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Universidade Federal de Goiás

Nanotecnologia pode ajudar em processos de despoluição

Em 23/11/15 10:32. Atualizada em 25/11/15 08:16.

 

 

Nanotecnologia pode ajudar em processos de despoluição

Polímero,  inicialmente planejado para a produção de medicamentos, é base para a criação de sistema capaz de eliminar resíduos do meio ambiente

Texto: Wanessa Olímpio | Foto: Divulgação | Ilustração: Nicolas Bertrand

 

Nanotecnologia de despoluição 

As moléculas poluentes que não possuem afinidade com a água são atraídas pela superfície da nanopartícula, que também não possui afinidade com a mesma. Quando ocorre a aglomeração e precipitação das partículas induzidas pela radiação, as moléculas contaminantes são capturadas pela superfície das nanopartículas e depois removidas do meio

 

Uma pesquisa realizada no Massachusetts Institute of Technology (MIT) em busca de novos nanomedicamentos resultou em um novo método que utiliza a luz ultravioleta para, rapidamente, extrair e isolar diversas moléculas contaminantes do solo e da água. A professora da Faculdade de Farmácia da UFG, Eliana Martins Lima, foi uma das responsáveis pela descoberta, junto com os pesquisadores Ferdinand Brandl e Nicolas Bertrand, no laboratório do professor Robert Langer, no Koch Institute for Integrative Cancer Research do MIT.

 

A pesquisadora da UFG esteve no MIT em um projeto de colaboração para estudar nanopartículas para a fabricação de nanomedicamentos, sua área de atuação na UFG. Durante as pesquisas, ela e os colegas encontraram um polímero (macromoléculas formadas a partir de unidades estruturais menores) que não se mostrou adequado para a produção de medicamentos, mas que acabou servindo de base para a criação de um sistema capaz de eliminar resíduos tanto da indústria farmacêutica, como de outros poluentes do meio ambiente. “Foi uma dessas coincidências felizes”, conta a professora.

 

A aplicação da nanotecnologia ao polímero pelos pesquisadores, inicialmente planejado para a preparação de nanopartículas para o transporte de fármacos a tecidos tumorais, resultava em partículas que sofriam agregação após exposição à radiação ultravioleta, o que abriu perspectivas para a investigação das propriedades destas partículas em adsorver e remover hormônios e outros contaminantes tóxicos do ambiente. Foi observado que quanto menor a nanopartícula, maior é a sua capacidade de apreender poluentes.

 

Para Eliana Martins, os resultados encontrados são importantes para processos de remoção de substâncias tóxicas do meio ambiente, principalmente em desastres e em áreas contaminadas com resíduos da indústria farmacêutica ou de pesticidas. A tecnologia tem, ainda, potencial para aplicações nas áreas farmacêutica, clínica e diagnóstica. “A partir desde princípio, a mesma abordagem pode ser utilizada como estratégia não apenas do ponto de vista da toxicologia ambiental, mas, também, da clínica e terapêutica”, afirma a professora.

 

 Eliana Martins e  professor Robert Langer, no MIT

Eliana Martins realizou pesquisa no laboratório do professor Robert Langer, no MIT

 

Como professora e pesquisadora, é um privilégio levar e elevar o nome da Universidade Federal de Goiás aos mais altos patamares da nossa missão maior, a de contribuir na geração de conhecimento novo e transmiti-lo no processo de formação de nossos alunos e orientandos

 

Nature Communications

No dia 21 de julho deste ano, o artigo referente à pesquisa do estágio sênior de pós-doutorado, do qual Eliana Martins é coautora, foi publicado na revista científica Nature Communications, uma das revistas mais lidas na comunidade científica internacional. De acordo com a professora, nas primeiras 48 horas após a publicação online do artigo, ele foi lido mais de 1.700 vezes, replicado em cinco dos maiores sítios de divulgação científica do mundo e compartilhado em contas de redes sociais de diversos países ao redor do planeta. “Como professora e pesquisadora, é um privilégio levar e elevar o nome da Universidade Federal de Goiás aos mais altos patamares da nossa missão maior, a de contribuir na geração de conhecimento novo e transmiti-lo no processo de formação de nossos alunos e orientandos”, comemora a pesquisadora.

 

O Pró-reitor de Pós-Graduação da UFG, José Alexandre F. Diniz Filho, também comemorou a publicação. Segundo, ele as revistas da Nature são, junto da Science, as publicações científicas mais importantes do mundo. “A publicação de um artigo em uma revista assim mostra que alguns pesquisadores da UFG estão fazendo pesquisa de alto nível, internacionalmente reconhecidas e de máxima qualidade”.

  

Para ler o arquivo completo em PDF clique aqui

 

Fonte: Ascom UFG

Categorias: nanomedicamentos despoluição Nature Eliana Martins nanotecnologia MIT