Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás 
ANO VII – Nº 54 – NOVEMBRO/DEZEMBRO – 2012

 

Novos prédios nos câmpus da UFG

Ampliação da infraestrutura acompanha o crescimento da pesquisa, da acessibilidade e da inovação na universidade

Texto: Raniê Solarevisky | Fotos: Carlos Siqueira

 

A paisagem dos câmpus da UFG modificou-se drasticamente nos últimos anos. E nada indica que a expansão vá terminar tão cedo. Até o final do ano, 18 novas obras devem ser inauguradas, distribuídas entre os Câmpus de Goiânia, Catalão e Jataí. “Para o primeiro semestre do ano que vem, já temos previsão de inaugurar mais do que isso”, afirma o diretor do Centro de Gestão do Espaço Físico (Cegef), Marco Antônio de Oliveira. Os Institutos de Matemática e Estatística, Informática e Estudos Socioambientais, além da Faculdade de Artes Visuais, receberão novas sedes, localizadas atrás do Centro de Aulas Baru e da TV UFG. A área central da quadra das novas sedes abrigará um Centro de Convivência com espaço para a instalação de Centros Acadêmicos (CAs), dos cursos recém-criados. “Numa segunda etapa, já prevista no plano para o local, serão construídas 12 salas para os CAs que ainda não tenham um espaço próprio, como o do curso de Educação Física”, explica o diretor do Cegef.

Prédio do Insituto de Matemática e Estatística na área de expansão do Câmpus Samambaia

O Núcleo de Pesquisa e Ensino em Ciências (NUPEC), coordenado pela professora Agustina Rosa Echeverría, do Instituto de Química (IQ), também ganhará espaço próprio nas cercanias do Centro de Aulas Baru. Já na Praça Universitária, no Câmpus Colemar Natal e Silva (câmpus I), a Faculdade de Nutrição (Fanut) será ampliada em mais de 900 m², em razão do aumento no número de alunos causado pela expansão de vagas na UFG, e o Centro de Aulas D (ainda sem denominação oficial) será inaugurado com sua estrutura completa, incluindo ar condicionado e elevadores.

Algumas unidades serão ampliadas. O Centro de Recursos Computacionais (Cercomp), impulsionado a crescer para acompanhar a expansão da universidade nos últimos anos, viabiliza até o fim de 2012 sua segunda etapa. A Faculdade de Letras ganhou um novo espaço – o bloco Bernardo Élis, inaugurado no último dia 8 de novembro – para desenvolver as atividades da pós-graduação, bem como abrigar salas de aula e o Centro de Línguas. Já a Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos receberá, dada a distância da unidade dos demais prédios de uso coletivo no Câmpus Samambaia, um centro de aulas exclusivo,  além de um espaço específico para Horticultura. Nos câmpus do interior, os edifícios das áreas de Saúde e Exatas do Câmpus Jataí também serão ampliados, enquanto o Restaurante Universitário em Catalão, com recursos do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), também deve ser inaugurado até o fim do ano.

Além de todos os novos prédios, o Cegef também trabalha para garantir a sustentabilidade dos novos edifícios, na forma de urbanização adequada em torno das áreas de construção, executando, de forma paralela, os projetos de estacionamentos, passarelas, calçadas, paisagismo e iluminação noturna. “Logo depois que todos os prédios forem inaugurados, faremos uma sistematização mais rigorosa do trânsito, com marcações das faixas e sinalização em geral. Estudamos até mesmo algum tipo de parceria com a Agência Municipal de Trânsito (AMT)”, declara Marco Antônio de Oliveira. O aumento do fluxo de pessoas e veículos também já foi previsto, mediante a expansão dos estacionamentos e das calçadas, e da construção da ciclovia ligando as Escolas de Agronomia e Engenharia de Alimentos e de Veterinária e Zootecnia ao resto do câmpus. Essa, por sua vez, será integrada ao trecho cicloviário que está sendo construído em parceria com a Prefeitura de Goiânia – os mais de 10km do percurso vão conectar os dois câmpus da UFG na capital.

 

Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena (Oca Indígena)

Nesse espaço serão instalados, além do curso de Educação Intercultural Indígena, a sede da especialização em Educação Intercultural e Transdisciplinar – Gestão Pedagógica, que será oferecida a partir de 2013. Peças de artesanato e do patrimônio cultural indígena serão expostos no espaço durante o perído de aulas, que também vai funcionar como um centro de convivência. A obra, que custou mais de 740 mil reais, foi construída por meio de um convênio com a Fundação Nacional do Índio (Funai), com recursos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, do Ministério da Educação (SECADI/MEC).

Com total de 705,65 m2 o espaço será a sede graduação e da especialização em Educação Intercultural e Transdisciplinar, Gestão Pedagógica será oferecido em 2013

 

Biblioteca Praça Universitária

Já o novo prédio da biblioteca ao lado da Faculdade de Direito (FD/UFG), em frente ao Restaurante Universitário. “A nova estrutura da biblioteca é uma das mais modernas empregadas nas edificações da UFG”, declara o diretor do Cegef. Segundo Marco Antônio de Oliveira, o edifício utiliza uma solução estética e eficiente para o controle da insolação das fachadas por meio de brises-soleils. O pátio central é iluminado com luz natural, para economia de energia, o edifício é todo climatizado com ar condicionado, conta com câmeras de monitoramento e vagas de estacionamento cobertas. O acabamento e as instalações também têm um estilo único, diferente de muitos prédios da universidade. O edifício onde a biblioteca estava instalada provisoriamente, na rua 235, próxima da Área I da PUC-GO, deve ser ocupado por uma série de núcleos de estudo e pesquisa da UFG, entre eles, o Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (NESC), o Grupo Integrado de Ações Contra a Dengue (GIAD), o Centro Regional de Referência para Formação Permanente sobre Drogas (CRR-UFG), o Núcleo de Excelência Clínica Aplicada na Atenção Básica (NEABAS) e o Centro Colaborador de Alimentação e Nutrição Escolar (CECANE).
De maneira geral, os recursos das obras são provenientes do orçamento da UFG (Reuni, PNAES e Secadi), da Finep (CT-Infra) e de emendas parlamentares individuais e de bancada.

Com um estilo único, novo prédio da Biblioteca é iluminado com luz natural

 

Laboratório de Inovação Tecnológica em Engenharia Civil (Labitecc)

A obra foi erguida com recursos da própria UFG e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), além de doações de várias empresas do setor de construção civil. O projeto nasceu em 2008, sob o cuidado dos professores Oswaldo Cascudo, Sylvia Mesquita de Almeida e Daniel de Lima Araújo, da Escola de Engenharia Civil (EEC/UFG), e contou com o apoio do Cegef desde a fase de planejamento até a execução. “O local destina-se ao desenvolvimento de novos materiais e sistemas construtivos, para inovação na área de construção civil”, explica o professor Oswaldo Cascudo. O laboratório possui tanto espaços de ciência aplicada, usados para testes e experimentos diversos, quanto aqueles reservados ao diálogo professor-aluno. O prédio conta com equipamentos e estruturas para testes químicos e de durabilidade, ensaios mecânicos, um laboratório para desenvolvimento de soluções em argamassas e concreto pré-moldado, além de pesquisas com reologia cimentícia (estudo do cimento em seu estado “fresco” – observa questões como a consistência, visando o aprimoramento de misturas cimentícias).

Labitecc possui espaço de ciência aplicada usados para testes e experimentos diversos