diferentes grupos populacionais vulneráveis, as iniciativas apresentam resultados mais satisfatórios.
"A pandemia de Aids é um problema global que tem desafiado cientistas de todo o mundo, mas esse é apenas o problema mais visível, outras DSTs ainda possuem uma alta prevalência. Várias DSTs são curáveis e, por essa razão, parecem ser negligenciadas pela população. No entanto, algumas delas podem causar sequelas graves, como infertilidade e infecções disseminadas. Sabe-se que o conhecimento da população sobre DST/Aids é considerado satisfatório, especialmente entre a população com maior grau de instrução. Porém, ao mesmo tempo, estudos revelam que há uma significativa parcela dessa mesma população que ainda não faz uso de preservativos em todas as relações sexuais, o que favorece a disseminação desse grupo de doenças”, explica o professor Alexandre Braoios.
Após o término do levantamento, serão comparados os dados entre alunos de graduação de diferentes áreas do conhecimento. Posteriormente, os pesquisadores pretendem elaborar um projeto de extensão para promover intervenções, com a finalidade de orientar e informar os universitários sobre os riscos de aquisição de DST, gravidez indesejada, uso abusivo de pílula do dia seguinte e estimulantes sexuais masculinos.
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